
Brasil x Uruguai será primeiro jogo no país com o gesto antirracismo
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, faz gesto antirracismo
A partida entre Brasil e Uruguai, marcada para esta terça-feira (19), na Redondel Nascente Novidade, em Salvador (BA), marcará o primeiro jogo no país com a implementação do gesto antirracismo da Fifa.
O gesto, sancionado por unanimidade no 74º Congresso da Fifa em Bangkok (THA), no dia 17 de maio deste ano, tem os braços cruzados em frente ao peito para sinalizar injúria racista. Ele se tornou secção do protocolo do futebol na Despensa do Mundo Feminina Sub-20 de 2024, na Colômbia.
A CBF considera a partida uma vez que um passo importante na luta contínua contra o racismo, aliás. Enfim, a Redondel Nascente Novidade será o palco do primeiro jogo no Brasil com a implementação do gesto.
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Uma vez que funciona o gesto
Ao cruzar os braços na frente do peito, os jogadores poderão sinalizar diretamente ao louvado que estão sendo alvos de injúria racista, levando o louvado, assim, a iniciar o procedimento de três etapas. Com a primeira lanço, há a interrupção do jogo. Se o injúria continuar, a partida será suspensa, com os jogadores e os dirigentes da partida saindo do campo de jogo. Caso o incidente não cesse, na terceira lanço, a partida será, dessa forma, abandonada.
A CBF foi a primeira confederação a implementar punição desportiva em seu Regulamento Universal de Competições para casos de racismo. A iniciativa é um dos marcos da gestão do Presidente Ednaldo Rodrigues, o primeiro preto e nordestino a presidir a entidade.
“A partida da Seleção na Bahia, a cidade mais negra fora da África, marcará o lançamento solene do protocolo contra atos racistas no futebol brasiliano”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, antes de completar.
“Quando entrei para o Recomendação da Fifa em março do ano pretérito, anunciei que a luta contra racistas seria uma das minhas prioridades na organização. Para o futuro, o gesto estará em todas as partidas em nosso país. O racismo é um transgressão que afeta a espírito. Esta é uma mostra pública da FIFA, da CBF e das outras federações nacionais de que não há mais espaço para racistas no futebol,” acrescentou.
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