Jogador faz relato chocante sobre situação no futebol boliviano
Não é sigilo que o futebol boliviano tem uma situação estrutural das mais precárias do continente. Mesmo quando o matéria são clubes de relevância no cenário vernáculo uma vez que, por exemplo, o Jorge Wilstermann.
Porém, isso não torna menos impactante a enunciação do meio-campista uruguaio Rodrigo Amaral em coletiva nesta segunda-feira (28). Isso porque o desportista de passagem em equipes uma vez que Pátrio , Racing e The Strongest expôs situações inimagináveis para qualquer clube de nível profissional. Seja no futebol boliviano uma vez que em qualquer lugar do mundo.
Além de atrasos salariais e condições de trabalho ruins, Rodrigo chegou a manifestar que alguns de seus companheiros tem problemas básicos com sustento básica. Não somente para eles uma vez que também para seus familiares:
“Há colegas meus que não têm o que consumir. Muitos chegam cedo para consumir uma maçã, uma banana… Alguns têm filhos e quando pedem: ‘Mamãe, papai, você pode me comprar isso?’, as crianças não entendem e é muito difícil. Quando o proprietário do seu imóvel chega para manifestar que você deve quatro, cinco meses de aluguel e você olha para trás e tem toda a sua família…”
‘Fazemos isso pela nossa família’
Apesar da situação sátira, o jogador de 27 anos assegura que o sentimento dele e de seus companheiros é de lutar pelo clube e pela honra de cada um deles. Aliás, Rodrigo reconhece o esforço da diretoria em solucionar o tema, mas tampouco “amainou” as críticas por conta disso:
“Todos os dias lutamos e fazemos isso por nós mesmos. Não paramos de treinar. Tentamos deixar as coisas um pouco desconfortáveis, mas isso não aconteceu. Sentimos o esteio daqueles que trabalham todos os dias na percentagem técnica. Fazemos isso pela nossa família, para levar o clube adiante.”
“Sabemos que a gerência está colocando moeda do próprio bolso, mas não encontramos uma solução. Precisamos que o cheque chegue. Estamos em uma situação sátira. Queremos falar porque estamos em uma situação que não dá mais”, concluiu.