Relembre as trajetórias dos medalhistas brasileiros nas Olimpíadas de Paris

Foto: Alexandre Loureiro/COB

Relembre as trajetórias dos medalhistas brasileiros nas Olimpíadas de Paris

Há pouco mais de uma semana, no dia 11 de agosto de 2024, o mundo se despedia das Olimpíadas de Paris
. Ao longo da competição, o Brasil foi representado em 20 pódios, somou três medalhas de ouro, sete de prata, dez bronzes e momentos que entraram para a história. Relembre as trajetórias dos medalhistas brasileiros.

GINÁSTICA ARTÍSTICA 

O Brasil conquistou sua primeira medalha da história em Olimpíadas na disputa por equipes
na ginástica artística com Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira. Para chegar ao pódio, a equipe disputou as barras assimétricas, trave de estabilidade, solo e salto sobre a mesa. Depois quatro rotações, as brasileiras fecharam a final com 164.497, na terceira colocação do ranking universal, e garantiram o bronze
na categoria.

Brasil no pódio da disputa por equipes da ginástica artística nas Olimpíadas de Paris (Foto: Miriam Jeske/COB)
Brasil no pódio da disputa por equipes da ginástica artística (Foto: Miriam Jeske/COB)

Além do bronze por equipes, a ginasta Rebeca Andrade
garantiu outras três medalhas em Paris. A brasileira conquistou a prata
ao somar 57.932 nos quatro aparelhos do individual universal
e levou a medalha de prata
no salto
com 14.966 na média. Em ambas finais, a brasileira ficou detrás somente de Simone Biles, dos Estados Unidos.

O ouro
olímpico foi faturado no solo
. Ao som de Beyoncé e Anitta, Rebeca executou uma apresentação sem falhas e cravou 14.166. A nota levou a brasileira ao topo do pódio, superando Biles. Ao ocupar sua quarta medalha nas Olimpíadas de Paris, a ginasta tornou-se a maior medalhista olímpica do Brasil, com seis medalhas no totalidade.

VÔLEI DE PRAIA

No vôlei de praia, a dupla Ana Patrícia e Duda
protagonizou uma campanha invicta para chegar ao lugar mais cimalha do pódio nas Olimpíadas de Paris. Da temporada de grupos à final, as campeãs olímpicas perderam unicamente dois sets.

Depois passarem por duplas do Egito, Espanha, Itália, Japão e Letônia, todas vencidas por 2 sets a 0, as brasileiras enfrentaram as australianas Mariafe e Clancy na semifinal, quando perderam unicamente um set, mas se recuperaram e conquistaram a vaga na decisão. Na final, Ana Patrícia e Duda venceram as canadenses Melissa e Brandie no tie break, por 2 sets a 1, garantindo o ouro
.

JUDÔ

Beatriz Souza
tornou-se campeã olímpica do judô na categoria supra de 78kg em seguida vencer quatro adversárias difíceis, incluindo a francesa Romaine Dicko, considerada a número 1 do ranking mundial e apoiada pelo público nas arquibancadas. A medalha de ouro
veio na disputa contra a israelense Raz Hershko. Beatriz bateu a adversária por waza-ari e ocupou o lugar mais cimalha do pódio.

Para ocupar a prata
na categoria até 66kg, Willian Lima
venceu três disputas no tatame e chegou à final para enfrentar o nipónico Hifumi Abe. Na decisão contra o sexto judoca no ranking mundial, o brasiliano sofreu o revés com um ippon e ficou com a segunda colocação do pódio nas Olimpíadas de Paris.

O caminho de Larissa Pimenta
até o bronze
do judô na categoria até 52kg contou com cinco lutas, entre a eliminatória, repescagem e disputa da medalha. A brasileira foi derrotada pela francesa Buchard nas quartas de final e seguiu para a repescagem, quando venceu a alemã Ballhaus. Na disputa do terceiro lugar, a judoca brasileira venceu Odette Giuffrida, da Itália, por ippon e levou a medalha.

