Brittney Griner, a libertação olímpica após pesadelo na Rússia

Sameer Al-DOUMY

La jugadora de la selección estadounidense de básquet Brittney Griner perante Japón en los Juegos Olímpicos, el 29 de julio en Lille

Sameer Al-Doumy

Livre, relaxada e com uma esfera de basquete aproveitando os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A estrela americana Brittney Griner está de volta à Europa em procura de seu terceiro ouro, dois anos em seguida passar 11 meses presa na Rússia.

Com um incisão de cabelo dissemelhante desde a última vez que esteve em solo europeu, a pivô de 33 anos impressiona por sua presença (2,06 metros) e carisma. Ela contribuiu com 11 pontos e nove rebotes na estreia de sua equipe, que procura o oitavo ouro continuado no basquete, contra o Japão (vitória por 102 a 76).

– Moeda de troca –

O cenário é muito dissemelhante daquele fevereiro de 2022, quando jogava no Ekaterimburgo e foi presa na Rússia por portar um vaporizador e um líquido que continha cannabis, resultado proibido no país.

Griner foi condenada a nove anos de prisão, antes de ser libertada em dezembro de 2022, em uma troca de prisioneiros com o traficante de armas russo Viktor Bout.

Durante os 11 meses de prisão, ela chegou a pensar em suicídio, segundo revelou em abril em entrevista à rede americana ABC.

Antes de enfrentar o Japão em Lille, na última segunda-feira (29), a desportista nascida em Houston se mostrou em sossego diante da prelo: “Estou muito, todo mundo me pergunta por que voltei cá em seguida tudo que vivi, mas me sinto muito, segura na França. Só quero jogar”, declarou.

Suas temporadas divididas entre a WNBA (liga americana) e a Europa não se repetirão mais.

“Tenho certeza que em qualquer momento viajarei de férias com minha família, mas o basquete na Europa acabou para mim. Quero passar um tempo com minha família, meu fruto, não quero perder zero”, afirmou.

“Nós a vemos na quadra uma vez que aquela jogadora possante e dominante, mas é ela quem tem o maior coração”, disse a veterana de 42 anos Diana Taurasi, companheira de seleção americana e no Phoenix Mercury.

Desde muito cedo, Griner se destacou uma vez que um fenômeno por suas condições físicas incríveis: ela calça 54 e suas mãos são maiores que as de LeBron James.

– Destaque na comunidade LGBTQIA+ –

Em 2013, anunciou sua homossexualidade em entrevista à revista Sports Illustrated, revelando que sofreu bullying quando muchacho.

“Foi difícil ser assediada porque você é dissemelhante: ser mais subida, minha sexualidade, tudo”, declarou.

Um ano depois, publicou sua autobiografia, ‘In My Skin: My Life On and Off the Basketball Court’: “Acho que comecei a me sentir dissemelhante quando todos me disseram que eu era”.

Griner recordou que seu pai lhe disse “você pode fazer sua mala e ir embora!”, quando contou sobre sua orientação sexual.

A pivô se tornou a primeira pessoa da comunidade LGBTQIA+ da marca Nike, participando de ensaios fotográficos em que vestia roupas habitualmente criadas para homens.

Em 2020, durante os protestos históricos contra a violência policial em seguida a morte de George Floyd, Griner foi uma das primeiras jogadoras a pedir à WNBA que parasse de tocar o hino pátrio antes dos jogos.

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