
piloto deixou legado para o mundo do esporte
No dia 1º de maio de 1994, há exatos 26 anos, o planeta da Fórmula 1, Ayrton Senna, falecia no GP de San Marino, em Ímola. Na sétima volta da corrida, o brasiliano não conseguiu realizar curva, perdeu o controle e bateu no muro com uma velocidade maior de 200 km/h. Imediatamente, os paramédicos foram chamados, e o brasiliano não esboçava nenhuma reação, o que preocupou todos os amantes do esporte. Assim, foi levado para o hospital.
Todos os médicos fizeram o que puderam fazer para evitar, mas sem sucesso. As funções vitais e os batimentos cardíacos do piloto se encerraram às 13h40 (de Brasília), no Hospital Maggiore, em Bolonha. Senna morreu aos 34 anos de idade.
Segundo relatos, Ayrton Senna
não estava à vontade para passar. Isto porque no termo de semana do GP, disputado no rotação de Ímola, já estava repleto por pretexto de um acidente grave de Rubens Barrichello, nos treinos de sexta-feira, e da morte do austríaco Roland Ratzenberger no sábado. No domingo, 1º de maio, foi a vez de Senna.
Enquanto isso no Brasil, o presidente da República, Itamar Franco, já havia dito que acompanhava “com tristeza e desolação” o desenvolvimento do caso. O corpo de Senna seguiu para o Instituto Médico Lítico de Bolonha para realização de necrópsia.
O corpo de Ayrton Senna foi trazido ao Brasil na classe executiva em um voo que partiu de Paris para São Paulo. Com as cortinas fechadas, somente a tripulação sabia que o caixão do piloto estava na aeroplano e nenhum dos passageiros foi informado para que não houvesse tumulto. Demais aeronaves que estavam no ar naquele momento e foram avisadas que o corpo do piloto estava sendo transportado passaram pelo avião fazendo sinal de luzes e algumas tripulações enviaram mensagens.
Entre o cortejo do caixão com o corpo do piloto desde o Aeroporto de Guarulhos até a Tertúlia Legislativa, o velório, que durou aproximadamente 24 horas, e o cortejo final desde a Tertúlia até o Cemitério do Morumbi, aproximadamente dois milhões de pessoas estiveram presentes.
Choque ao tirar cimeira
O doutor Giovanni Gordini, que prestou atendimento no autódromo e no helicóptero, estava emocionado, descreveu o que vivera naquela última hora no momento de angústia. Os trechos foram retirados da material privativo de Senna, do “ge”.
– Antes mesmo de retirar o cimeira, ficamos impressionados com a quantidade de sangue que o piloto perdia. Alguma artéria havia sido atingida com certeza e minha primeira preocupação era, uma vez exposta a cabeça de Senna, tentar sustar a hemorragia – disse.
Quem orientou a complexa retirada do cimeira foi o doutor Sid Watkins, médico da F1.
– Mas tão logo tivemos chegada a sua cabeça, sem o cimeira e a balaclava, compreendi que Senna não sobreviveria. Vimos que a base craniana estava oportunidade e ele perdia volume cefálica, cérebro, pelo namoro de mais de um centímetro de largura que corria por trás das orelhas, de lado a lado da cabeça. Para mim, ele havia derrotado a cabeça no muro da curva Tamburello, em subida velocidade. Isso explicava aquele traumatismo generalizado da caixa craniana.
Culpado?
A Justiça italiana se manifestou pela última vez sobre o caso em 13 de abril de 2007, quando a Suprema Incisão do país europeu somente confirmou decisão anterior, mantendo somente um culpado pela tragédia. O nome dele é Patrick Head, ex-sócio e cofundador da Williams, equipe pela qual Senna pilotava em sua última temporada na F-1.
O engenheiro britânico, de 77 anos, foi réprobo por homicídio culposo, mas não cumpriu pena porque o caso havia prescrito. Pelas leis italianas, o prazo para a receita deste tipo de violação é de sete anos e seis meses. Mas já haviam se pretérito 13 anos do acidente trágico. Experiente na F1, Head foi responsabilizado por ser o diretor-técnico da Williams na quadra.
O caso começou a ser julgado em dezembro de 1997, três anos em seguida o acidente. Seis pessoas foram denunciadas por homicídio culposo, sem a intenção de matar. Além de Head, a lista tinha o próprio Frank Williams, fundador da equipe; o engenheiro Adrian Newey; Roland Bruynseraede, inspetor de segurança da Federação Internacional de Automobilismo (FIA); e Federico Bendinelli, sócio da empresa que administrava o Rodeio de Ímola.
Todos foram inocentados. Insatisfeita com as decisões, a Procuradoria do Ministério Público do país europeu recorreu à Suprema Incisão e, em maio de 2005, o tribunal culpou Head por negligência na mudança na pilar de direção da Williams de Senna, que estava desconfortável. A equipe britânica recorreu, mas dois anos depois a namoro manteve a decisão, sem perdoar Head.
A paixão pela F1
Nascido na capital paulista, no bairro de Santana, Ayrton desenvolveu sua paixão pela velocidade aos quatro anos, quando começou a competir de kart. O que era inicialmente uma risota tornou-se uma séria dedicação aos treze anos, quando ele ingressou em competições oficiais da modalidade.
Aos 21 anos, Senna partiu para a Europa. Em 1981, ele assegurou o título do campeonato da Fórmula Ford 1600 no Reino Uno, vencendo 12 das 20 corridas. Em seguida, conquistou o campeonato da Fórmula 3 inglesa, que era considerado o último degrau antes da Fórmula 1.
Com somente 24 anos, Senna iniciou sua jornada na Fórmula 1. Durante uma dezena, ele acumulou 41 vitórias e três títulos mundiais – em 1988, 1990 e 1991 -, todos pela equipe McLaren, consolidando-se porquê um dos maiores pilotos da Fórmula 1.
Conquistas
Senna também conta com alguns recordes que permanecem até hoje: o tricampeão mundial é o líder de primeiras filas consecutivas na F1 (24 entre 1988 e 1989).Ele também lidera, ao lado de Hamilton, no número de vitórias de ponta a ponta (19) e de poles em um mesmo rotação (8 em San Marino).
O brasiliano ainda permanece com o recorde de vitórias consecutivas em uma mesma pista – 5 em Mônaco (entre 1989 e 1993). O brasiliano ainda é considerado o “Rei de Mônaco” por ter conseguidos 6 vitórias no Principado, recorde que permanece até hoje. Ou por outra, ele foi o único brasiliano a lucrar em Monte Carlo.
Homenagens
O tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna será homenageado nesta quarta-feira (1º), dia em que sua morte completa 30 anos, em diversas partes do mundo.
Nesta semana no Brasil e em várias partes do mundo, Senna receberá homenagens. Na quarta-feira (1º), Interlagos recebe tapume de 10 milénio pessoas para o Ayrton Senna Racing Day, um evento de pedestrianismo, em que serão rendidas outras homenagens. Durante o GP de Miami, neste termo de semana, o artista Eduardo Kobra vai inaugurar um mural de Senna na cidade que recebe a Fórmula 1. Em Turim, na Itália, acontece uma exposição de carros e equipamentos do piloto.
Ou por outra, A Netflix divulgou o primeiro trailer da minissérie sobre a vida de Ayrton Senna. “Senna” será ficcional e contará a trajetória nas pistas, personalidade e relações pessoais do piloto tricampeão mundial de Fórmula 1.