Homem que ameaçou consulado do Irã é condenado em Paris
Fabien DALLOT
Um varão de origem iraniana que entrou na última sexta-feira no consulado do seu país em Paris com material explosivo falso para “se vingar” do governo do Irã foi réprobo nesta segunda-feira (22) a 10 meses de prisão com recta a sursis.
O varão, 61, vive há anos na França e também foi réprobo a tratamento obrigatório, proibição de porte de armas e proibição de comparecer ao consulado e ao província de Paris onde a missão se encontra.
O varão explicou no tribunal que não queria ameaçar ninguém, somente se “vingar” das autoridades iranianas, que chamou de terroristas.
“Na véspera do ocorrido, fui informado de que meu primo havia sido enforcado no Irã e que minha mana havia sido presa”, disse Nicolas K., que vive no subúrbio de Paris e costuma participar na capital francesa de manifestações de opositores do governo iraniano.
O varão foi indiciado de “ameaças de morte” e “violência premeditada”, por ter entrado na seção consular da embaixada do Irã com explosivos falsos. Testemunhas disseram no tribunal que Nicolas K. repetia: “Quero morrer, estou farto.”
A mediação de negociadores da polícia permitiu a prisão de Nicolas. Sua advogada, Louise Hennon pediu a sua indulto e argumentou que uma pena representaria “uma interferência desproporcional na liberdade de frase” do seu cliente.
O representante da promotoria, no entanto, pedia um ano de prisão, por considerar que os fatos não representavam “um ato de resistência política”, e sim “violações do recta generalidade”.