Chile espera desenvolver até cinco novos projetos de lítio em dois anos

MARTIN BERNETTI

Operações de extração de lítio da chilena Sociedad Química Minera (SQM) em 12 de setembro de 2022 no deserto do Atacama (setentrião do Chile)

Martin BERNETTI

O governo do presidente chileno, Gabriel Boric, anunciou nesta segunda-feira (15) que espera desenvolver nos próximos dois anos cinco novos projetos de exploração de lítio no contexto da estratégia público-privada que procura flectir a produção do mineral na próxima dez.

Segundo produtor mundial desse mineral-chave para a fabricação de baterias de veículos elétricos, o Chile abriu formalmente nesta segunda-feira o processo para que investidores privados chilenos e estrangeiros demonstrem interesse por desenvolver projetos de lítio em alguns dos 26 salares, que representam 18% do território salino do país.

“Esperamos que ao final do nosso governo (em março de 2026), estejam em vias de desenvolvimento entre três e cinco novos projetos de lítio”, disse em coletiva de prelo o ministro da Economia, Nicolás Intensidade.

O governo Boric já definiu a exploração e a proteção da rede de salares do Chile, que tem uma das maiores reservas conhecidas do mineral, fundamental para a transição energética global.

O processo de recepção de interesse pelos 26 salares – situados ao longo do extenso Deserto do Atacama, no setentrião do Chile – vai porfiar 60 dias. Os resultados serão anunciados em julho próximo.

“Esta frase de interesse é ampla. Não tem restrições do ponto de vista de quem pode expressar interesse”, detalhou a ministra da Mineração, Aurora Williams.

Paralelamente, avança o processo para explorar de forma conjunta, por meio de iniciativas público-privadas, cinco salares: Pedernales, Grande, Los Infieles, La Isla e Aguilar. Por sua valor estratégica e volume de produção, o Estado chileno terá a participação majoritária na exploração do salar do Atacama e do salar de Maricunga.

O Chile extrai atualmente todo o lítio que exporta do salar do Atacama, mediante exploração por concessões da empresa chilena SQM e da americana Albemarle. No ano pretérito, as exportações de carbonato de lítio representaram 5,3% do totalidade das exportações chilenas, uma queda em relação aos 8,4% de 2022.

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