3 formas de proteger o relacionamento do contágio emocional

O contágio emocional é um fenômeno estudado na psicologia que descreve a tendência de aspirar e reproduzir o estado emocional de quem está próximo. Em relacionamentos, esse efeito pode ser mormente evidente, pois, ao passar muito tempo com o parceiro, emoções uma vez que alegria, sofreguidão ou mau humor acabam sendo compartilhadas de forma involuntária. Isso significa que, sem perceber, podemos “imitar” o humor do outro, um pouco capaz de afetar a simetria da relação.

A preservação de um relacionamento saudável exige atenção peculiar ao contágio emocional. Controlar essa troca de emoções é crucial para evitar desgastes desnecessários. “Esse mimetismo não consciente, sabido uma vez que ‘efeito camaleão’ ou ‘imitação inconsciente’, ocorre com mais frequência em pessoas empáticas e em relacionamentos próximos, uma vez que os amorosos”, explica Monica Machado, psicóloga e fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e host do podcast Ame.Cast.

Porquê o contágio emocional impacta o convívio amoroso

Um estudo levado por Lisa Neff, da Universidade do Texas, e Benjamin Karney, da Universidade da Califórnia, acompanhou mais de 150 casais ao longo de três anos para instaurar uma vez que o estresse de um consorte influencia o outro. A pesquisa revelou que o funcionamento adaptativo da relação pode ser restringido pelo estresse extrínseco, principalmente quando o parelha utiliza práticas negativas de solução de conflitos, uma vez que rejeitar ou criticar o parceiro.

“Quando estamos em um relacionamento eterno, a conexão com o outro pode ser tão intensa que quase sentimos suas emoções uma vez que se fossem nossas”, afirma Claudia Petry, terapeuta e educadora sexual; membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana); e técnico em Instrução para a Sexualidade pela Universidade Federalista de Santa Catarina (UFSC/SC).

Por isso, descubra, a seguir, uma vez que proteger seu relacionamento do contágio emocional:

1. Assuma o controle das suas emoções

O mau humor de um pode contaminar o outro, mesmo quando o parelha não está interagindo diretamente. Mas, segundo a terapeuta Claudia Petry, você precisa ter consciência de que seus estados emocionais não devem depender de outra pessoa. Caso contrário, deixarão de estar sob seu domínio. “É muito fácil permitir que a raiva do outro influencie nosso emocional, mas é necessário dar espaço para reflexão e racionalização”, afirma.

Ela esclarece que, ao identificar esse padrão, é preciso tentar interrompê-lo e substituí-lo. “Em vez de pensar ‘esse mau humor me contaminou’, reflita: ‘é compreensível que eu me sinta vulnerável, mas não é sobre mim e vou manter o estabilidade emocional’. Preste atenção em seus pensamentos automáticos, em seu diálogo interno. Pois essa é a tradução que determinará sua forma de sentir”.

De harmonia com a psicóloga Monica Machado, quando nossa parceria está com qualquer problema (que vai além de um simples mau humor), é generalidade o ímpeto de buscar ideias para solucionar uma situação que se tornou inquietante, inclusive, para você.

“Todavia, querer tomar as rédeas de um problema que você não pode resolver só vai lhe gerar mais desgaste, sendo que você deveria ser o ponto de estabilidade emocional neste momento. Portanto, exclusivamente dê espaço onde o outro possa se expressar livremente, sem terror de ser julgado ou interrompido”, orienta a psicóloga.

3. Respeite seus limites

Em momentos difíceis, tendemos a permanecer com o “pavio pequeno”. Por isso, segundo Claudia Petry, pense três vezes antes de exprimir opiniões ao outro, principalmente se for em resposta a um pouco de que você não gostou ou de que discorda. “Se o mau humor estiver tão possante a ponto de sequer conseguir manter seu estabilidade emocional , saia de cena, dê um tempo e retome a conversa quando sentir sua tranquilidade de volta”.

A profissional reconhece que é uma tarefa difícil, sobretudo, quando se trata de sua companhia e parceria de anos. “Entretanto, esse é justamente um dos segredos de um relacionamento saudável: nunca extrapolar seus limites para não desrespeitar a si e a sua relação”, finaliza.  

Por Flávia Ghiurghi