
Ligas e sindicato de jogadores apresentam queixa contra a Fifa na Comissão Europeia
FIFPro Europa e Ligas Europeias apresentaram queixa contra a Fifa
MICHAEL BUHOLZER
A Fifa tomou “decisões unilaterais”, “infringe a lei de livre concorrência da União Europeia e constitui notavelmente um insulto de posição dominante”, segundo o FIFPro Europa e as Ligas Europeias, que anunciaram nesta terça-feira (23) que apresentaram uma queixa na Percentagem Europeia contra a entidade máxima do futebol.
O FIFPro é o sindicado mundial de jogadores, enquanto as Ligas Europeias reúnem mais de milénio clubes de 33 países do continente.
Segundo o expedido conjunto de ambos, a conduta da Fifa em relação ao calendário internacional “prejudicou os interesses econômicos das ligas nacionais e o bem-estar dos jogadores”, e seu papel uma vez que reguladora e organizadora de competições é um conflito de interesses.
A Fifa foi acusada de não fazer consultas sobre mudanças recentes no calendário, uma vez que a introdução de um Mundial de Clubes com 32 equipes, previsto para junho e julho de 2025 nos Estados Unidos, que terá 12 representantes europeus.
Por isso, muitos dos principais jogadores do continente serão obrigados a participar em um momento no qual deveriam ter férias ao final da temporada, um ano antes da Despensa do Mundo de 2026.
“O calendário internacional de jogos já está mais do que saturado e se tornou insustentável para as ligas nacionais e um risco para a saúde dos jogadores”, disseram FIFPro e Ligas Europeias.
“As decisões da Fifa nos últimos anos favoreceram repetidamente suas próprias competições e interesses comerciais, negligenciaram sua responsabilidade uma vez que órgão dirigente e prejudicaram os interesses econômicos das ligas nacionais e o bem-estar dos jogadores”, acrescenta a nota conjunta.
– Decisões unilaterais –
“As ligas nacionais e os sindicatos de jogadores, que representam os interesses de todos os clubes e de todos os jogadores em nível pátrio, e regulam as relações trabalhistas através de soluções acordadas coletivamente, não podem admitir que as regulações globais sejam decididas unilateralmente”.
“A ação lítico é agora o único passo responsável para que as ligas europeias e os sindicatos de jogadores protejam o futebol, seu ecossistema e sua força de trabalho das decisões unilaterais da Fifa”.
A enunciação se refere à sentença sobre a Superliga do Tribunal de Justiça da União Europeia ditada em dezembro do ano pretérito, que exigiu que a Fifa e outros órgãos dirigentes exerçam suas funções reguladoras de maneira transparente, objetiva, não discriminatória e proporcional.
A denúncia chega depois que a Associação de Jogadores Profissionais da Inglaterra e sua homóloga francesa, a UNFP, iniciaram em junho uma ação nos tribunais da Bélgica para ordenar em última instância se a conduta da Fifa violou os direitos dos jogadores segundo a lei da União Europeia.