‘Não é bom’ para o tênis, diz Djokovic após vencer jogador sem ranking nos Jogos
PATRICIA DE MELO MOREIRA
O sérvio Novak Djokovic disse que sua vitória em menos de uma hora sobre o perito em duplas australiano Matthew Ebden, neste sábado (27), pela primeira rodada do torneio de simples dos Jogos Olímpicos de Paris, foi um pouco que “não é bom” para o tênis e pediu uma mudança nas regras de convocação em caso de desistências de última hora.
Djokovic levou exclusivamente 48 minutos para derrotar Ebden, que estava há mais de dois anos sem disputar um jogo de simples e foi incluído no quadro do torneio em seguida o desleixo do dinamarquês Holger Rune por lesão.
“Realmente não entendo as regras”, disse o sérvio depois da vitória por 2 sets a 0 (6-0 e 6-1) na quadra Philippe Chatrier.
Djokovic considerou “ilógico alguém se retirar do torneio de simples e um jogador de duplas ser chamado para jogar”.
“Acho que não é bom para o esporte, para ser sincero. Há muitos jogadores de simples que tiveram muito tempo para chegar cá e poderiam ter sido convidados”, disse o número 2 do ranking da ATP, que pediu uma “mudança nas regras”.
Segundo o regulamento da Federação Internacional de Tênis (ITF), qualquer desistência em chaves de simples é substituída pelo jogador de simples com o melhor ranking.
Uma vez que não há jogadores com ranking de simples, os substitutos são os jogadores mais muito ranqueados nas duplas.
Com o escora do público, Ebden, vencedor do Descerrado da Austrália nas duplas, comemorou o game que venceu tirando a camisa. Uma mostra da diferença de nível abissal entre os dois tenistas.
Ao final da partida, o australiano de 36 anos disse que foi uma boa maneira de proferir adeus aos jogos de simples.
“Nunca tinha jogado contra Novak, mas um milagre aconteceu e tive a oportunidade de jogar com ele na Chatrier. Foi a maneira perfeita de me reformar oficialmente dos simples”, reconheceu.