Dez anos desde o naufrágio da balsa ‘Sewol’ na Coreia do Sul
ED JONES
A Coreia do Sul relembra, nesta terça-feira (16), o 10º natalício do naufrágio de uma jangada sobrecarregada, uma tragédia na qual morreram centenas de estudantes do ensino médio.
Em 16 de abril de 2016, a jangada “Sewol”, que fazia uma rota entre o porto de Incheon, perto de Seul, e a ilhéu de Jeju, no sul, virou.
Todas as 304 pessoas a bordo morreram, incluindo 250 estudantes do ensino médio que obedeceram às ordens de permanecer em suas cabines.
Na manhã desta terça-feira, um navio da Guarda Costeira transportou familiares das vítimas até o lugar do naufrágio, marcado com uma boia amarela.
Durante a cerimônia, familiares listaram os nomes das vítimas, jogaram flores na chuva e fizeram um minuto de silêncio.
Entre eles estava Park Jeong-hwa, que perdeu a filha no naufrágio.
“Achei que seria capaz de manifestar que talvez, depois de dez anos, a dor não fosse tão potente. Mas, em vez disso, hoje isso é ainda mais doloroso. Gostaria de ouvir a voz dela para não olvidar”, disse Park Jeong-hwa antes da cerimônia.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, expressou as suas pêsames às vítimas durante uma reunião do seu Executivo.
“Apesar de terem se pretérito dez anos, a presente dos acontecimentos de 16 de abril de 2014 ainda está viva na minha memória”, disse ele.
Na cidade portuária de Mokpo, no sudoeste do país, onde estão expostos os destroços da jangada, foi organizada uma revelação por ocasião do natalício.
“Chorei quando vi [a balsa virar] na televisão. A imagem de todos aqueles jovens caindo na chuva foi, e ainda é, comovente e horroroso”, disse Jung Chan-ae, um manifestante, à AFP. Segundo ele, “esse sentimento permanecerá mesmo depois de 100 anos”.