Eleições 2024: campanha eleitoral nas ruas e na internet começa hoje; veja regras

A partir desta sexta-feira, 16, todos os candidatos a prefeito e vereador dos 5.568 municípios brasileiros poderão iniciar a campanha eleitoral. Com isso, estão autorizadas publicidades e manifestações com pedido explícito de voto em atos de campanha, reuniões, congressos e seminários, assim uma vez que em materiais panfletários, santinhos e redes sociais. Os eventos poderão ser transmitidos ao vivo nos perfis e canais dos candidatos e legendas.

No entanto, de negócio com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não poderá ter transmissão ou retransmissão por emissora de rádio ou TV, nem em site, perfil ou meato pertencente a pessoa jurídica. Nesses veículos, os políticos poderão fazer propaganda a partir de 30 de agosto, quando começa o horário eleitoral, com publicidades no rádio e na TV.

As regras eleitorais são definidas pela Solução nº 23.610/2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que prevê as normas para a realização da propaganda eleitoral. A normativa define uma vez que podem ser realizadas atividades públicas, a confecção e distribuição de material eleitoral. E, neste ano, com a preponderância do debate político na internet e o fenômeno da desinformação, traz novas regras quanto ao uso da lucidez sintético (IA) e à realização de lives eleitorais.

Todas as candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereador devem realizar a campanha eleitoral dentro dessas regras previstas pela legislação eleitoral. Em caso de descumprimento, os candidatos, seus partidos, coligações e federações ficam sujeitos a penalidades, uma vez que multas, que podem variar de R$ 5 milénio a R$ 25 milénio. A solução do TSE também atribui poder de polícia à Justiça Eleitoral para prometer o bom curso das eleições e o saudação às normas.

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A EXAME listou aquém o que pode e o que não pode no período de campanha eleitoral e uma vez que denunciar casos de infrações.

Atos públicos e material de campanha

O que pode:

  • Distribuição de material gráfico e realização de passeio, carreata ou passeata, na qual se utilizem outros meios de locomoção, acompanhadas ou não por coche de som ou minitrio, até as 22h do dia 5 de outubro;
  • Realização, até o dia 4 de outubro, de divulgação paga na prelo escrita e reprodução, na internet, do jornal impresso, de até 10 anúncios de propaganda eleitoral por veículo, em datas diversas, para cada candidatura, no espaço sumo, por edição, de 1/8 de página no jornal padrão e de 1/4 de página de revista ou tabloide;
  • Utilização de alto-falantes ou amplificadores de som até 5 de outubro, das 8h às 22h, desde que estejam a mais de 200 metros das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo, dos tribunais judiciais, dos hospitais, das casas de saúde, das escolas, das bibliotecas públicas, das igrejas e dos teatros, quando em funcionamento, entre outros;
  • Realização de comícios com aparelhagem de som até 3 de outubro, das 8h à 0h, com exceção do comício de fechamento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais 2 horas;
  • Colocação de mesas para distribuição de material de campanha e utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, desde que sejam móveis e não dificultem o bom curso do trânsito de pessoas e de veículos;
  • Eleitoras e eleitores podem usar bandeiras, broches, dísticos, adesivos, camisetas e outros adornos uma vez que forma de revelação de suas preferências por partido, federação, coligação, candidata ou candidato.

O que não pode:

  • Confeccionar, utilizar e partilhar – por comitê, candidata, candidato ou com sua autorização – camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens que possam proporcionar vantagem à eleitora ou ao votante;
  • Esparzir material de propaganda no sítio de votação ou em vias próximas;
  • Veicular propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, letreiro a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados nos bens do qual uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso geral, uma vez que postes de iluminação pública, sinalização de tráfico, viadutos, passarelas, pontos de ônibus e outros equipamentos urbanos;
  • Colocar propaganda eleitoral de qualquer natureza nas árvores e nos jardins localizados em áreas públicas;
  • Realizar enquetes sobre o processo eleitoral;
  • Difundir mentiras sobre opositores ou sobre o processo eleitoral brasílico;
  • Veicular material de propaganda eleitoral em bens públicos ou particulares (postes de iluminação pública, sinalização de tráfico, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos).

Campanha na internet

O que pode:

  • Impulsionamento de conteúdos político-eleitorais com ferramentas oferecidas pelas plataformas, por partidos, federações, coligações, candidaturas e seus representantes;
  • Contratação de serviço de priorização paga de resultado de buscas para promover qualidades das candidatas e dos candidatos;
  • Uso da lucidez sintético para gerar imagens e sons, desde que o material esteja devidamente rotulado, com a indicação de que é um teor fabricado ou manipulado e do tipo de tecnologia utilizada;
  • Promoção de circulação paga ou impulsionada de propaganda eleitoral na internet.

O que não pode:

  • Realizar disparo em tamanho de mensagens;
  • Usar lucidez sintético para fabricar ou manipular conteúdos posteriormente usados para difundir mentiras sobre o processo eleitoral;
  • Simular, por meio de chatbots, avatares e conteúdos sintéticos, conversa de candidaturas ou de outra pessoa real com eleitores;
  • Utilizar, para prejudicar ou propiciar candidatura, teor sintético gerado ou manipulado digitalmente com intenção de gerar, substituir ou mudar imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia (deepfake);
  • Utilizar palavra-chave associada a partidos ou candidaturas adversárias;
  • Difundir mentiras sobre opositores ou sobre o processo eleitoral brasílico;
  • Veicular propaganda eleitoral em sites de pessoas jurídicas com ou sem fins lucrativos;
  • Transmitir ou retransmitir live eleitoral por emissoras de rádio e de televisão e em site, perfil ou meato de internet pertencente a pessoa jurídica. Nesse último caso, as únicas exceções dizem saudação aos partidos, às federações e às coligações às quais a candidatura está vinculada;
  • Realizar showmício e evento similar presencial ou transmitido pela internet para promoção de candidatas e candidatos e apresentação de artistas (remunerada ou não) com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral.

Canais de denúncia

Caso as normas do TSE não sejam cumpridas, os cidadãos podem denunciar irregularidades na Justiça Eleitoral por meio do aplicativo Pardal, disponível para celulares com sistema operacional Android ou iOS.

O tribunal também dispõe de duas ferramentas para receber relatos de desinformação eleitoral e uso indevido de lucidez sintético nestas eleições de 2024. Desde o dia 8 de agosto, eleitoras e eleitores podem vincular para o SOS Voto, no número 1491. Também é verosímil registrar a denúncia pela internet, por meio do Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral (Siade).

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