Vitória contra Udinese não afasta crise na Roma; CEO pede demissão
A Roma conseguiu sua primeira vitória na Série A no domingo (22), ao sovar a Udinese por 3 a 0, mas o placar elástico no Estádio Olímpico não foi suficiente para distanciar a crise do clube: os donos Dan e Ryan Friedkin precisaram se manifestar para acalmar a torcida.
Na segunda (23), a dupla divulgou uma nota solene reforçando o compromisso em restituir o clube aos tempos de glória. O principal tema, no entanto, foi explicar a saída de De Rossi.
— Temos o maior saudação por Daniele e acreditamos que ele terá uma ótima curso uma vez que treinador. Talvez até um dia de volta à Roma. A decisão de nos separar dele foi incrivelmente difícil, mas a tomamos acreditando que isso nos daria a melhor oportunidade de competir por troféus nesta temporada — diz a nota.
A crise é fruto da abrupta decisão de dispensar o técnico, mito do clube, apesar do início ruim de temporada. O desligamento não foi muito aceito pela torcida, tanto que no jogo contra a Udinese, uma tira resumiu o sentimento: “Ainda que no futebol não exista reconhecimento, lembre-se que sempre será a núcleo do romanismo… Até logo, Daniele”.
Curiosamente, a diretoria havia anunciado a renovação do contrato em junho, até 2027.
O expedido também tenta esclarecer para a torcida giallorossa que a compra do Everton, time inglês que está na Premier League , não vai influenciar na governo do clube italiano.
— A potencial soma do Everton ao nosso portfólio não altera o nosso foco na AS Roma. Na verdade, a simbiose multiclubes só ajudará a Roma. Cada clube do nosso portfólio opera de forma independente e a AS Roma continua no núcleo das nossas ambições futebolísticas. Tenha certeza de que o nosso compromisso de tempo, recursos e robustez não será reduzido. O nosso objetivo é evidente: ver a AS Roma competir de forma consistente ao mais cimo nível do futebol europeu — completa.
CEO renuncia
Pouco antes do duelo contra a Udiese, a CEO Lina Souloukou renunciou ao incumbência, deixando suas funções de forma imediata. A nota do clube foi genérica, sem referir os motivos.
De congraçamento com a Gazzetta dello Sport, a pressão da torcida estaria excedendo os limites. A Percentagem de Ordem Pública italiana, avaliando a situação, decidiu nomear um serviço de proteção para Souloukou, envolvendo também seus filhos de 3 e 8 anos, apesar da dirigente ser contra a medida.
Lina foi indicada para o incumbência em abril de 2023, passando pela exoneração de José Mourinho, a contratação de De Rossi e as tratativas de um novo estádio para o clube, anseio de décadas que a Roma não consegue tirar papel.