Como irão funcionar as eleições presidenciais na Venezuela?

A Venezuela vai realizar eleições neste domingo, 28, com uma disputa entre o presidente Nicolás Maduro, que procura um terceiro procuração, e o opositor Edmundo González Urrutia, que aspira a ultimar com 25 anos de governos chavistas.

Os locais de votação serão abertos às 6h locais (7h de Brasília) e fechados às 18h (19h), horários que podem ser estendidos enquanto houver eleitores na fileira.

Os candidatos

Dez candidatos concorrem em um sistema de votação única, mas somente dois têm relevância nas pesquisas.

Por um lado, Maduro, de 61 anos, sucessor do falecido líder socialista Hugo Chávez, procura um novo procuração que o levaria a 18 anos no poder. Ele sobreviveu a uma crise econômica monumental e protestos da oposição que resultaram em centenas de mortes, em meio a denúncias de violações dos direitos humanos.

Do outro, González Urrutia, um diplomata de 74 anos, foi postulado de última hora pela associação Plataforma Unitária para simbolizar a ex-deputada liberal María Corina Machado, que está impedida de ocupar cargos públicos e tem sido a força motriz por trás da campanha da oposição.

Os números

Estão registradas para votar 21 milhões de pessoas, em uma população de 30 milhões, distribuídas em mais de 30 milénio mesas de votação.

No entanto, especialistas estimam que muro de 17 milhões de eleitores que estão na Venezuela participarão do pleito. Embora os venezuelanos no exterior tenham recta ao voto, muito poucos poderão exercê-lo, pois menos de 70 milénio estão registrados nos consulados.

Nos últimos anos, a Venezuela enfrentou uma transmigração em tamanho devido a uma crise que reduziu seu PIB em 80% entre 2013 e 2020. Mais de 7 milhões de pessoas deixaram o país na última dezena, segundo a ONU.

O salário médio no setor privado é de muro de 150 dólares por mês, enquanto o mínimo é de somente 4 dólares mensais, com bonificações adicionais que o elevam para muro de 130 dólares. Analistas temem que uma vitória de Maduro possa desencadear uma novidade vaga migratória.

A mando eleitoral

O Juízo Vernáculo Eleitoral (CNE) é o órgão responsável por organizar cada eleição na Venezuela. Sua diretoria é composta por cinco membros, três alinhados ao chavismo e dois à oposição.

Não há dúvidas sobre a orientação política do presidente do CNE, Elvis Amoroso, que esteve avante da Controladoria e envolvido na inabilitação de María Corina Machado e outros líderes opositores. Amoroso foi sancionado pelos Estados Unidos em 2017.

O processo eleitoral é automatizado, com resultados centralizados pelo CNE. A oposição classificou uma vez que fraudulenta a reeleição de Maduro em 2018, e boicotou o processo.

Na idade, os Estados Unidos, a União Europeia e vários países da América Latina não reconheceram Maduro uma vez que presidente.

As Forças Armadas

Uma das grandes questões neste processo eleitoral é o papel que a Força Armada desempenhará. O grito “Chávez vive!” se tornou sua saudação solene.

Chávez, militar que liderou um golpe de Estado fracassado em 1992, chegou ao poder por meio de eleições, ao vencer o pleito de dezembro de 1998. Durante seu governo (1999-2013), aumentou a influência política da instituição armada, uma risco seguida por Maduro, permitindo que a jerarquia militar ocupasse numerosos cargos estatais, inclusive na vital indústria petrolífera.

Maduro dependeu em grande secção dos militares para sofrear grandes manifestações opositoras, em 2014 e 2017, em meio a violentos distúrbios nas ruas.

“A Força Armada Vernáculo Bolivariana me apoia”, reafirmou ele esta semana, enquanto González Urrutia pediu aos militares que “respeitem e façam respeitar” o resultado das eleições, enquanto as pesquisas o apontam uma vez que predilecto.

A diplomacia

Maduro tenta regularizar as relações internacionais da Venezuela, objectivo de sanções dos Estados Unidos que incluem um embargo ao petróleo desde 2019.

O quadro na América Latina mudou. Governos de direita, uma vez que os de Jair Bolsonaro no Brasil, Iván Duque na Colômbia e Sebastián Piñera no Chile, deram lugar a administrações de esquerda com, respectivamente, Lula, Gustavo Petro e Gabriel Boric.

Mas esses três governantes têm pressionado por eleições transparentes e justas na Venezuela.

Washington mantém sua posição solene, que vincula a suspensão das sanções a eleições competitivas. Porém, na opinião de muitos observadores, os Estados Unidos gostariam de regularizar suas relações com a Venezuela para restaurar o país uma vez que fornecedor de petróleo, em um contexto de tensão internacional devido às guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.

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