Equipe mista do judô brasileiro na conquista do bronze nas Olimpíadas de Paris 2024 (Foto: Miriam Jeske/COB)
Equipe mista do judô brasiliano na conquista do bronze (Foto: Miriam Jeske/COB)

Na disputa por equipes mistas
, o Brasil foi representado por Beatriz Souza, Rafaela Silva, Larissa Pimenta, Ketleyn Quadros, Daniel Cargnin, Rafael Macedo, Léo Gonçalves, Guilherme Schimidt, Rafael Silva e Willian Lima. Para chegar ao pódio, o Brasil passou pelo Cazaquistão, mas perdeu para a Alemanha no desempate. Na repescagem, os brasileiros venceram a Sérvia e foram para a disputa do terceiro lugar.

A equipe empatou com a Itália em 3 a 3 e a decisão ficou para o desempate. No sorteio, a categoria até 57kg foi a selecionada, com Rafaela Silva indo para o tatame pela segunda vez para enfrentar Veronica Toniolo. Em 14 segundos, Rafaela deu um waza-ari, marcou o quarto ponto brasiliano e garantiu o bronze
.

SKATE 

Rayssa Leal
, a Fadinha, tornou-se a desportista mais jovem da história, entre homens e mulheres, a medalhar em duas Olimpíadas diferentes. Para chegar ao pódio do skate street
, a brasileira passou pela temporada classificatória entre as oito melhores.

Na final, Rayssa cravou 71.66 na primeira volta de 45 segundos, nota considerada para a soma, e 92.88 na segunda manobra. A skatista precisava de mais uma nota para continuar na disputa, porém zerou as duas tentativas seguintes. A medalha de bronze
chegou na última manobra, quando a Fadinha conquistou 88.83 e garantiu a vaga no pódio.

+ Paris 2024: Skate e Surfe brilham nas Olimpíadas mais uma vez

Para ocupar a segunda medalha olímpica da história do Brasil no skate park
, Augusto Akio
terminou a temporada eliminatória entre os oito melhores no ranking universal e avançou à final do torneio. Na decisão, o brasiliano executou três voltas de 45 segundos cada, exibindo manobras aéreas e de borda na pista.

Sem conseguir boas notas nas duas voltas iniciais, Akio apostou tudo na última tentativa e levou o bronze
em seguida pregar 91.85 e ultrapassar os adversários, ficando entre os três melhores skatistas da categoria nas Olimpíadas de Paris.

SURFE

Gabriel Medina
conquistou o bronze
no surfe em seguida passar pelas classificatórias, o mata-mata e a disputa do terceiro lugar. O surfista superou o nipónico Igarashi nas oitavas e venceu o brasiliano João Chianca, o Jumbinho, nas quartas, mas foi suplantado pelo australiano Jack Robinson na semifinal, em uma bateria com poucas ondas. Para medalhar, Gabriel Medina levou nota 15.54 na soma das duas melhores ondas na disputa do terceiro lugar, contra 12.43 do peruviano Alonso Correa.

Medina e Tati Weston-Webb, medalhistas olímpicos no surfe (Foto: William Lucas/COB)
Medina e Tati Weston-Webb, medalhistas olímpicos no surfe (Foto: William Lucas/COB)

Para colocar prometer a primeira medalha olímpica do surfe na categoria feminina, Tatiana Weston-Webb
superou três baterias classificatórias e seguiu as eliminatórias até a decisão. A brasileira venceu Caitlin Simmers, dos Estados Unidos, nas oitavas, a espanhola Nadia Erostarbe nas quartas e a costarriquenha Brisa Hennessy na semifinal.

Na final, Tati encarou Caroline Marks, dos Estados Unidos, e disputou o lugar mais cimalha do pódio até a última vaga. A brasileira precisava de uma nota 4.68 para vencer a bateria e esperou a decisão dos árbitros, que saiu depois do término do tempo regulamentar. Por unicamente 0.18, Tatiane conquistou a prata
, com média 10.33, e a americana levou o ouro, com 10.50.

CANOAGEM 

Nas Olimpíadas de Paris, Isaquias Queiroz
subiu ao pódio olímpico pela quinta vez e passou a dividir a lista de atletas brasileiros que mais conquistaram medalhas com Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco cada, e Rebeca Andrade, com seis. Depois passar pela semifinal na terceira colocação, com o tempo de 3min44s80, o brasiliano avançou à final da prova de velocidade da canoagem C1 1000m
.

Para lucrar a prata
, o brasiliano largou detrás dos adversários, ganhou ritmo ao longo da disputa e recuperou posições na última secção da prova. Isaquias Queiroz cruzou a risco de chegada na segunda colocação, com o tempo de 3min44s33.

