Começa o julgamento que coloca império do Manchester City em risco

Paul ELLIS

Frontaria do Etihad Stadium, mansão do Manchester City

Paul ELLIS

O poderio do Manchester City pode ruir em caso de punição, inclusive com prenúncio de rebaixamento, caso o clube seja sentenciado no julgamento que começa nesta segunda-feira (16) na Inglaterra pelas acusações de múltiplas infrações desportivas.

O time treinado pelo técnico Pep Guardiola, oito vezes vencedor inglês desde 2012, incluindo as últimas quatro temporadas, e vencedor da Liga dos Campeões da Europa em 2023, pode ter sua supremacia interrompida se forem encontradas as provas contra o clube.

Seis anos depois do início da investigação da Premier League e 19 meses desde que foram apresentadas 115 acusações, uma audiência que começa nesta segunda-feira decidirá o orientação do City.

Um quadro independente vai examinar as evidências durante pelo menos dois meses e é pouco provável que haja um veredito até janeiro ou fevereiro de 2025 para o que a prelo inglesa chamou de “o julgamento do século” no esporte britânico.

Depois de preparar seu dossiê de delação, a Premier League enviou o clube em fevereiro de 2023 a uma percentagem independente, que está analisando o objecto para poder preparar a audiência de ambas as partes, que será a portas fechadas e em lugar incógnito.

O Manchester City é réu de ter driblado as normas financeiras da liga inglesa depois de ter sido comprado em 2008 pelo consórcio Abu Dhabi United Group (ADUG), dos Emirados Árabes Unidos, que permitiu ao clube ocupar oito de seus 16 títulos do Campeonato Inglês.

– 115 acusações –

O ADUG é suspeito de ter investido massivamente, além dos limites impostos, fazendo seu moeda circunvalar através da Etihad Airways, companhia aérea patrocinadora do clube, que aparece no uniforme da equipe e dá nome a seu estádio.

As investigações levantaram suspeitas de que o City pagou partes de salários não declaradas ao técnico italiano Roberto Mancini, que passou pelo clube entre 2009 e 2013, e vários jogadores.

O Manchester City também tem que responder às supostas violações do ‘fair-play’ financeiro da Uefa (período 2013-2018) e da Premier League (2015-2018).

No totalidade, o clube tem 115 acusações contra: 80 infrações financeiras (2009-2018) e 35 suplementares pela suposta falta de cooperação com a investigação.

As punições, se ocorrerem, podem ir desde uma retirada de pontos até a exclusão da equipe do Campeonato Inglês, que o City venceu seis vezes nas últimas sete temporadas.

A percentagem também pode intimar o clube e não impor sanções, pedindo simplesmente que o Manchester City tome medidas corretivas em um prazo determinado.

Everton e Nottingham Forest perderam pontos na temporada passada por infringirem as regras de arrecadação e sustentabilidade financeira.

– Porvir de Guardiola –

Uma pena pode ser o termo do glorioso reinado de Pep Guardiola avante dos ‘Citizens’.

O técnico espanhol, que está em seu último ano de contrato, apoia firmemente a diretoria do clube, embora tenha dito anteriormente que deixaria o incumbência se a mesma não tivesse sido honesta com ele.

“Se mentirem para mim, no dia seguinte não estarei cá”, disse Guardiola em 2022.

As punições severas também gerariam dúvidas sobre o horizonte do elenco estrelado do City, incluindo o atacante norueguês Erling Haaland.

Outros clubes podem reivindicar os títulos conquistados pelo City e uma indenização, caso seja comprovado que o clube de Manchester obteve vantagens por meios ilegais ou antidesportivos.

Caso o City receba qualquer tipo de punição, será criada uma percentagem de recurso, embora não seja aceita a possibilidade de um recurso ser apresentado no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

O TAS anulou suspensão de dois anos válida para todas as competições europeias imposta ao Manchester City em 2020 pelo não cumprimento das regras de ‘fair-play’ financeiro da Uefa.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios