
Pausa para Data Fifa pode trazer benefícios e oferecer riscos aos atletas
Pausa para Data Fifa pode trazer benefícios e oferecer riscos aos atletas
Com o termo da 25ª rodada do Brasileirão, o futebol vernáculo entrou no período da Data Fifa, caracterizado pela pausa que ocorre por conta do calendário das seleções, que convocam os atletas de seus respectivos países para atuarem nos jogos. Assim, para evitar prejuízo às instituições, as competições de clubes são suspensas. Esse pausa pode porfiar entre 10 (caso o time esteja disputando a Despensa do Brasil) e 14 dias (para as equipes que retornarão somente na 26ª rodada do Campeonato Brasiliano).
Apesar da sequência sem partidas, os clubes continuam suas rotinas de treinamentos. Essa mudança de foco pode ser benéfica para o paisagem físico dos atletas. De harmonia com o fisioterapeuta esportivo associado à SONAFE Brasil – Sociedade Vernáculo de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física, Rodrigo Promanação, o calendário do futebol brasiliano acaba comprometendo a regeneração completa dos jogadores, portanto, o pausa é um momento importante para a recuperação do elenco.
— Tendo em vista o tempo insuficiente de recuperação, considerando o desgaste das partidas, viagens e distâncias percorridas entre um lugar de um jogo e outro, esse período pode ser significativamente positivo no que diz saudação ao tempo para regeneração, pois há uma grande oportunidade para restabelecer totalmente os atletas em suas valências fisiológicas e psicológicas — explica o profissional.
A pausa, no entanto, não oferece exclusivamente benefícios. Rodrigo acredita que a pouquidade de jogos oficiais também pode ser prejudicial em qualquer momento, pelo traje de que os treinamentos não conseguem perceber a demanda física requerida em uma partida.
— Durante os treinos, há uma requisito relativamente controlável, situação que não ocorre nos jogos. Dessa forma, por mais que os atletas continuem a rotina, o período de retorno às competições pode valer uma readaptação ao volume de trouxa imposta ao organização de cada desportista, o que deve ser observado de perto para minimizar o risco de lesões — alerta o fisioterapeuta.
Há ainda o impacto nos atletas convocados que, posteriormente participarem do compromisso com suas seleções, voltarão em uma sequência com diversos jogos, sem o mesmo tempo de regeneração que os demais tiveram. Para o profissional, essa requisito deve ser observada atentamente pelos clubes, pois pode oferecer um risco à integridade física dos jogadores.
— Os riscos são pertinentes desde que não haja um controle adequado e uma manipulação das cargas de trabalho durante esse período sem pausa. Necessariamente, os atletas que estão defendendo seus países precisam de um olhar diferenciado no retorno às atividades. A notícia entre os clubes e seleções é primordial para que, independente de qual instituição seja responsável pelo desportista, haja uma organização assertiva e um entendimento individualizado sobre suas capacidades fisiológicas, criando um envolvente de trabalho seguro — ressalta Rodrigo.
Para Flávia Magalhães, médica com 20 anos de experiência no esporte e que já trabalhou com clubes, CBF e Conmebol, existem benefícios e desvantagens na Data Fifa.
— O lado positivo é que esse pausa sem jogos permitirá que os jogadores se recuperem do desgaste físico reunido ao longo da temporada e façam trabalhos preventivos, corrigindo alterações identificadas ao longo das avaliações e que possam gerar lesões. Ou por outra, a percentagem técnica ganha um prazo maior para aprimorar aspectos táticos e estratégicos, a termo de potencializar o desempenho da equipe. Também é verosímil fazer atividades específicas que, em meio à maratona de jogos, seriam inviáveis — explica a profissional.
— A principal perda nesse cenário é relacionada ao ritmo de jogo. Pode ter queda de motivação para alguns jogadores e pode levar um tempo para a retomada do ritmo intenso de uma partida. Há também um acúmulo de cansaço, principalmente para atletas que viajam longas distâncias e vivenciam fusos horários distintos. Outra questão é que a sobrecarga aumenta o risco de lesões, e a pressão e a intensidade das Eliminatórias pode impactar também a saúde mental e física dos jogadores, que já estão sempre sob estresse e sob a exigência de uma subida performance — complementa a médica.