Caio Bonfim leva prata na marcha em dia de disputa individual geral na ginástica

MOHD RASFAN

A argelina Imane Khelif (E) tenta cumprimentar a italiana Angela Carini posteriormente sua luta, em 1º de agosto de 2024

MOHD RASFAN

A jornada olímpica desta quinta-feira (1º) começou com fortes emoções, com o brasílico Cairo Bonfim conquistando a medalha de prata na marcha atlética, antes de a equipe feminina brasileira de ginástica disputar a final individual universal, prova em que a estrela americana Simone Biles tentará voltar ao trono da modalidade, perdido há três anos em Tóquio.

Com meia hora de detido devido ao risco de tempestades, a marcha abriu a disputa das provas de atletismo de Paris-24, principal modalidade dos Jogos, juntamente com a natação e a ginástica.

– Caio Bonfim e a superação dos “preconceitos” –

Em uma disciplina (20 km) em que os atletas ibero-americanos sempre brilharam, Paris não foi exceção: o equatoriano Daniel Pintado ficou com o ouro, o brasílico Caio Bonfim com a prata e o espanhol Álvaro Martín, com o bronze.

A prata olímpica foi o maior triunfo conquistado por Bonfim em sua curso, uma conquista que disse ter conseguido ao “vencer os preconceitos” que, segundo ele, persistem contra sua modalidade.

“Quando eu comecei era muito difícil ser marchador no meu país. O dia que eu cheguei em moradia e disse que queria ser marchador realmente estava dizendo que tinha sentenciado ser criticado”, explicou aos jornalistas em sua passagem pela zona mista posteriormente sua prata olímpica.

“Alguém me perguntou hoje se havia sido difícil para mim a corrida. Não, difícil foi o dia que comecei a marchar, até chegar cá. Venci os preconceitos, o Brasil não tem marchadores (…) em verificação ao que ocorre em outros países”, destacou.

Bonfim, de 33 anos, tinha até agora uma vez que grandes conquistas os bronzes nos Mundiais de Londres em 2017 e Budapeste em 2023.

– Biles sobre Rebeca: “ela é quem me dá mais susto” –

O principal evento do dia é a final da individual universal da ginástica, com a equipe brasileira liderada Rebeca Andrade e Flávia Saraiva, enfrentando o nepotismo das americanas, lideradas por Simone Biles. Depois de deixar as Olimpíadas de Tóquio para cuidar da saúde mental, a estrela Biles já conseguiu uma conquista importante: restaurar o sorriso.

Na capital japonesa, ela sofreu um bloqueio mental que praticamente a impediu de competir. Três anos depois e posteriormente muito trabalho psicológico, a ginasta mais premiada da história, agora com 27 anos, liderou seu país na conquista do ouro por equipes.

Agora, no individual universal, o objetivo é simplesmente voltar a ser a melhor tendo uma vez que única adversária aparentemente capaz de desafiá-la Rebeca Andrade, máxima representante da emergente ginástica brasileira, que conquistou o bronze por equipes.

“Ela é quem mais me dá susto”, admitiu a própria Biles em um documentário sobre sua volta às competições, lançado recentemente na Netflix.

– Surpresas no tênis –

É nas quadras de Roland Garros que se acumulam as surpresas desta quinta-feira. Unicamente algumas horas depois do adeus de Rafael Nadal, posteriormente perder nas duplas com Carlos Alcaraz, foram eliminados a nº 1 Iga Swiatek e o atual vencedor olímpico, o germânico Alexander Zverev.

A jogadora polonesa tem pelo menos o consolo de de poder disputar o bronze, já que sua partida era de semifinais, rodada para a qual Alcaraz conseguiu passar no torneio masculino, posteriormente vencer o americano Tommy Paul por 6-3 e 7-6 (9/7).

Não foi o saibro, mas o tatame que rendeu as primeiras medalhas para a delegação israelense, com a prata para Inbar Lanir na categoria até 78 kg (mulheres) e o bronze para Peter Paltchik (até 100 kg homens).

– A volta do tema do hiperandrogenismo –

O tema das atletas hiperandróginas (mulheres com excesso proveniente de hormônios masculinos), às quais muitas federações impedem de competir se não se medicarem, esteve latente e faltava exclusivamente que uma delas competisse para que voltasse ao primeiro projecto.

Foi o caso da boxeadora Imane Khelif, que viu sua rival italiana, Angela Carini, deixar o combate posteriormente 46 segundos posteriormente tolerar os primeiros golpes.

“Sempre lutei contra homens, treino com meu irmão, mas hoje senti muita dor”, declarou a italiana posteriormente a luta.

“Não sou ninguém para julgar ou tomar uma decisão. Se esta mulher está cá, por um tanto será”, disse Carini em outra enunciação à escritório Ansa.

Khelif e outra boxeadora, a taiwanesa Yu Ting Lin, foram os casos que mais repercutiram de atletas hiperandróginas nos Jogos.

Nenhuma das duas pôde competir no Mundial do ano pretérito, posteriormente não conseguirem passar pelas provas de elegibilidade de gênero, mas passaram em Paris, por ser uma competição organizada diretamente pelo COI, que tirou poder da federação internacional por vários escândalos envolvendo seus dirigentes.

– Meloni, Milei e Musk contra o COI –

“O inspecção de testosterona não é uma prova perfeita. Muitas mulheres podem ter níveis de testosterona iguais ou parecidos aos dos homens, sem deixar de ser mulheres”, reiterou, nesta quinta, o porta-voz do COI, Mark Adam.

Mas nascente caso provocou, inclusive, reações de várias personalidades. Presente em Paris, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, saiu em resguardo de sua compatriota, afirmando que o combate “não foi em paridade de condições”.

O presidente prateado, Javier Milei, disparou: “se continuasse, a matava”, afirmou na rede X.

E o possessor desta rede social, Elon Musk, o vinculou às eleições americanas de novembro. Apoiador de Donald Trump, ele respondeu a um usuário que compartilhou cenas da luta, afirmando: “Kamala Harris o apoia”.

“Patente. Ou que ela negue”, disse o bilionário sobre Kamala Harris, vice-presidente e provável candidata democrata para enfrentar o republicano Trump.

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