Zelensky volta a cobrar Ocidente sobre mísseis de longo alcance após ataque russo deixar 40 feridos

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a cobrar de autoridades ocidentais a autorização para utilizar mísseis de longo-alcance fornecidos pela Otan a Kiev contra o território russo, depois um novo ataque alheado lançado por Moscou deixar ao menos 40 pessoas feridas em Kharkiv neste domingo. O bombardeio atingiu um prédio residencial, segundo o pregão de autoridades ucranianas, com ao menos 14 pessoas hospitalizadas.

“Só uma solução sistêmica pode se opor a oriente terror: a solução do [uso de mísseis] de longo alcance para destruir os aviões militares russos lá onde têm sua base”, afirmou Zelensky em uma publicação nas redes sociais. “Esperamos que as decisões apropriadas venham em primeiro lugar dos EUA, Reino Uno, França, Alemanha e Itália”.

A discussão sobre o uso de armas ocidentais contra o território russo ganhou tração nas últimas semanas, com as autoridades ucranianas reiteradamente solicitando aos aliados da Otan um sinal clara de autorização. Na sexta-feira, o primeiro-ministro do Reino Uno, Keir Starmer, tratou do tema com o presidente dos EUA, Joe Biden, em uma viagem solene a Washington — um dia depois o presidente russo, Vladimir Putin, declarar que um progresso neste sentido seria interpretado por Moscou porquê uma enunciação de guerra. Ao termo da reunião, o premier britânico afirmou que o ponto seria levado a um grupo mais grande de países.

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Em momentos anteriores da guerra, a Ucrânia utilizou equipamentos ocidentais para guerrear o território russo, incluindo durante a irrupção na região de Kursk. Os ataques, no entanto, tem se restringido a um relâmpago próximo da fronteira — uma vez que as capitais ocidentais tentam evitar uma versão russa de ameaço existencial.

Em contrapartida, Kiev afirma que somente com ataques direcionados ao território russo, seria provável moderar o ímpeto das tropas que avançam contra o país, a sul e nordeste.

Entenda o contexto

No ataque deste domingo, um projétil controlado remotamente foi lançado por um avião russo e atingiu um prédio residencial em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia. O superintendente da governo regional indicou, em uma nota no Telegram, que uma mulher e um menino de 12 anos estavam em estado grave. Segundo Zelensky, também houve bombardeios em Sumy e Donetsk.

O gabinete do prefeito de Pokrovsk, um importante núcleo logístico no leste da Ucrânia, indicou pela manhã que os bombardeios russos deixaram pelo menos um morto. O tropa russo, maior e com maior capacidade ofensiva, está, segundo observadores militares, a menos de dez quilômetros da cidade.

O fornecimento de chuva manante e de gás foi desassociado na cidade devido aos combates, anunciaram as autoridades, e foram organizadas distribuições de chuva potável. Os ataques russos também deixaram grandes partes da cidade sem força, disse o parecer municipal.

Desde meados de agosto, e face ao progresso das tropas russas, as autoridades retiraram milhares de residentes. Há algumas semanas, o superintendente da governo da região de Donetsk, Vadim Filashkin, disse que 26 milénio pessoas, incluindo mais de milénio crianças, permanecem em Pokrovsk, que tinha tapume de 50 milénio habitantes antes da invasão russa de fevereiro de 2022.

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