Filipe Luís, do Flamengo, comemora primeiro título pela equipe profissional: “Sensação maravilhosa”

Foto: Gilvan de Souza / CRF

Filipe Luís, do Flamengo, comemora primeiro título pela equipe profissional: “Sensação maravilhosa”

O Flamengo venceu novamente o Atlético-MG neste domingo (10), e faturou seu quinto título de Despensa do Brasil, o primeiro de Filipe Luís enquanto treinador do clube. Depois vencer a ida por 3 a 1, o Flamengo foi a mansão do contendor e confirmou o título depois vencer por 1 a 0 com gol de Plata.

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O Flamengo venceu mais uma partida sendo comandado por Filipe Luís, desta vez o jogo de volta da final da Despensa do Brasil, dando ao Flamengo seu quinto título de Despensa do Brasil, o primeiro de Filipe Luís. Na coletiva o ex-lateral do clube, de unicamente 39 anos, fez agradecimentos a diretoria e ao ex-treinador Tite, além de reportar os garotos do ninho.

“Queria mencionar o Tite que me deixou na semifinal da Despensa do Brasil, que fez um trabalho, ao meu ver, magnífico, porque eu trabalhei com ele, eu sei o bom treinador que ele é e queria agradecer a ele. Depois, quero fazer uma menção privativo a uma sensação que eu tenho dentro de mim e eu preciso falar que são os Garotos do Ninho, porque eu não estava cá quando aconteceu tudo. Mas queria mandar um amplexo para a família de todos eles, porque eu tenho uma conexão muito poderoso com eles, eu não sei porquê, mas existe um memorial lá no Ninho, no CT, e não foi por contingência. Eu comecei no sub-17, no sub-20. Parece que eu tenho eles muito presentes comigo, mesmo eu não estando cá na era e não conhecendo nenhum deles, conheço alguns familiares. Portanto eu queria só deixar isso registrado porque eu sinto que eles são secção de mim.” , Declarou o treinador

“A sensação é maravilhosa. Até agradeço ao Braz, porque, porquê eu falei, ao presidente, porque me deram uma máquina na minha mão. Um time que é uma máquina. Melhor elenco da América do Sul. Um elenco que pode sovar de frente com alguns times da Europa. E eu estou liderando esse grupo de jogadores que são fantásticos.” , Continuou o treinador sobre a diretoria.

“Um grupo que não tem vaidade, um grupo que não tem ego. O pessoal que saiu do banco foi o que melhorou o time, o que resolveu. E só se faz um time vencedor com um elenco altamente qualificado. E isso falando de todas os desfalques também que temos. Mas porquê o grupo e as contratações foram tão boas, e a janela de contratação foi tão magnífico, o grupo não perde o nível. Portanto eu tô muito feliz por toda essa trajetória. E feliz de ser vencedor do lado dos jogadores que foram meus companheiros.” , Finalizou Filipe Luís, agradecendo ao grupo vencedor.

O Flamengo chegou ao seu quinto título de Despensa do Brasil. Antes deste ano o clube carioca havia conquistado as edições de 1990, 2006, 2013 e 2022. Além da taça, o Flamengo leva 71,5 milhões de reais para mansão pela conquista da competição. Com a conquista o Flamengo fica detrás somente do Cruzeiro, com seis, e empata com os cinco do Grêmio.

O treinador falou também sobre se tornar o técnico vencedor com menos jogos pelo Flamengo no século. Filipe conquistou sua primeira taça com nove jogos, sendo seis vitórias, dois empates e uma única guião.

“Ser vencedor com nove jogos, né. Isso quer expor que alguém me deixou com essa possibilidade de quatro jogos da Despensa do Brasil para ser vencedor. E que quatro jogos! E também antes, foi o Palmeiras, um jogo superdifícil com o Tite. Portanto esse grupo, com esses jogadores, foi que levou o time até esse troféu muito bonito e muito privativo para o clube.” , Disse Filipe agradecendo Tite novamente.

