Brasil pode ‘competir contra todos’, avisa Marcelinho Huertas, capitão da seleção de basquete

Harry How

Leandrinho (D), do Phoenix Suns, em disputa com Marcelino Huertas (E), do Los Angeles Lakers, em jogo da NBA em 2016

Harry How

“Obrigado, capitão!”, disse o técnico da seleção brasileira masculina de basquete, o croata Aleksandar Petrovic, a Marcelinho Huertas, que pediu para voltar à equipe no Pré-Olímpico dos Jogos de Paris 2024. “Podemos competir contra todos”, avisou o jogador em entrevista à AFP antes da estreia contra a França, no sábado (27).

Fundamental na vitória sobre a Letônia, que carimbou o passaporte do Brasil rumo a Paris, Marcelinho se tornará o segundo jogador mais velho a disputar os Jogos, com 41 anos, detrás somente do prateado Luis Scola, que participou dos Jogos de Tóquio em 2021 com a mesma idade, mas 38 dias a mais.

Pergunta: Quase duas décadas na seleção brasileira. Uma vez que o basquete mudou? E seu estilo de jogo?

Resposta: “O basquete foi mudando pouco a pouco, mas você não percebe quando está jogando porque vai se adaptando às mudanças, que são graduais. Mas se você olhar o basquete de hoje e o de 20 anos detrás, são muito diferentes. Eu mudei também, fisicamente não sou o mesmo de 20 anos detrás, nem de dez anos, mas tenho outras virtudes que me permitem jogar em cume nível, embora não tenha as pernas que tinha há 20 anos”.

P: O que o levou a pedir para jogar o Pré-Olímpico? Uma vez que você mantém a motivação?

R: “A iniciativa de jogar o Pré-Olímpico foi simplesmente uma questão pessoal, emotiva, do significado do que a seleção brasileira tem para mim… No ano pretérito, no Mundial, as coisas não acabaram porquê eu queria e merecia. Decidi no último momento que queria voltar a jogar, embora estivesse muito determinado a não fazer isso. A motivação continua, sem ela não seria capaz de render e me divertir na quadra. Tem que ter sempre, seja você jovem, um jogador consolidado ou um veterano. A motivação tem que subsistir para buscar seus sonhos e ter sucesso”.

P: Uma vez que essa experiência te enriqueceu? O Marcelinho de agora é melhor que o do que jogou no Los Angeles Lakers (2015-2017)?

R: “Ter vivido muitas batalhas, Jogos Olímpicos, Mundiais, ter uma curso bastante longa a nível de clubes e seleção… A experiência tem um papel muito importante nessas partidas, principalmente nas eliminatórias. Espero poder estar no meu melhor nível, físico e técnico, também mental, e que tenhamos o rendimento esperado. Esses jogos não muito nervosos, muitas vezes é preciso diminuir a tensão e ter mais tranquilidade do que o habitual, para lucrar jogos equilibrados em que cada ponto conta pode fazer a diferença”.

P: O Brasil será o representante sul-americano no torneio olímpico de basquete. Com qual desempenho você sairia de Paris satisfeito?

R: “Não acho que temos que nos dar por satisfeitos com qualquer coisa. Todas as equipes que estão cá têm um nível muito parecido. É simples que os Estados Unidos são favoritos, mas todos acreditam em suas chances e todos os jogos terão um valor muito grande, tanto na diferença de pontos porquê nas eliminatórias. Qualquer pormenor pode te levar à luta por medalha ou te expelir. O Brasil é capaz de competir contra todos e temos que nos preparar para isso”.

P: Você acabou de renovar com o Tenerife até 2026. Até quando você gostaria de jogar? Em que momento você acha que vai pensar em parar?

R: “Renovei por mais dois anos e estou muito feliz por estar em um grande clube, em uma grande ilhota, é a minha mansão agora… Estamos muito confortáveis e muito felizes. Quero aproveitar estes dois anos e o tempo vai manifestar quando vou parar. Por enquanto estou muito, porquê inópia e motivação, é isso que vale. Quando chegar o momento, vou saber, mas não coloco uma data. Quero ir com calma. Agora não sei manifestar”.

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