Após ser eliminado em Paris, número 1 mundial de esgrima protesta contra árbitros

FABRICE COFFRINI

Vista do Grand Palais, sede das competições de esgrima dos Jogos Olímpicos de Paris, em 27 de julho de 2024.

Fabrice COFFRINI

O esgrimista georgiano Sandro Bazadze, número um do mundo, reclamou com veemência dos juízes dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 ao ser eliminado neste sábado (27) nas oitavas de final da prova de sabre masculino: “Eles me matam pela segunda vez”, protestou.

O Grand Palais, sede da esgrima na capital francesa, já recebeu muitas exposições desde a sua geração, em 1900, e Bazadze proporcionou uma das cenas mais memoráveis.

O georgiano, que fará 31 anos na segunda-feira, se recusou a trespassar do sítio da prova e gritou contra a árbitra espanhola Vanesa Chichón, depois de esta ter recorrido ao vídeo para declarar que o egípcio Mohamed Amer havia conseguido o toque que lhe deu a vitória por 15-14.

O bicampeão europeu continuou a esbravejar contra ela depois, mas Chichón o ignorou e deixou a estádio do Grand Palais, no meio de Paris.

“Os juízes, uma vez que em Tóquio, estão me matando pela segunda vez”, disse Bazadze aos repórteres pouco antes de deixar o sítio da prova, se referindo à guia na semifinal diante do tricampeão olímpico Aron Szilagyi em 2021.

“Em Tóquio, eles destruíram minha vida, quase acabaram com a minha curso”, desabafou ele. “Voltei e me tornei o número um do mundo, me preparei para os Jogos Olímpicos, mas ela me matou”.

Bazadze deu um ‘show’ na capital francesa. O público chegou a vaiá-lo, mas ele pareceu não notar enquanto estendia os braços, implorando, em vão, a outros árbitros.

No final, acabou saindo do Grand Palais sem parar de reclamar, fundamentado no roupa de que, em sua opinião, o uso de vídeo não é geral nas Olimpíadas.

“Minha curso acabou. Acabou”, disse ele. “Porquê posso voltar se os árbitros me matam o tempo todo?”.

Suas ameaças de ‘pendurar a gládio’ coincidiram com promessas de não deixar morrer a questão do suposto erro de arbitragem.

“Cheguei aos Jogos nas piores condições da minha vida”, disse ele. “Não vou deixar assim. Lucro pelos meus filhos que farei alguma coisa”.

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