
‘Sabíamos que ia desgastar muito’
Paiva valoriza classificação sofrida do Vasco na Despensa do Brasil: ‘Sabíamos que ia desgastar muito’
Nesta quarta-feira, o Vasco se classificou às semifinais da Despensa do Brasil posteriormente superar o Athletico Paranaense nos pênaltis, por 5 a 4. Em Curitiba, o Furacão devolveu o placar de 2 a 1 imposto pelo Cruzmaltino no jogo de ida. Mesmo com um a menos e com dois gols de desvantagem, os visitantes conseguiram buscar o resultado e vencer o confronto nas penalidades.
Durante a entrevista coletiva posteriormente o término do jogo, o técnico Rafael Paiva comemorou a classificação e destacou as maiores virtudes da equipe. Para ele, a capacidade de tolerar e mesmo assim continuar evoluindo e conquistando bons resultados tem sido a principal força do grupo.
— A gente tem sofrido bastante, em resultados, placares, em alguns momentos com jogadores a menos, uma vez que foi hoje. Isso tem norteado o nosso trabalho, de tolerar um pouco mais do que gostaríamos. Mas, também nos faz gabar um nível. Estamos sofrendo, mas cada vez mais conseguindo atingir os resultados. Hoje a vitória não veio, mas veio a classificação. Estamos lutando e trabalhando para evoluir com o Vasco. Temos conseguido sucesso no Campeonato Brasílio e Despensa do Brasil. Sofremos, mas conquistamos objetivos. Acredito que esse é o caminho até conseguirmos um pouco mais de tranquilidade. O mais importante é que estamos evoluindo. — afirmou o treinador.
Paiva também destacou a preparação do elenco para uma provável decisão nos pênaltis. Segundo o treinador, a equipe sabia que poderia enfrentar adversidades na partida de volta e, por isso, treinou as cobranças com todo o grupo.
— A gente trabalhou muito os pênaltis na semana, não só com os melhores batedores, porque sabíamos que seria um jogo que ia desgastar muito. Ia exigir trocas e sabíamos que elas iriam ocorrer. Sforza estava amarelado, mas soube sustentar muito o jogo fisicamente. Ele também batia pênalti, portanto isso facilitou para mantê-lo dentro de campo. Victor Luis é um jogador que tem uma globo paragem supra da média. Vegetti é o nosso precursor solene. Puma sempre vai para as decisões e também ofídio os pênaltis. Tínhamos que controlar a intensidade para ficarmos vivos no jogo, e manter a estratégia defensiva, principalmente. Mas, sabíamos que perto do término do jogo também poderíamos colocar jogadores que nos ajudassem nos pênaltis. É um quebra-cabeça que você precisa resolver com uma pressão absurda em cima e com pouco tempo. Trabalhamos muito para isso e também sabemos da qualidade do Léo Jardim. Dificilmente ele passa cinco cobranças sem tutelar uma, portanto estávamos confiantes que iríamos conseguir a classificação. — completou.
Veja outros trechos da coletiva:
EXPULSÃO RAYAN
— A gente falou mais com ele agora, no pós-jogo. Sabemos uma vez que é difícil o momento para o jogador que sai, que sente uma responsabilidade gigantesca. Rayan sabe dessa responsabilidade. Apesar de ser jovem, ele é um desportista experiente, um jogador com nível de seleção brasileira. A gente sabe que ele está no momento de amadurecer. São erros que podem facilmente não serem cometidos. Sabíamos que o jogo estaria muito quente, por tudo que aconteceu na ida, pela período da competição, um mata-mata. Acho que ele não conseguiu se controlar e errou mesmo, mas tenho certeza que é um desportista de muito potencial. Apesar do erro, ele está no caminho da evolução e eu acho que o que vale é o espírito do grupo e o quanto nos sacrificamos por ele. Sabíamos que se a classificação não viesse seria um peso grande para ele. Logo, foi um sacrifício a mais que fizemos por ele.
SUBSTITUIÇÕES NA SEGUNDA ETAPA
— Voltamos do pausa com o Emerson (Rodríguez), porque a gente sabia que ia precisar de um jogador mais potente. Poderíamos sacrificar muito o Payet, que estava muito muito no jogo. Ele é um desportista que está voltando ao melhor nível dele nos últimos jogos, inclusive hoje, mas precisava de alguém que marcasse no lado do campo. Os jogadores pelas laterais foram muito sacrificados, tanto David, quanto Piton, todos eles sentiram muito a intensidade. Logo, decidimos trocar os atletas de lado, colocamos o Leandrinho que tem oferecido muito notório. Piton sentiu um pouco o pé e precisamos colocar o Victor Luis. PH também já estava debilitado, e o Puma é um jogador que tem uma ótima cobrança de pênalti. No final, seguramos um pouco mais, porque sabíamos que alguém poderia sentir câimbra e não voltar. Hugo também se sacrificou bastante e entramos com o Mateus Cocão. O importante é que todos entraram muito muito e conseguiram dar conta do recado. Isso mostra a força do grupo e nós ficamos muito satisfeitos por termos tantos atletas com capacidade de mudar o jogo.
EFETIVADO NO CARGO?
— Eu já me sinto treinador do Vasco. Estou há um bom tempo cá e já consegui mostrar um trabalho cá dentro. Não temos mais, internamente, conversas em relação a ser interino. Estamos tocando o clube da melhor maneira provável, junto com Pedrinho, Felipe, Marcelo, com os atletas. Tentamos resgatar a grandeza do Vasco. Logo me sinto e sou treinador da equipe. O importante é estarmos construindo coisas melhores para a equipe.