Fim de 2024, e o Brasil ainda não sabe defender quando perde a bola

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Trabalho de Dorival se reflete nas atuações dos principais nomes da Seleção Brasileira

“O jogo ficou franco no segundo tempo, muito lhano, não é aquilo que nós queremos e nem aquilo que nós trabalhamos. Porém, esse foi o esboço da partida”. Essa foi uma das frases do técnico Dorival Júnior em sua coletiva na Natividade Novidade ao estimar Brasil 1×1 Uruguai, nesta terça (19), pelas Eliminatórias.

O time acabou o jogo com cinco atacantes. Mas e daí? Estava muito mais para um amontoado na frente do que uma equipe organizada ofensivamente. Luiz Henrique, concentrado, por exemplo, não teve sequer a chance de passar perto do que apresentou na última Data Fifa.

Ora, se a Seleção não se preparou para uma veras de jogo “mais lhano”, é evidente que a percentagem técnica tem sua parcela de culpa. Depois, sim, o Uruguai se fechou com sete cadeados. Em meio à má período generalizada, não há uma vez que deixar de olhar para o comando.

Assim, confirmei algumas – até logo – “quase certezas”. A principiar pela veras de que o trabalho do atual treinador definitivamente não está evoluindo, apesar de seu otimismo. E não é porque o brasílico “é resultadista”, conforme ele também mencionou. O quinto lugar, ao término da temporada nas Eliminatórias, é um retrato leal da Seleção Brasileira no ciclo para 2026.

Entenda o esboço de Dorival

Dorival tem o esboço de equipe que ele pretende. A saber, ele abraça uma teoria de quatro defensores, um deles – geralmente o lateral-esquerdo – com maior poder de espeque. O da direita iniciando mais na risco da retaguarda para executar, eventualmente, uma ultrapassagem nas jogadas de risco de fundo, dois atletas centralizados na tentativa de dosar o ritmo e quatro homens de características ofensivas. Resta, porém, saber uma vez que será o juntura de alguns jogadores que a Seleção tem a avultar.

O treinador se inclina por um esboço de jogo, mas para que logre vitória, precisará tomar providências quando o Brasil joga sem a esfera e quando precisa gerar espaços contra equipes na retranca.

A escola brasileira está desenhada: a imensa capacidade de formar atacantes, a maioria com características de ponta, agudos e em universal verticais, assim uma vez que a nossa guerra para produzir jogadores que saibam ditar ritmo.

Nesse cenário, a Seleção evidencia uma dificuldade quando se requer dar pausa na partida e controlar ritmo, principalmente quando encara um rival fechado. Isso, aliás, acarreta em uma dificuldade de solucionar jogadas no terço final do campo.

Todavia, o que mais causou preocupação – a exemplo do empate diante da Venezuela -, é o quanto o setor defensivo sofre com isso. Ou há dúvidas de que o Brasil está desequilibrado defensivamente? Ainda na primeira lanço, quando o Brasil foi altamente dominante, a melhor chance foi do Uruguai.

Notoriamente o Brasil não se sente confortável no combate frente à dimensão, por onde, aliás, saiu o gol etéreo. Mas também encontra enorme dificuldade para efetuar uma transição defensiva satisfatória. E mais: o time passa sufoco para controlar a esfera em profundidade por conta de sua risco defensiva.

A explicação pode estar na procura por uma equipe vertical a todo momento, que acelera na direção do gol. O problema é que, quando perde a esfera, a Seleção não está madura o suficiente para tutorar em cocuruto nível. Por término, a classificação para a Despensa do Mundo virá, mas o horizonte, ainda assim, é temeroso.

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