
Atlético-MG empata com River (0-0) e vai à final da Libertadores-2024
O atacante Deyverson (E) do Atlético Mineiro comemora com seus companheiros de equipe depois o jogo de volta da semifinal da Despensa Libertadores contra o River Plate no estádio Mas Monumental, em Buenos Aires, em 29 de outubro de 2024.
JUAN MABROMATA
O Atlético-MG se classificou para a final da Despensa Libertadores-2024 ao empatar em 0 a 0 com o prateado River Plate no jogo de volta das semifinais disputado nesta terça-feira (29) no estádio Monumental, em Buenos Aires.
O time mineiro avançou com um placar associado de 3 a 0, depois vencer por esse resultado na primeira partida, em Belo Horizonte.
Num jogo intenso, o River teve mais posse de globo, encurralou o Galo com mais de 30 chutes a gol, mas esbarrou na potente resguardo da equipe brasileira.
Na grande decisão, que será disputada no dia 30 de novembro no mesmo estádio, o Atlético-MG, vencedor da Libertadores 2013, enfrentará o vencedor da outra semifinal, em que o Botafogo abriu uma grande vantagem ao golear por 5 a 0 o uruguaio Peñarol, no jogo de ida no Rio de Janeiro.
– River pressiona –
A partida teve um tardada de quase 20 minutos, entre o tardada na chegada do ônibus da equipe visitante ao estádio, e a impressionante recepção das equipes com show de fogos de artifício.
Obrigado a partir para cima em procura da façanha de virar uma desvantagem de três gols, o River procurou desde o início chegar à superfície do Galo, com subida pressão na saída da equipe brasileira, e teve a primeira chance quando Solari pegou um rebote dentro da pequena superfície, mas chutou sobranceiro demais.
Porém, e apesar de encurralar a meta dos visitantes, time prateado teve dificuldades para gerar situações de transe diante de Everson, por isso precisou malparar alguns chutes de fora da superfície, porquê aconteceu com uma explosivo de direita de Colidio, em que a globo subiu demais, um disparo de Kranevitter que foi perto do ângulo recta, e uma cabeçada de Pezzella muito perto do travessão.
Do outro lado, o Galo ficou firme na retaguarda, mudou o esquema com Paulinho mais recuado e resistiu aos ataques do time da lar em seu próprio campo com uma barreira para distanciar todas as tentativas do ‘Millonario’.
Com pouca posse de globo – unicamente 33% – o time mineiro quase não conseguia se livrar do cerco e procurava, com bolas longas, Hulk ou Deyverson, que teve a melhor chance de liquidar o duelo com uma corrida em velocidade depois uma irregularidade de Kranevitter. Ele avançou sozinho em direção ao gol, mas o goleiro Armani brilhou ao distanciar a globo quando o atacante tentou driblá-lo.
Lançado ao ataque com o time antecipado até o final do primeiro tempo, o River dominava, mas se repetia em dezenas de cruzamentos improdutivos – mais de 60 lançamentos -, faltava lucidez e uma pitada de surpresa para preocupar Everson, ao mesmo tempo em que o Galo tentava diminuir o ritmo da partida e manter o placar zerado o supremo provável.
– Alegria mineira –
O Atlético-MG mais uma vez quase decretou a classificação no início do segundo tempo, quando Scarpa avançou pela direita e acertou um chuto de pé esquerdo que acertou o travessão, quicou fora do gol, Deyverson finalizou do jeito que pôde e Armani defendeu na risca.
Gallardo decidiu mexer e colocou os jovens Echeverri e Mastantuono, que deram mais dinâmica ao jogo denso que o River fazia até portanto, e depois de meia hora passou a frequentar a superfície brasileira com mais contundência.
Everson, que até portanto havia tido pouco trabalho, apareceu com crédito para espalmar uma tentativa de Meza de longe, e depois defendeu um chuto de Echeverri que ia na direção do ângulo, enquanto que a última para o time da lar foi uma cobrança de falta de ‘Pity’ Martínez que foi para fora, ao lado da trave esquerda.
O River foi desanimando ao ver que a viradela com a qual sonhava há uma semana estava mais longe, e prolongou uma alarmante falta de gols – unicamente gol marcado nos últimos seis jogos -, justamente no momento em que mais precisava, o que o deixa de fora do grande objetivo da temporada, a um passo da decisão.
Assim, o Galo volta à final da Libertadores depois de 11 anos, depois expulsar o Fluminense, atual vencedor, nas quartas de final, e nas semifinais o River, que chegava com o status de candidato ao título, com Gabriel Milito porquê técnico de um time que se mostra potente no ataque e sólido no seu estilo de jogo.