
Atlético-MG vence Fluminense (2-0) e vai enfrentar River nas semis da Libertadores
O atacante Deyverson comemora depois marcar o primeiro gol do Atlético-MG contra o Fluminense, no jogo de volta das quartas de final da Libertadores, na Estádio MRV, em Belo Horizonte, no dia 25 de setembro de 2024.
GLEDSTON TAVARES
Com dois gols do atacante Deyverson, o Atlético-MG avançou às semifinais da Despensa Libertadores-2024 ao vencer o atual vencedor Fluminense por 2 a 0 (2 a 1 no placar associado) nesta quarta-feira (25), em Belo Horizonte.
Com domínio integral deste jogo de volta das quartas de final, o Galo conseguiu virar a situação em que se encontrava, depois perder por 1 a 0 no Maracanã há uma semana, com gols do irreverente atacante de 33 anos no segundo tempo (50′ e 88′).
“Graças a Deus [por ter conseguido marcar os dois gols], muitas vezes sou questionado sobre meu jeito de ser”, disse o destaque da noite em meio às lágrimas.
O Fluminense, ameaçado de rebaixamento no Campeonato Brasiliano, se despediu com uma apresentação apagada, muito dissemelhante do comprometimento ofensivo que o levou a invadir sua primeira Libertadores no ano pretérito.
Vencedor do torneio continental em 2013 com Ronaldinho Gaúcho, o Atlético-MG disputará em outubro uma vaga na final contra o prateado River Plate, que eliminou o chileno Pescoço Pescoço (2 a 1 no associado) na terça-feira, em Buenos Aires.
A fenda do placar na Estádio MRV parecia uma questão de minutos devido ao ímpeto avassalador com que os donos da moradia iniciaram o jogo.
– Hulk perde pênalti –
Empurrados por 43.659 torcedores, os jogadores comandados pelo técnico prateado Gabriel Milito tiveram quatro chances de gol muito claras no primeiro tempo.
A mais evidente: o pênalti defendido por Fábio na cobrança do capitão Hulk logo aos 8 minutos, depois um toque de mão na dimensão do atacante colombiano Jhon Arias.
O ídolo do time mineiro cobrou sem muita força do lado esquerdo do veterano goleiro, que defendeu o pontapé sem muitas dificuldades. Ele voltaria a cintilar num pontapé pleno de veneno do lateral Guilherme Arana aos 20 minutos, dos quais rebote foi novamente esbanjado por Hulk.
Fábio, de 43 anos, acompanhou de perto dois chutes de Gustavo Scarpa (18′) e Rodrigo Battaglia (31′) que quase foram parar no fundo da rede. A explosivo do prateado explodiu na trave esquerda.
Enquanto isso, o Fluminense não produzia zero no ataque. Fechado em seu próprio campo, o time carioca resistia aos ataques dos donos da moradia enquanto seu técnico Mano Menezes parecia preocupado.
– A hora de Deyverson –
Ao retornar do pausa, o Flu deu a sensação de querer reagir, certamente sabendo que havia sobrevivido aos primeiros 45 minutos.
Mas essa atitude durou pouco, até que Deyverson, que havia entrado no final do primeiro tempo para substituir o lesionado Bernard, desviou de cabeça no ângulo um intercepção de Scarpa.
Mano Menezes reforçou a resguardo com o lateral Marcelo e o zagueiro Antonio Carlos. Mas o Galo seguiu pressionando uma vez que num pontapé de pé esquerdo de Scarpa (58′) que fez Fábio voar no ângulo superior esquerdo. O 2 a 0 parecia uma questão de tempo.
E não só pelas sucessivas tentativas dos alvinegros, mas também porque o Fluminense não mostrava a menor reação ofensiva, nem mesmo com a ingresso do atacante prateado Germán Tubo a 25 minutos do final.
Sem testar o goleiro Everson, que não viu um único pontapé a gol, os atuais campeões deixaram evidente que o objetivo era forçar a decisão nos pênaltis.
Mas Deyverson estragou os planos do tricolor carioca ao se esticar todo e desviar com o pé esquerdo um intercepção da direita de Hulk na reta final da partida. Personagem, herói e, agora, semifinalista.