Flamengo do conterrâneo Tite trágico no Sul

Foto: Marcelo Cortes /CRF

Tite tenta, com instruções, arrumar o Flamengo durante o duelo contra o Juventude

Sarau de Tite na terreno natal. A partida de hoje em Caxias do Sul explicou os motivos que levam o Flamengo a permanecer por quase três décadas – desde 1997 – sem vitória por lá. O time carioca não joga o suficiente para vencer, com um futebol confuso, sem que se saiba quais são exatamente as posições que os atletas ocupam, desperdiçando as poucas chances que aparecem, deixando o oponente igualar o confronto. Mais uma vitória quase óbvia do Juventude, 2 a 1, de viradela.

Seria verosímil redigir parágrafos inteiros. Mas basta expor uma frase: os cartolas do Flamengo vão esperar o clube ser eliminado da Libertadores – o que ocorrerá em agosto, em La Silêncio – para destituir o trágico Tite. E a furada do Allan, hein? O que é Allan?

Primeiro tempo do Flamengo

O Flamengo começou com 10 – Vitor Hugo não conta – e mesmo assim fazia uma partida razoável, tanto que abriu o placar aos 18 minutos, com Pedro, escorando, de peito, intercepção de Luiz Araújo. Mas, porquê ocorre habitualmente, recuou, e aos 27 levou o gol de empate, em cabeçada de Lucas Barbosa.

Os maiores técnicos da história ganhavam eventualmente com facilidade porque aproveitavam o primeiro golpe no oponente para manter o ritmo e liquidá-lo antes que pudesse reagir. O jogo ficou equilibrado. Cada time desperdiçou uma chance, Lorran e Erick Farias, com boas defesas dos goleiros.

Na lanço final

Para a lanço final, Tite trocou Lorran por Allan, enfraquecendo ainda mais o ataque. E Gabriel no banco. Na veras, o resultado, levando-se em conta as diferenças, no cômputo universal, era deleitável para o Juventude, mas porquê jogava em morada, tinha a quase obrigação de lucrar. Para tal, tentava costurar passes, na esperança de encontrar um espaço na zaga rubro-negra.

Aos 15 minutos, Roger Machado fez substituições que levaram o Juventude a diminuir o ritmo, e o Flamengo até conseguiu erigir duas ações ofensivas, sem aproveitá-las devidamente. A equipe gaúcha deu o troco. E Rossi evitou o pior. Aos 23, Gabriel, enfim, entrou. Sem Vitor Hugo, o clube da Gávea volta a ter onze. O tempo foi se arrastando, e o time carioca, já resignado com o placar, aguardava o termo. Mais uma mediação incrível de Rossi. Aos 41, Mandaca apanhou o escanteio e fez 2 a 1. O óbvio.

Ótima oportunidade, aliás, para Tite voltar definitivamente à terreno natal.

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