
Filipe Luís explica confusão e elogia: “Melhor versão do Gabi”
Filipe Luís explica confusão e elogia: “Melhor versão do Gabi”
O Flamengo venceu o Atletico-MG na primeira final de Filipe Luís comandando a equipe profissional, em um confronto que o treinador foi certeiro nas decisões. A partida terminou 3 a 1 para o Flamengo no Maracanã, com gols de Arrascaeta e Gabigol o clube Carioca saiu na frente na decisão da Despensa do Brasil 2024. O Rubro-Preto leva vantagem para a partida de volta da final, na Redondel MRV, morada do Atlético-MG, que será no próximo domingo.
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Na coletiva, o treinador comentou sobre a confusão com Gabigol, grande personagem da partida de ida da final. Filipe elogiou o atacante e afirmou que estas discussões já aconteciam enquanto jogavam juntos e que está tudo visível.
“Foi um grande jogo. Muito difícil. Não é a toa que estamos enfrentando um finalista da Libertadores. Fiquei feliz com o que vi em campo. Para mim, o jogo de volta é porquê se estivesse 0 a 0. Falar da torcida já é chover no molhado. Eles são um a mais.” , iniciou sobre a partida.
“Você não consegue ensinar um jogador a ser decisivo. Você tem ou não tem. Existe um ditado de que o gol se compra, e concordo muito. O Gabriel tem gol, não à toa é um dos maiores artilheiros desse clube, um dos maiores em finais. hoje vimos uma das melhores versões dele no campo. Valor dele. Trabalhou, acreditou, obedeceu e escutou em todos os treinamentos. Se dedicou, tratou, fez liceu quando tinha que fazer, viu vídeo quando tinha que ver. Não existe sucesso sem trabalho. Trabalhou e hoje colheu os frutos. Acredito que ele ainda tem muito pela frente a oferecer, e não pode parar por aí”
“Na minha primeira entrevista, falei que estou agora em um função em que ia tomar decisões que iam deixar alguns jogadores incomodados, bravos comigo. Foi isso com o Gabi agora. Uma correção tática no campo, os nervos à flor da pele, os dois querendo o supremo. E aí não tem conversinha, é grito. Era o que acontecia toda semana quando eu era jogador. Agora não vai ser dissemelhante. Não é porque foi meu companheiro que vou tratá-lo dissemelhante. Está resolvido, conversamos no pausa. Fico feliz pela grande partida que ele fez.” , Declarou Filipe Luís.
Em seguida o treinador falou sobre o momento de Gabigol, que cresceu na equipe no vértice da temporada e pode ser o faceta de um grande título.
“Calma, ainda tem 90 minutos. Estamos muito longe do título ainda, posso te prometer isso. Tenho supremo saudação pelo futebol, temos que entender o momento e respeitá-lo. Vocês podem até falar que tá perto, para mim tá muito longe. O Gabi é 9, é o 9 disponível do time para essa final. Tem gol, sabe fazer. Simples que vou teimar na recuperação de um jogador, ninguém esquece porquê se joga futebol. E para que ele possa oferecer a equipe o que não estamos tendo com a lesão do Pedro, que são gols. O time tem que produzir chances para que ele possa marcar, e aí ver a melhor versão do Gabi. Mas o valor é todo dele. Foram muitos jogos em que ele não viu a recompensa, e isso frustra. Enquanto um jogador tá comigo, nunca vou desistir dele, seja ele quem for. Vaiado, cobrado, criticado, vou tentar recuperá-lo porque por um tanto ele está cá. O mesmo que falo do Gabi, falo para os outros.” , disse o treinador.
Posteriormente o matéria Gabigol, o treinador falou de outro jogador decisivo na partida, Arrascaeta que abriu o placar, e também sobre Léo Ortiz, que falhou no gol da equipe adversária.
“Desde que cheguei, o Arrascaeta está jogando em pleno sacrifício. Suor e sangue pelo Flamengo, e admiro muito esse tipo de jogador que tolera a dor e vai pro sacrifício, coloca o Flamengo supra de tudo. Um jogador que precisa passar por uma cirurgia e tá aí, deixando o joelho dele em campo. Provavelmente vai remunerar o preço em alguns anos, mas coloca o Flamengo supra de tudo. Para mim, é muito louvável.” , Iniciou sobre o meia uruguaio.
“Acredito que esse elenco é extremamente qualificado, quanto mais o jogador joga melhor ele fica. Somos seres humanos que somos uma máquina que têm que se conciliar. Esse grupo vem aguentando muito e terminar o jogo exausto é normal.” , completou.
“Normal que um jogador fique aniquilado com o que aconteceu, mas ele tem que permanecer tranquilo porque fez um grande jogo. Tem que permanecer com o que fez de muito, isso eu aprendi do tênis. Você tem que se perdoar, olvidar o que aconteceu. Foi uma fatalidade, ele tentou tirar a esfera e acabou prendendo ela no pé. Acabou que isso resultou em um gol do Atlético-MG. Mas repito o que falei do Evertton Araújo lá em Porto Jubiloso. Os erros acontecem, às vezes eles são punidos. Mas existem outros que não saíram em gol, porquê a jogada do Plata no primeiro tempo. Aí, a gente estaria agora crucificando o Plata. Eu não me guio muito por isso, me guio pelo que o jogador fez durante 90 minutos e não uma ação. A mesma tranquilidade que passei para o Evertton, já passei para ele. Acontece. Não queremos que se repita, é bom que ele fique assim e se cobre. Mas que ele se perdoe.” , deixou simples o treinador sobre a questão de Léo Ortiz.
