País vai ampliar oferta de doses contra a dengue em 2025, diz ministra

Folhapress

Ministra da Saúde Nísia Trindade

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta segunda-feira (8) que a pasta trabalha de forma intensa junto à Instauração Oswaldo Cruz (Fiocruz) no intuito de ampliar a produção de doses contra a dengue.

O governo brasiliano negocia com o laboratório nipónico Takeda, responsável pelo imunizante, uma transferência de tecnologia para que o número de doses distribuídas no país e, consequentemente, o público-alvo, possam ser ampliados. Atualmente, crianças de 10 a 14 anos estão sendo imunizadas.

“Estamos trabalhando junto com a Instauração Oswaldo Cruz que, por sua vez, se responsabilizou por parcerias com laboratórios privados para poder aumentar essa produção. Mas existem várias questões técnicas que precisam ser resolvidas”, disse Nísia, em coletiva de prelo no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, ela reforçou que o laboratório nipónico tem capacidade limitada de produção e que todo o estoque disponível já foi direcionado ao governo brasiliano.

“A vacina, hoje, está em frasco de ração única. Isso leva a um problema muito grande em relação ao números de doses que precisam ser produzidas. Todas as modificações de produção têm que passar pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Estamos acertando toda essa segmento técnica num trabalho muito intenso pra poder ter uma oferta maior. Teremos uma oferta maior a partir do próximo ano? Sim. Neste ano? Não tenho otimismo, sendo muito realista, de que a gente consiga essa ampliação.”

Vacina do Butantan
Durante a coletiva, Nísia avaliou a vacina contra a dengue que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan uma vez que promissora. A ministra destacou o indumento de o imunizante ser aplicado em ração única, enquanto o da Takeda precisa de duas doses com pausa de três meses entre elas, mas lembrou que a vacina brasileira só deve ser submetida à estudo da Anvisa em setembro deste ano.

“O Butantan, trazendo essa vacina e ela sendo incorporada ao SUS [Sistema Único de Saúde] pelo Ministério da Saúde, é, sem incerteza, uma grande aposta. Mas, certamente, essa entrega deve ser feita à Anvisa em setembro. O tempo todo eu faço atualização e pressão desse cronograma junto ao diretor do instituto.”

“O Brasil poderia ter hoje condições muito melhores de produção de vacinas. Que bom que temos o Instituto Butantan, a Fiocruz e também alguns parceiros privados que ajudam nesse esforço. Porém, nós poderíamos já hoje ter um multíplice de biotecnologia, legalizado desde o segundo governo Lula para ser implantado. Está no nosso PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], vamos progredir nisso. Com isso, vamos ter muito mais segurança para rapidamente aumentar a produção de uma vacina”, concluiu.

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