
Futuro com robôs e regulamentação da IA: veja os destaques do 1° dia de Web Summit
O primeiro dia do evento de tecnologia Web Summit tem um ritmo próprio. Enquanto as startups ainda montam seus estandes e a maioria das salas permanece fechada, o Centre Stage concentra toda a atenção. Depois anos trabalhando com perceptibilidade sintético e acompanhando sua evolução, naturalmente gravito para as discussões sobre o tema, e dentre as três ou quatro palestras do dia, uma em privado capturou minha atenção.
Em meu oitavo Web Summit, que levante ano acontece entre os dias 11 e 14 de novembro, posso expressar que a sensação de deslumbre ao entrar na MEO Estádio continua a mesma. Lembra o Maracanã em dia de grande espetáculo.
Neste primeiro dia, empresas do mundo todo começam a ocupar seus espaços, preparando-se para os dias intensos que virão. Mas hoje, o ritmo mais lento permite uma reflexão aprofundada sobre cada discussão que tive o prazer de escutar.
No pintura “O grande debate sobre IA: Quem decide nosso horizonte?”, Max Tegmark, do instituto Future of Life; Thomas Wolf, da empresa de IA Hugging Face, e Nicholas Thompson, CEO da revista The Atlantic, proporcionaram opiniões valiosas sobre os rumos da IA.
Quando Thompson foi questionado sobre porquê devem ser os próximos 10 anos, a resposta recebida foi tanto irônica quanto reveladora: o horizonte será porquê a humanidade escolher que seja. Zero de previsões grandiosas ou promessas vazias – somente um lembrete direto de que precisamos largar a postura passiva diante do desenvolvimento tecnológico.
Nicholas Thompson, CEO da revista The Atlantic: “O horizonte da IA será porquê a humanidade escolher que seja” (Tasos Katopodis/Getty Images for The Atlantic)
A discussão sobre regulamentação trouxe paralelos interessantes com outros setores. Assim porquê criamos padrões de segurança para aviação e automóveis, precisamos estabelecer frameworks regulatórios para a IA. O duelo está em gerar regras que sejam verdadeiramente inclusivas, evitando privilégios somente para gigantes tecnológicos. São os gigantes de tecnologia porquê Meta e Google que teriam o aproximação mais facilitado com a regulação.
A Hugging Face, posicionando-se porquê a “Suíça da IA”, demonstrou porquê a neutralidade pode ser um diferencial no cenário global. É fascinante observar porquê alguns dos melhores modelos de IA vêm da China, e porquê as ferramentas transcendem fronteiras geopolíticas.
A definição de AGI porquê “um sistema que ninguém pode desligar” levanta questões geopolíticas intrigantes. Que região realmente desejaria desenvolver alguma coisa que não pode controlar? É um paradoxo que merece reflexão.
Horizonte robótico
O debate sobre a explosão no desenvolvimento de IAs em robótica foi particularmente relevante. A perspectiva de robôs realizando tarefas cotidianas porquê trocar uma lâmpada ou fazer reparos hidráulicos não é mais ficção científica. As máquinas podem, teoricamente, superar nossa performance em qualquer tarefa – o duelo está em escolher sabiamente o que delegar a elas.
Depois mais de uma dez acompanhando de perto o desenvolvimento da IA, observo uma evolução significativa no tom das discussões. Não estamos mais no território do fulgência tecnológico, mas sim em um debate maduro sobre responsabilidade e escolhas conscientes.
Mesmo sendo somente o primeiro dia, com sua programação mais enxuta focada no palco principal, as discussões já estabelecem o tom do que promete ser um dos Web Summits mais relevantes para o horizonte da IA. Ver potências porquê China e Estados Unidos dialogando sobre padrões comuns e uso responsável da tecnologia é um indicador positivo do que está por vir nos próximos dias.
A mensagem que levo deste primeiro dia é clara: o horizonte da IA não será escrito por algoritmos, mas por nossas escolhas coletivas sobre porquê queremos usar essa tecnologia revolucionária. Uma vez que alguém que dedica sua vida profissional a levante campo, vejo com otimismo a maturidade que o debate alcançou.