Medalhista olímpica, Mayra Aguiar é eliminada na estreia de Paris 2024 – ac24horas.com

No penúltimo dia de disputais individuais do judô, os brasileiros foram eliminados precocemente e ficaram sem medalhas. A expectativa do público era grande pela presença de Mayra Aguiar. Um dos maiores nomes do judô brasílico, ela coleciona três medalhas de bronze olímpicas nas últimas três edições dos jogos. Mas, depois de uma ciclo olímpico marcado por lesões, Mayra se afastou das competições nos últimos meses, o que fez com que caísse no ranking mundial. E justamente por desculpa disso, o sorteio das chaves do torneio em Paris reservou um duelo de gigantes na lhaneza da categoria até 78 kg para mulheres.

Mayra Aguiar teve pela frente na estreia a italiana Alice Bellandi, atual número um do mundo. No tatame, as duas fizeram uma luta equilibrada, que só foi decidida no golden score, o temp extra do judô. Bellandi aplicou um waza-ari e venceu o duelo, tirando as chances de pódio da brasileira.

“A guião é dura. É muito ruim. Dói para caramba, é amarga, é doída, é um saco. Eu não paladar de perder nem pândega, imagina um negócio que a gente se doa tanto. Doa saúde, tempo de família, segmento mental. É dieta rígida e restrita, treinar todos os dias com dor. Portanto não é só hoje, é o ciclo olímpico inteiro que é uma luta. E quando acaba assim, dessa forma, é muito ruim. Mas eu sei também que em todas as vezes que doeu muito, seja dentro do tatame ou fora, eu sempre levantei muito poderoso. Quanto mais dói, mais a gente se fortalece, e talvez eu esteja me apegando nisso agora. A gente aprende muito rápido a renovar as coisas. Seja em uma vitória ou em uma guião, eu nunca parei muito tempo para comemorar, ou permanecer aflita, minguar a cabeça e chorar. Óbvio que a gente tem que fazer isso, deixar trespassar esse sentimento, mas é uma coisa que sempre levei pra mim. É pegar as coisas boas que passaram e pensar na frente. Pensar no que posso melhorar uma vez que desportista e uma vez que pessoa”, disse Mayra posteriormente a doída eliminação, em prova à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

A judoca gaúcha também refletiu sobre os limites do próprio corpo e revelou o motivo de ter se ausentado das competições do rotação mundial nos últimos meses.

“Já passei do meu limite. Já tem um tempo que eu venho mentindo para o meu corpo. Mentindo que está tudo muito. Tenho várias cirurgias e a primeira foi com, sei lá, 16 ou 17 anos. Eu ainda sinto ela, e as próximas. Aprendi a treinar e a lutar assim, mas nos últimos anos vem sendo mais difícil. Não adianta, é um preço que a gente paga. Não dá pra rivalizar tanto com nosso corpo, temos nossos limites. Mas eu fui até onde consegui, até onde o corpo deixou e não deixou também. Eu tentei, até por isso que fiquei um pouco mais fechadinha. Talvez tenha sido mais difícil por isso. Por rivalizar com meu corpo mais do que eu estou acostumada a fazer. E não tinha uma vez que eu fazer muita competição. Acho que essa foi a maior luta”, completou.

Mayra Aguiar tem 32 anos e um currículo recheado de conquistas. Além das três medalhas de bronze em Jogos Olímpicos, a gaúcha também é tricampeã do mundo na categoria 78 kg e tem um totalidade de oito medalhas em campeonatos mundiais de judô.

Leonardo Gonçalves cai na estreia

Proveniente de Iguape, cidade do litoral paulista, Leonardo Gonçalves fez sua estreia em Jogos Olímpicos nesta quinta (1º) na categoria até 100 kg para homens. Na luta de lhaneza ele enfrentou Dzhatar Kostoev (Emirados Árabes Unidos). O judoca brasílico perdeu o combate posteriormente suportar dois waza-ari do contendor.

“Eu tive condições de jogar ele de ippon, mas foi uma luta difícil. Busquei a todo tempo, não me acovardei e deixei tudo o que eu tinha. Mas não foi o suficiente. Agora eu fico à disposição da percentagem técnica se precisarem de mim na competição por equipes”, afirmou posteriormente deixar a competição.

Ao contrário de Mayra Aguiar, Leonardo está inscrito para a competição por equipes no judô, que será realizada no sábado (3), último dia de competições do judô, a partir das 3h (horário de Brasília). O contendor do Brasil na estreia será o Cazaquistão.

Antes, estão previstas as últimas competições individuais nas categorias pesadas. O Brasil terá dois representantes estreando a partir das 5h (horário de Brasília). Duas vezes medalhista olímpico, Rafael Silva, o Baby, vai enfrentar o judoca Kokauri Ushangi (Azerbaijão), na primeira rodada da categoria supra de 100 kg. Esta é a quarta e, provavelmente, a última Olimpíada na curso do judoca matogrosssensse, que já conquistou três medalhas nas edições anteriores. Já a paulista Beatriz Sousa, bronze no Mundial de 2023, já estreará nas oitavas de final da categoria supra de 78 kg para mulheres. A adversária ainda não está definida.



Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios