MP francês anuncia investigação de ciberbullying contra campeã olímpica argelina Imane Khelif
A boxeadora argelina Imane Khelif posa com a medalha de ouro das Olimpíadas de Paris em 9 de agosto de 2024
MOHD RASFAN
As autoridades francesas iniciaram uma investigação em seguida uma denúncia de ciberbullying agravado apresentada pela boxeadora argelina Imane Khelif, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, vítima de uma polêmica de gênero, informou o Ministério Público da capital francesa nesta quarta-feira (14).
O serviço pátrio gaulês de combate ao exposição de ódio online abriu uma investigação por “ciberbullying com base no gênero, insulto público devido ao gênero, provocação pública à discriminação e insulto público devido à [sua] origem”, declarou o Ministério Público à AFP.
“A boxeadora Imane Khelif, que acaba de ocupar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, decidiu travar uma novidade luta: a da justiça, da distinção e da honra”, afirmou o seu legista Nabil Boudi em um transmitido no sábado, anunciando que apresentou a queixa no dia anterior.
O MP confirmou ter recebido a denúncia na segunda-feira e informou que a investigação será realizada pelo gabinete medial de combate aos crimes contra a humanidade e aos crimes de ódio.
“A investigação criminal determinará quem esteve avante desta campanha misógina, racista e sexista, mas também se concentrará naquelas e naqueles que alimentaram oriente linchamento do dedo”, acrescentou o legista.
Segundo a revista americana Variety, o bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X, e a escritora britânica JK Rowling, autora da saga Harry Potter, são citados na denúncia.
Para o legista, “o assédio injusto sofrido pela campeã de boxe continuará sendo a maior mancha destes Jogos Olímpicos”.
Khelif venceu a final da categoria peso meio-médio (até 66 kg) em Roland Garros na sexta-feira (9).
Posteriormente competir sem ufania em Tóquio-2020, Khelif se viu envolvida em Paris em uma controvérsia sobre gênero liderada por círculos conservadores, com o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Boxe (IBA) em conflito sobre o tema.
A polêmica começou no ano pretérito, quando Khelif e a boxeadora taiwanesa Lin Yu-Ting, também no núcleo das atenções pelo mesmo motivo, foram desclassificadas do Mundial feminino em Novidade Délhi.
Segundo a IBA, Imane Khelif não passou em um inspecção talhado a estabelecer seu gênero. A Federação se recusou a especificar que tipo de inspecção havia realizado.
O COI afirmou que a argelina poderia participar dos Jogos Olímpicos na categoria feminina.
A polêmica ressurgiu em Paris quando sua adversária na primeira tempo, a italiana Angela Carini, abandonou a luta logo no minuto inicial do primeiro round.
Nas redes sociais, a boxeadora foi vítima de uma campanha de ódio e desinformação, que a apresentava uma vez que “um varão que luta contra mulheres”.
“Sou uma mulher poderoso com poderes especiais. Do ringue, enviei uma mensagem para aqueles que estavam contra mim”, declarou Khelif à prelo na sexta-feira em seguida ocupar o ouro.
