Cruzeiro acerta em demitir Larcamón? Setoristas opinam

Foto: Gustavo Aleixo / Cruzeiro

Cruzeiro acerta em dispensar Larcamón? Setoristas opinam

O Cruzeiro
comunicou, na última segunda-feira, que decidiu pela descontinuidade de Nicolás Larcamón no comando técnico da equipe.
Além do treinador, deixam o clube os auxiliares técnicos Javier Berges e Damian Ayude, o comentador de desempenho Miguelangel Leopardi e o preparador físico Juan Cruz Monaco.

Ao todo, Larcamón comandou o Cruzeiro
em 14 jogos. Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas, o que corresponde um aproveitamento de 59,5%.

O Esporte News Mundo
, portanto, montou um texto com a opinião dos setoristas do clube no site. O prateado chegou com subida expectativa, mas não conseguiu colocar sua teoria de jogo em pleno funcionamento. No entanto, o pouco tempo de trabalho também pode ser um erro do clube celestial, que agora terá que contratar um novo treinador.

Veja a opinião dos setoristas

Alison Perpétuo
:

“O técnico a Nicolas Larcamón chegou com boas expectativas por segmento da torcida. Vindo de um trabalho qualificado no México e com táticas que agradavam o torcedor e a diretoria, se esperava que ele se encaixasse com o perfil dos jogadores e das contratações feitas até cá pela diretoria Sidéreo. Mas, logo no seu início de trabalho o Cruzeiro sofreu com a queda precoce na Despensa do Brasil, para o Sousa-PB. Isso fez com que alguns questionamentos fossem levantados por ele. O primeiro foi em relação a novidade utilização de Marlon nas saídas de globo, que claramente está inferior do último ano. Também Larcamón foi criticado pelas suas insistências em alguns jogadores porquê Néris, Machado e Arthur Gomes. Outrossim, ele não se fez valer o que foi dito pela diretoria no início do ano de que o campeonato mineiro seria um ótimo teste para a base e para os contratados.

A pingo d’chuva chega nos jogos da final do Mineiro e na primeira partida da Despensa Sul-Americana. Nico inicia o primeiro jogo da final com um esquema que ele ainda não tinha utilizado, com 3 zagueiros fixos jogando e Marlon lançado porquê um verdadeiro renque. No primeiro tempo daquela partida, um sinistro por completo e 2 gols sofridos. Na segunda lanço arrumou a morada e conseguiu o empate. Já na Sul-Americana, time suplente contra o fraco time do Universidad Católica, do Equador. O time foi indolente e irreconhecível em campo. Mostrando fragilidade na recomposição e nenhuma tática no ataque.

No domingo, teve a chance de se redimir pela eliminação da Despensa do Brasil. O clima muito favorável para ele, 61 milénio torcedores do Cruzeiro no Mineirão. Mesmo assim, Larcamón se complicou e perdeu o título de forma vexatória, se mostrando acuado em seguida penetrar o placar. Ao fazer o gol, ele chamou o Atlético para o seu campo, substituindo Vital por João Marcelo e novamente colocando 3 zagueiros fixos em seu esquema.

Com isso, sua deposição é justa, pois até cá o time tinha uma tática, mas zero de um futebol de qualidade e chamativo porquê queria a torcida e a diretoria. Ele teve 3 meses de trabalho e boas peças em mãos, que não se fez funcionar. Suas convicções, falta de originalidade e entendimento de jogo fez com que sua queda no função do Cruzeiro fosse inevitável”.

Gustavo Souza

“A diretoria do Cruzeiro errou, esse é o indumento. Independentemente se errou ao contratar Nicolás Larcamón no início da temporada ou se errou ao demití-lo agora, mas essa situação reforça a falta de crença da cúpula do futebol cruzeirense com os treinadores que eles mesmos contrataram.
O Cruzeiro perdeu a final com Larcamón cometendo grandes erros nas finais, mas o Campeonato Mineiro não era um período de teste, adaptação e pré-temporada?

Se o prateado foi destituído porque as suas ideias não eram compatíveis com a visão da diretoria, qual a função das entrevistas com os treinadores antes das contratações? Em três meses Larcamón mudou toda sua visão de futebol? A diretoria do futebol fala em profissionalismo, mas na prática acumula erros amadores.
Se essa mesma falta de crença que a diretoria tem em relação aos treinadores fosse utilizada por Ronaldo, muitos profissionais já não estariam mais ali”.

Juliana Tameirão

Nico não foi destituído, ele se demitiu
. A deposição de Nicolás Larcamón não é sobre o vice-campeonato Mineiro. É sobre também a saída precoce na Despensa do Brasil. É sobre as suas escolhas, suas convicções. Citando de exemplo o recorte dos últimos três jogos (os dois jogos da final) e a estreia na Sul-Americana, podemos realçar as escalações.

Por que repetir os mesmos erros? O treinador, ao longo de sua passagem na Toca da Raposa, mostrou a sua fragilidade para a leitura de jogo. Contra o Atlético-MG, quando o Cruzeiro sai avante do placar, era o momento de aproveitar o ímpeto da torcida, ir para cima, permanecer com a globo. Nico foi precoce. “Sentou” no resultado. Não esperou, sequer, as mudanças do contendor, que teria que vir para cima, para saber o que fazer. Medroso. E um “susto” que se repetiu na Despensa do Brasil, quando também “sentou” no resultado, deu a globo para o outro time, sofreu os gols e foi eliminado. Roteiros parecidos e erros que não foram aprendidos. Cruzeiro é melhor e se defende melhor com a globo, mas em ambas as decisões, decidiu jogar e permanecer sem a sua posse.

Acredito que o treinador não confia no seu próprio trabalho.
Nico não mantinha a mesma teoria de um jogo para outro, não oportunizava alguns atletas, principalmente os garotos da base, e insistia em jogadores que todos sabem das suas limitações. No mais, para mim, decisão que veio tarde (deveria ter sucedido em seguida o vexame da Despensa do Brasil), mas acertada.

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