
Skate nas Olimpíadas de Paris 2024: entenda as diferenças entre as categorias park e street
Nas Olimpíadas de Paris 2024, o skate é uma das modalidades mais aguardadas, por racontar com muitos talentos promissores. Na seleção brasileira, destacam-se jovens talentos uma vez que Pâmela Rosa, Rayssa Leal e Gabi Mazetto. Além de Pedro Bastos e Kelvin Hoefler.
Neste domingo, 28, acontecerá a estreia dos skatistas brasileiros na capital francesa. As atenções estarão voltadas para suas performances nas pistas, com a expectativa de medalhas para o Brasil.
Apesar do interesse dos espectadotes, poucos deles sabem que a modalidade do skate é disputada em duas categorias distintas: street e park. Esses nomes são usados para diferenciá-las, cada uma com suas especificidades, mormente no que diz reverência ao sítio onde são realizadas.
Skate Street
Uma vez que o próprio nome diz: skate de rua, em tradução livre. Nesta categoria, a teoria é recriar a atmosfera das ruas urbanas, utilizando elementos típicos das cidades, uma vez que escadas, corrimãos e bancos, na pista de competição.
A competição de street ocorre em uma superfície projetada para imitar obstáculos encontrados nas ruas, incluindo escadarias, corrimãos, bordas, gaps e muretas. Esses obstáculos são organizados de modo a permitir várias formas de uso, tanto em sequência quanto isoladamente.
Skate Park
A modalidade park ocorre em uma pista tradicional, situada em uma superfície escavada que lembra uma piscina. A pista inclui obstáculos pré-montados, uma vez que bowls, half-pipes, quarter-pipes e diversas outras rampas.
Embora exija habilidades de várias modalidades do skate, o park é essencialmente realizado em rampas com transições. Skatistas dessa modalidade costumam realizar manobras aéreas e de borda. O esporte também conta com outra modalidades uma vez que: Freestyle, Downhill Speed, Downhill Slide, Slalom e Vertical.
Qual é a história do skate?
Segundo relatos históricos, o skate teve suas origens na Califórnia, Estados Unidos, na dezena de 1950. A prática surgiu quando os surfistas, enfrentando um período de maré baixa e a falta de ondas, decidiram apropriar suas habilidades colocando rodinhas em pranchas de madeira, criando o “surfe do asfalto” ou “sidewalk surf”. Essa inovação rapidamente se popularizou e, em 1965, os primeiros skates começaram a ser comercializados. Esses modelos iniciais eram basicamente pranchas de surf com rodinhas, bastante diferentes dos skates modernos.
Na dezena de 1970, o equipamento passou por evoluções significativas, incluindo a adoção de rodas de uretano, que tornaram o skate mais rápido. Nessa era, o esporte começou a lucrar mais adeptos. Na dezena de 1980, durante um período de racionamento de chuva nos Estados Unidos, muitas piscinas foram esvaziadas, proporcionando um novo espaço para a prática do skate, o que impulsionou ainda mais o esporte.
O skate se transformou de um simples esporte em um estilo de vida, com seus praticantes desenvolvendo gírias, vestimentas e uma cultura própria. Essa identidade única continua sendo um marco importante na história do skate.
Com o incremento do esporte, surgiram grandes nomes que deixaram sua marca e deram identidade ao skate, uma vez que Rodney Mullen e Tony Hawk. Muitas das manobras atuais têm origem nas criações desses dois ícones.
A partir dos anos 1990, o skate ganhou projeção mundial, sendo transmitido em diversos canais de televisão e aparecendo em jogos eletrônicos, o que ajudou a popularizar ainda mais o esporte e a aumentar o número de seguidores e praticantes.
Uma vez que o skate chegou ao Brasil?
Muitos podem não saber, mas a história do skate no Brasil também começou nos anos 60, influenciada pela cultura norte-americana.
Em 1974, foi inaugurada a primeira pista de skate da América Latina em Novidade Iguaçu, no Rio de Janeiro. Acredita-se que a escolha desse sítio se deu pela proximidade com a praia e a presença de muitos surfistas na região.
Com a inauguração da pista, o skate começou a se popularizar no estado do Rio de Janeiro e rapidamente se espalhou para outros estados. Logo posteriormente a lhaneza dessa primeira pista, competições e campeonatos começaram a ser realizados, principalmente no Rio e em São Paulo.
Um marco importante para o skate brasílio ocorreu em 1997, quando Bob Burnquist foi considerado o melhor skatista do mundo. Esse reconhecimento serviu de grande incentivo para crianças e jovens adultos no Brasil. No entanto, foi exclusivamente nos anos 2000 que a Confederação Brasileira de Skate foi fundada.
Segundo dados do Datafolha, em 2009 havia tapume de 4 milhões de praticantes de skate no Brasil, número que praticamente dobrou até 2015, demonstrando que o skate já faz secção da cultura brasileira.
Skate nas Olimpíadas
O skate estreou nas Olimpíadas de Tóquio 2020, realizadas em 2021 por desculpa da pandemia de Covid-19. Esse momento histórico foi significativo para o esporte e para o Brasil, que foi muito representado por atletas uma vez que Kelvin Hoefler, de 27 anos, e Rayssa Leal, de 13 anos.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) já confirmou a inclusão do skate nas Olimpíadas de Paris 2024, nas modalidades Park e Street. Esta será mais uma oportunidade para os skatistas brasileiros demonstrarem suas habilidades, e a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) já se comprometeu a fortalecer a preparação dos atletas para o evento.