
Derrotada pelo Paraguai, Seleção segue sem conseguir encontrar rumo
Endrick lamenta oportunidade perdida durante a rota do Brasil diante do Paraguai por 1 a 0, pelas Eliminatórias para a Despensa de 2026
Daniel DUARTE
Dorival Júnior prometeu que o Brasil vai disputar a final da Despensa do Mundo de 2026. “Podem me cobrar”, afirmou. Mas a Seleção perdeu por 1 a 0 para o Paraguai em Assunção, em mais um jogo que mostrou desempenho aquém do esperado.
A promessa do treinador horas antes da partida caiu mal e deu o que falar nas redes sociais e na prensa, desde comentários debochados até declarações de indignação.
“Quer ir à final da Despensa, Dorival? Compra logo o seu ingresso”, escreveu o comentarista Renato Mauricio Prado no portal UOL.
Tais palavras refletem o desconforto dos brasileiros, distanciados há anos da Seleção, que já foi motivo de orgulho, posteriormente uma novidade engano nas Eliminatórias.
A tranquilidade parecia se aproximar depois da vitória sobre o Equador (1 a 0) na última sexta-feira, em Curitiba. Mesmo com as vaias dos torcedores, o resultado encerrou uma série de quatro derrotas consecutivas na competição.
No estádio Defensores del Chaco, no entanto, as coisas voltaram a piorar: o Brasil não exclusivamente teve seu pior primeiro tempo na era de Dorival, que começou em janeiro, mas também viu a torcida paraguaia gritar “olé”.
– ‘Mea culpa’ –
Muito questionado pela pouca emprego dos jogadores, a falta de ímpeto ofensivo, os planos táticos e as substituições, o treinador assumiu a responsabilidade pela rota, a primeira desde que assumiu o incumbência.
Apesar de ter subido uma posição na tábua das Eliminatórias, o Brasil está mais perto do lanterna do que do líder: é o quinto posto com dez pontos em oito jogos.
“Precisamos de muito mais para chegar ao nível que todos queremos. Estamos buscando a tudo dispêndio. Não é simples, não é fácil, é trabalhoso, mas nós temos que intensificar para que encontremos rapidamente esse caminho”, disse Dorival.
Ninguém imagina o Brasil fora da próxima Despensa, mas dentro da Seleção já se reconhece que a equipe está “um passo detrás” em relação a outras potências.
Antes da rota para o Paraguai, o capitão Danilo disse que a Seleção não evoluiu em termos de organização e sofre com uma “instabilidade” desde a saída de Tite, posteriormente a Despensa do Mundo de 2022.
De lá para cá, o Brasil teve três técnicos enquanto a CBF tentou, sem sucesso, contratar o italiano Carlo Ancelotti.
“Amanhã não vão chegar outros 23 jogadores, temos que assumir a responsabilidade”, afirmou Danilo, das quais desempenho, assim uma vez que o de outros jogadores experientes uma vez que Alisson e Marquinhos vem sendo questionado.
– “Camisa amaldiçoada” –
Mas na Seleção os três passaram praticamente despercebidos pela Despensa América, entre junho e julho, em que o Brasil foi eliminado nas quartas de final pelo Uruguai.
Candidato à Esfera de Ouro, Vini Jr., que não marcou nos cinco jogos que disputou pelas Eliminatórias, é um dos mais questionados.
“Está sendo um processo muito complicado porque quando a crédito não vem, os gols não vêm”, disse o atacante ao via SporTV, onde pediu desculpas aos torcedores.
Com a Seleção sem encantar e em meio a uma criticada reformulação, as esperanças recaem novamente sobre os ombros da controversa figura de Neymar, ausente dos gramados desde outubro de 2023, quando sofreu uma grave lesão no joelho.
Dorival Júnior disse que não há projeção para o retorno de seu camisa 10, das quais processo de recuperação, advertiu, é “lento”.
Segundo especulações, Neymar pode voltar nos próximos jogos das Eliminatórias, contra Peru e Chile, em outubro.
“Não temos mais uma geração de grandes craques”, escreveu Renato Mauricio Prado. “A camisa amarela parece até estar amaldiçoada. Porque quando a vestem nossos bons jogadores (não mais que isso) se tornam muito piores”.