Brasil é apenas o 14º com mais jogadores profissionais no mundo
Torcida brasileira festeja. Mas o país não é tão soberano quanto pensavam
Se o Brasil se denomina o “país do futebol”, é mais devido aos resultados que sua Seleção, pentacampeã, conquistou ao longo da história do que necessariamente pelo desenvolvimento do esporte a nível profissional. Um levantamento do “Bolavip Brasil” descobriu que o país é exclusivamente o 14º do mundo em número de jogadores profissionais atuando em seu território. Considerando a população totalidade brasileira, exclusivamente um a cada 102 milénio habitantes joga futebol profissionalmente. A título de confrontação, aliás, no Uruguai, país que é inimigo nesta terça-feira (19/11), em jogo pelas Eliminatórias para a Despensa do Mundo, o número é de um a cada 7 milénio habitantes.
Metodologia
Os dados são do relatório do futebol profissional ao volta do mundo da Fifa, neste ano. Os números são referentes a 2023. Entre março e novembro daquele ano, a entidade, logo, encaminhou questionários a todas as 211 associações nacionais membros. Em seguida, cruzou as respostas que recebeu com outras fontes de dados para estabelecer, assim, um quadro do futebol profissional no contexto global.
No estudo, a Fifa define porquê jogador profissional aquele que “tem um contrato escrito com um clube e é pago mais por sua atividade futebolística do que as despesas em que efetivamente incorre”.
Brasil tem menos jogadores profissionais que Escócia, Suécia e República Tcheca
O relatório aponta o México porquê o país com o maior mercado de futebol profissional do mundo, em termos de postos de trabalho. Finalmente, são 9.464 jogadores profissionais atuando no país, entre mexicanos e estrangeiros. Em segundo lugar está a Espanha, com 8.560 jogadores profissionais em atividade no país. O pódio é completado pela Inglaterra, com 5.582 atletas de futebol atuando profissionalmente.
O Brasil está na 14ª posição no ranking, com 2.123 jogadores profissionais atuando no país. O país está detrás das principais nações futebolísticas do mundo, porquê Argentina, Itália e França, além de Espanha e Inglaterra, ambos já citados. Mas também possui menos jogadores profissionais que países porquê Escócia, Suécia e República Tcheca. Ambos com populações muito inferiores aos 215 milhões de habitantes do Brasil, de congraçamento com o oferecido da Fifa – 5,4 milhões, 10,5 milhões e 10,5 milhões, respectivamente.
Os 15 países com mais postos de trabalho para jogadores profissionais:
1 – México – 9.464
2 – Espanha – 8.560
3 – Inglaterra – 5.582
4 – Escócia – 4.796
5 – Turquia – 3.917
6 – Rússia – 3.633
7 – Argentina – 3.613
8 – Itália – 3.101
9 – Suécia – 3.092
10 – Tchéquia – 2.959
11 – França – 2,906
12 – Estados Unidos – 2.791
13 – Japão – 2.126
14 – Brasil – 2.123
15 – Portugal – 2.074
Tamanho das divisões nacionais ajuda a explicar os números do Brasil
O relatório considerou porquê clubes profissionais no Brasil exclusivamente os 60 que integram as Séries A, B e C do Campeonato Brasílico. Clubes que disputam a Série D e os que jogam exclusivamente as competições estaduais foram considerados semi-profissionais e com isso não foram contabilizados pela Fifa.
Na Argentina, exclusivamente as três primeiras divisões também foram contabilizadas no relatório da Fifa. Mas porquê as três divisões argentinas abraçam mais clubes do que as três divisões brasileiras, o somatório de clubes profissionais no país foi muito superior: 118 clubes profissionais.
O país que lidera o número de clubes profissionais em atividade é o México, com 244 clubes contabilizados pela Fifa. Na sequência estão Turquia (136) e Argentina, com 118 clubes profissionais.
Presença estrangeira no Brasil é subalterno à média global
O relatório também revelou a presença de jogadores estrangeiros nos clubes profissionais pelo mundo. No futebol profissional brasílio, jogadores nascidos fora do Brasil representam 13% de todos os jogadores profissionais em atividade no país.
Apesar da presença cada vez maior de jogadores estrangeiros no futebol brasílio, o país ainda é um dos que menos importam mão-de-obra. A média global de jogadores estrangeiros atuando nas ligas nacionais é de 23%.
Na Europa, essa média é ainda superior, chegando a 35% de todos os jogadores profissionais em atividade no continente estarem em países que não os de origem.
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