Botafogo perde para o Peñarol (3-1) mas vai à final da Libertadores-2024
Eitan ABRAMOVICH
O Botafogo perdeu por 3 a 1 para o Peñarol nesta quarta-feira (30), em Montevidéu, no jogo de volta das semifinais, mas se classificou para sua primeira final da Despensa Libertadores, contra o Atlético-MG.
Os gols dos uruguaios foram marcados por Jaime Báez, aos 30 e 55 minutos, e Verboso Batista, aos 89, enquanto o prateado Thiago Almada, aos 88, descontou para o time carioca.
O Glorioso obteve a classificação graças à espetacular vitória por 5 a 0 no jogo de ida das semifinais, na última quarta-feira, no Rio de Janeiro.
Agora o time carioca vai enfrentar outro brasílico, o Atlético-MG, que na terça-feira eliminou o prateado River Plate, em de quem estádio em Buenos Aires será disputada a final do torneio no dia 30 de novembro, em jogo único.
– Pressão e gol uruguaio –
O Peñarol lutava por sua 11ª final de um torneio que já conquistou em cinco (e já distantes) ocasiões, sabendo que desta vez era uma missão praticamente impossível depois da guião avassaladora sofrida no jogo de ida.
Já o foco do Botafogo era a vaga em sua primeira decisão de Libertadores, mas com crédito de sobra. E cônscio de que deveria evitar cartões para se qualificar sem ter jogadores suspensos.
O técnico do time uruguaio, Diego Aguirre, colocou a força máxima em campo. Já a equipe comandada por Artur Jorge chegou a Montevidéu com muitas mudanças em relação àquela que deu uma exibição de bom futebol e eficiência em moradia.
E num Centenário que não deveria ter sido palco desta partida (o estádio do Peñarol, o Campeón del Siglo, não foi liberado pelas autoridades policiais uruguaias por questões de segurança), o ‘aurinegro’ manteve em mente um único objetivo: extinguir a triste imagem mostrada no Rio.
Com pura força e exaltação, além de cruzamentos, chutões e alguns ataques em velocidade, sempre sob a liderança do onipresente Leo Fernández, o Peñarol procurou os gols. E aos 31 minutos encontrou recompensa com uma explosivo de fora da superfície de Jaime Báez.
Um golaço que poderia ter sido seguido de outro dois minutos depois quando Rodrigo Pérez mandou a esfera na trave.
A pressão exercida pelo Peñarol parecia intimidar os brasileiros, que se fecharam detrás.
A temperatura estava nas alturas, porquê havia sido fora e dentro de campo (principalmente fora, com incidentes, repressão policial, tapume de 200 uruguaios detidos) no jogo de ida.
E nesse envolvente, marcado pelos muitos ataques e pela tentativa dos jogadores do Botafogo de esfriar a partida, o goleiro do Peñarol Washington Aguerre perdeu a cabeça, porquê costuma intercorrer com ele: logo em seguida o fecho do primeiro tempo agrediu o arqueiro rival John e acabou sendo expulso pelo louvado chileno Piero Maza.
– Botafogo resiste –
Com um varão a mais, o Botafogo encontrou espaços.
Aos 53 minutos, Maza marcou um pênalti para o time carioca devido a um toque de mão na esfera de Guzmán Rodríguez na superfície. Mas em seguida a revisão do VAR, a sanção foi revertida, para o consolação da torcida uruguaia no Centenário.
O Peñarol não tinha mais o ritmo do primeiro tempo, e até sua torcida parecia abatida. Mas Báez, com um novo pontapé de fora da superfície, aumentou a vantagem para os donos da moradia aos 65 minutos de jogo.
A expulsão do uruguaio do Botafogo, Mateo Ponte, quatro minutos depois, deixou os dois times com 10 dando mais ânimo ao Peñarol e deixando os cariocas apreensivos.
Até que aos 88 minutos de jogo, em seguida um rápido contra-ataque, o prateado Thiago Almada marcou o seu gol.
Um minuto depois o Peñarol fez o terceiro, por meio de Verboso Bastita, que foi confirmado pelo VAR. Mas era tarde demais.
O Botafogo segurou o resultado e, apesar de não ter repetido a atuação espetacular do jogo de ida, pôde comemorar a classificação inédita para a final da Libertadores.