Filipe Luís fala sobre outras decisões e expectativa para os próximos jogos
“Temos um projecto de jogo sobre o que imaginamos que vai suceder. O Atlético tem uma resguardo muito complicada de entrar, é um time que toma pouco gol. Sabíamos que não ia ser fácil, uma resguardo praticamente varão a varão. Passamos algumas soluções e funções para os jogadores, mas quem executa e faz tudo são eles. São os protagonistas do jogo, acabaram aproveitando as chances que tiveram. Hoje fomos mais decisivos e determinantes na superfície do que o Atlético, mas eles são com certeza um dos times mais incômodos de jogar no Brasil, pela forma de tutelar varão a varão.” , iniciou o ex-lateral.
“Eu não vejo outra forma de futebol que não seja com ataque ao espaço. É o diferencial. Se você tem jogadores assim, você incomoda muito. Para fazer gol, você tem que lutar o espaço. Movimentos de ruptura te deixam mais próximo do gol. O próprio Milito fala isso. Você tem que ter jogadores para atacarem muito o espaço.”
“Na minha opinião, o 3-4-3 do Atlético já tem uma vantagem posicional sobre o nosso 4-4-2. É muito complicado tutelar ou pressionar. No segundo tempo, ao encolher um pouco as linhas, demos essa vantagem posicional e esse tempo-espaço para os jogadores poderem produzir e suscitar problemas, tanto no entrelinhas quanto nas laterais. Eles geraram muita superioridade numérica em cima dos nosso jogadores de meio. Isso é muito difícil de você emendar em cima da hora ou no meio do jogo. O que você pode fazer é colocar peças com mais força física ou igualar a marcação, só que é difícil fazer isso numa final, um sistema que a gente nunca utilizou ou treinou. Meu pensamento foi de que poderíamos ter feito, mas que teríamos ido mais para trás ainda, porquê foi quando o Fabrício entrou. A gente acaba cedendo os metros que o Atlético precisa e defendendo mais. Com melhores jogadores defensivamente, mas com dificuldade de trespassar dessa pressão. Todos nós assinaríamos um resultado de 3 a 1 antes do jogo. Nós não vamos lá para nos tutelar. Se for isso, vamos tolerar. Para nós, está 0 a 0. Vamos lá para lucrar o jogo.”
O treinador foi questionado e falou sobre a próxima partida, contra o Cruzeiro, e também sobre a partida da volta.
“ Não temos grupo para poupar. Temos um Brasileirão pela frente, temos que vencer o Cruzeiro. Já vamos principiar a estudar amanhã, os jogadores vão principiar a resfolgar. Uns vão precisar de mais tempo, outros menos. Vamos tentar fazer um grande jogo contra o Cruzeiro porque é o que temos. “ , declarou sobre a próxima partida, contra o Cruzeiro.
“ Acredito que esse elenco é extremamente qualificado, e que quanto mais o jogador joga, melhor ele fica. Acredito muito que nós, seres humanos, somos uma máquina de adaptação. E se você se adapta a jogar sempre, você joga sempre. Esse grupo vem evoluindo e aguentando muito o esforço, findar o jogo exausto é normal. Os dois times com certeza estão fazendo recuperação, se preparando, banheira de gelo, tudo que está no alcance para jogar 90 minutos. E 90, 90, 90. Se tiver 70 jogos, vão jogar. Não me importa, vai jogar quem está melhor. Penso no momento em tirar o melhor dos jogadores. “, declarou o treinador, elogiando os jogadores que tem disponiveís.
“Hulk e Paulinho são diferentes. A resguardo, para mim, foi esplêndida. Com coragem para subir a risca. No segundo tempo, acabamos cedendo alguns metros e acabamos dando mais espaço para o Atlético. No final, acabamos tendo que tutelar o resultado. Estamos enfrentando uma grande equipe. Finalista da Libertadores, com grande técnico. Nunca vai ser fácil. Vamos tentar de tudo fazer um jogo da mesma forma em Belo Horizonte.” , finalizou sobre o inimigo e o jogo de volta.
Próximos compromissos do Flamengo
O Rubro-Preto volta a campo na próxima quarta-feira (6) pela pela 32ª rodada do Brasileirão. O Rubro-Preto vai até Minas Gerais, para enfrentar o Cruzeiro na Redondel Independência. Posteriormente o empate no jogo moroso contra o Internacional, o Flamengo precisa vencer para se manter no G-4. A partida será às 21h (horário de Brasília).
Em seguida, os comandados de Filipe Luís voltam a campo para a partida de volta da final da Despensa do Brasil, na Redondel MRV. A partida será no domingo (10), às 16h (horário de Brasília) mesmo horário do confronto de ida.