Argentina segue no topo, mas sentiu falta de Messi

RAUL ARBOLEDA

O técnico da Argentina, Lionel Scaloni, durante a partida das eliminatórias sul-americanas da Despensa do Mundo de 2026 entre Colômbia e Argentina, no Estádio Metropolitano Roberto Meléndez, em Barranquilla, Colômbia, em 10 de setembro de 2024.

RAUL ARBOLEDA

A roteiro da seleção argentina por 2 a 1 em Barranquilla para a Colômbia não mudou sua exigência de líder das Eliminatórias Sul-Americanas para a Despensa do Mundo de 2026, mas desta vez a ‘Albiceleste’ pareceu precisar do toque mágico do craque Lionel Messi, ausente por lesão.

Diante do mesmo contendor a quem venceu há dois meses na final da Despensa América, nos Estados Unidos, a tricampeã mundial pareceu se sentir incomodada nesta ocasião, sem o frescor de outros momentos, e sem conseguir neutralizar as jogadas de esfera paragem, um fator-chave na Colômbia, por meio do qual ocorreu o primeiro gol dos colombianos.

Embora tenha chegado ao empate, a Argentina voltou a permanecer em desvantagem posteriormente um pênalti muito discutido, convertido por James Rodríguez, e depois faltou a nitidez e a lucidez necessárias para marcar mais um gol, em um duelo inquebrantável e sufocante.

“O horário [na quente tarde de Barranquilla] foi pessoal, mas temos que nos habituar. Estamos em um lugar onde todo mundo quer nos vencer, é normal. Acostumamos mal toda a América do Sul ao vestimenta de que não perdemos. Isso enaltece a imagem da seleção argentina. Aceitamos a roteiro e seguimos em frente”, admitiu o meia Rodrigo de Paul.

A Colômbia comemorou em clima de vingança, num cenário inusitado para a equipe comandada por Lionel Scaloni, que criticou a arbitragem porquê poucas vezes havia feito.

– “Encolher a cabeça e seguir” –

“Quando um jogo é tão equilibrado, às vezes é definido por esse tipo de jogada e foi isso que aconteceu. Aquele pênalti decidiu a partida. Ele [o árbitro chileno Piero Maza] e os cinco do VAR viram o pênalti, os demais não. E é triste e lastimoso que depois do pênalti a partida praticamente não tenha sido jogada, isso me incomodou”, reclamou Scaloni.

“Você tem que subtrair a cabeça e seguir em frente porque também, se você falar uma termo a mais, eles estão prontos para te punir. Portanto deixamos isso aí”, comentou o treinador.

No jogo, desta vez a ‘Albiceleste’ pareceu precisar daquele fator de desequilíbrio proporcionado por Messi, ausente por lesão, ou talvez Paulo Dybala, que foi convocado, mas teve poucos minutos e só entrou perto do final.

Longe de ser um fator alarmante, a roteiro em Barranquilla serviu à Argentina para lembrar o quão rigorosas podem ser as Eliminatórias para a Despensa do Mundo, único cenário em que sofreu reveses nos últimos tempos, com um 2 a 0 em morada contra o Uruguai, embora sempre sempre tenha mostrado força para se reerguer rapidamente.

Na liderança do torneio classificatório, mas agora com unicamente dois pontos de vantagem sobre a invicta Colômbia, a Argentina terá dois desafios na próxima rodada dupla, em outubro: primeiro viaja para encarar a Venezuela (6ª) que se tornou muito potente jogando em morada. A ‘Vinotinto’ não sofreu nenhum gol jogando porquê anfitriã nestas Eliminatórias.

Depois, a ‘Albiceleste’ vai receber a renascida Bolívia que vem de duas vitórias: o 2 a 1 contra o Chile em Santiago na terça-feira (10) e a goleada de 4 a 0 sobre a Venezuela em morada na quinta-feira passada.

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