TAEKWONDO

Ao contrário das outras modalidades, no taekwondo, Edival Pontes
, o Netinho, precisou mourejar com a guião na primeira luta da categoria até 68kg e torcer para seu oponente Kareem, da Jordânia, chegar à final, para que ele tivesse oportunidade de buscar o bronze.

Com o jordaniano finalista, o brasiliano enfrentou o turco Recber na repescagem e venceu por 2 rounds a 1, seguindo para a disputa do terceiro lugar. Netinho levou o bronze
ao superar o espanhol Javier Perez Polo por 2 rounds a 1 e prometer o lugar no pódio.

BOXE

O bronze
colocou Bia Ferreira
na história do boxe brasiliano porquê a única desportista da categoria a ocupar duas medalhas em Jogos Olímpicos. Para chegar ao pódio, a brasileira passou por Jajaira Gonzalez, dos Estados Unidos, nas oitavas e Chelsey Heijnen, dos Países Baixos, nas quartas de final.

Na disputa da semifinal, Bia enfrentou a irlandesa Kellie Harrington. A luta foi intensa e equilibrada até o último round, que definiu a finalista da categoria de 60kg
. Com a decisão da arbitragem, a desportista brasileira foi superada por 4 a 1. Uma vez que não há disputa por terceiro lugar no boxe, Bia Ferreira garantiu o lugar no pódio.

ATLETISMO 

Caio Bonfim
conquistou sua primeira medalha olímpica na marcha atlética
. A disputa pelo pódio foi marcada por uma prova emocionante e definida pela estratégia. O brasiliano iniciou liderando o pelotão, mas foi avisado pela arbitragem algumas voltas depois.

Com risco de tomar uma punição, o brasiliano diminuiu o ritmo e foi perdendo posições, para evitar a exposição diante dos árbitros. Aos poucos, o desportista voltou a investir na velocidade e finalizou a prova em 1h19min09s, unicamente 14 segundos detrás do equatoriano Pintado, líder da prova, e levou a prata
.

Para chegar ao pódio, Alison dos Santos,
o Piu, passou em terceiro lugar nas eliminatórias dos 400m com barreiras
, com 48.75s, garantindo a vaga na lanço seguinte. O brasiliano terminou a semifinal com o tempo de 47.95s, na terceira colocação e avançou à final. Na disputa por medalhas, Pui ultrapassou as barreiras com tranquilidade e deixou os adversários para trás, para ocupar o bronze
com 47.26s de prova.

Alison dos Santos, o Piu, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024 (Foto: Gaspar Nóbrega/COB)
Alison dos Santos, o Piu, medalhista de bronze em Paris 2024 (Foto: Gaspar Nóbrega/COB)

FUTEBOL

O caminho da seleção brasileira até a final do futebol feminino
nas Olimpíadas de Paris foi repleto de emoções. As brasileiras estrearam com vitória diante da Nigéria, mas tomaram um verdadeiro banho de chuva fria no segundo jogo, quando levaram a viradela do Japão e foram derrotadas pela Espanha. Para qualificar às quartas, a equipe precisou relatar com a combinação de resultados.

Pelas quartas, as brasileiras venceram pela primeira vez na história a França, eliminando a equipe anfitriã. Classificadas à semifinal, o time comandado pelo técnico Arthur Elias reencontrou as espanholas e venceu por 4 a 2. Na final, o Brasil enfrentou os Estados Unidos, mesmo oponente das outras duas finais olímpicas que disputou. Repetindo os pódios de 2004 e 2008, as brasileiras sofreram o revés e conquistaram a prata
.

VÔLEI

O vôlei feminino
brasiliano passou pela temporada preparatório em seguida vencer Quênia, Japão e Polônia por 3 sets a 0. A campanha sólida levou a equipe às quartas de final, quando encarou a República Dominicana e repetiu o placar. Na semifinal, as brasileiras enfrentaram os Estados Unidos e decidiram a partida no tie break, mas foram vencidas por 3 sets a 2.

Na disputa do terceiro lugar, as brasileiras garantiram 3 sets a 1 contra a Turquia e levaram o bronze
, mantendo a sequência histórica do vôlei de quadra do Brasil porquê medalhista em todas as Olimpíadas que participou, desde Barcelona 1992.

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