“Eu não tiro o meu valor também, porque a eliminatória contra o Corinthians foi muito dura, foi muito difícil. E quando eu parei para investigar o Corinthians, eu achei que a gente fosse tolerar muito, porque tem grandes jogadores. É um time que está com muita miséria de vitória, você vê que o grupo está muito fechado, muito qualificado, chegaram jogadores novos, sangue novo, e é muito difícil. E foi, todos vocês viram o quanto foi difícil expelir o Corinthians nessa eliminatória. E o Atlético, quando você para, pega a estudo do Atlético e você analisa esse time, e as variações táticas que tem, as soluções que tem, jogadores, você entende quão difícil foi essa final. Essa final foi super complicada, muito difícil. Isso valoriza ainda mais a nossa vitória, a vitória dos jogadores, o esforço que eles fizeram. Tivemos que percorrer muito para conseguir esse troféu tão importante para a gente. Portanto, assim, eu estou feliz porque aconteceu exatamente quase tudo que a gente tinha planejado. E esse é o trabalho do treinador, mas na final das contas, dentro do campo, os protagonistas são os jogadores que realmente fizeram a diferença hoje.” , Declarou o treinador também citando seus méritos.

“Tenho um objetivo simples na minha vida, na minha curso, eu sei onde eu quero chegar e sei o processo que eu tenho que fazer para chegar até lá. E aí é muito trabalho, são muitas horas. Falei para os jogadores, eu e o Milito a gente pode ter empatado em hora de trabalho, mas, mais do que eu, com certeza não. Porque esse lado cá é um lugar que eu tenho que ir para o próximo jogo. É um sacrifício muito grande, todos os treinadores que estão me ouvindo vão saber o que eu estou falando. Eu não sabia que eram tantas horas, mas é o caminho que eu escolhi, a paixão que eu tenho, eu sou enamorado para o futebol. Hoje vocês falam de Filipe vencedor, mas na verdade eu vou crescer e vou evoluir muito ainda porque eu tenho muito aprendizagem. E essa semana de preparo com esse jogo tão multíplice me fez evoluir e crescer.” , Finalizou Filipe.

Filipe Luís fala sobre aspectos táticos da final

Depois agradecimentos, Filipe Luís falou sobre as táticas na final e seu estudo sobre o contendor.

“Eu esperava que ele viesse com um 3-4-3, mas ele veio com um 3-5-2, e ficou mais difícil de pressionar. Para mim, é mais difícil pressionar o 3-4-3, quando ele veio com o 3-5-2, na teoria, eu achei que fosse ser melhor pra gente, mas resultou que a saída de esfera que ele teve e as soluções táticas que o Milito colocou dentro do Atlético causaram muitas dificuldades pra gente. Confundiu muito tanto o Gerson e o Wesley desse lado, por que o Arana descia muito, ficava longe pro Wesley saltar. Ele estava com um jogador nas costas e dois atacantes, com os dois zagueiros, logo foi muito complicado pra gente oscilar e o campo ficou muito grande pros laterais. Porque o Milito dá muita amplitude no time dele, logo realmente, não conseguimos tirar a esfera. E eles tiveram volume. E confesso que eu gostaria de ter o volume que eles tiveram. Eu preparei tudo para ter o volume que o Atlético teve. O Atlético correu riscos enormes na temporada defensiva porque eles pressionaram mano a mano. Esse risco eu não quis percorrer. Foi uma escolha minha. Primeiro pelo resultado. Sabendo da velocidade do Paulinho, da qualidade do Hulk e do Zaracho, principalmente, do Scarpa e do Arana. Portanto eu preferi não pressionar também mano a mano para poder ter uma sobra mais detrás. Isso dificultou mais a pressão nossa e acabou que nos empurraram. Mas ainda assim, os jogadores, porquê são fisicamente tão fortes, conseguiram solucionar muitas vezes os problemas que tivemos no primeiro tempo. E depois no segundo tempo, colocando o Fabrício, o time já teve mais amplitude. Os laterais conseguiram soltar com mais facilidade e a gente conseguiu ter mais controle. Não conseguimos ter a esfera, porque porquê eu falei, o Atlético pressiona mano a mano e o risco é deles, não era nosso porque a gente tinha o resultado em prol. É uma escolha também dentro do campo, ela acaba acontecendo, o jogador sente e o que não compensa o risco, acaba fazendo o jogo mais direto. E foi assim, tivemos muitas chances para fazer gol, perdemos muitos gols, mas conseguimos vencer o jogo e, principalmente, ser vencedor, que é o que realmente importa tanto ele porquê eu, tanto o Milito porquê eu. Nós queríamos o troféu e não queríamos ser o vencedor da posse de esfera. A gente queria lucrar o título que acabou vindo pra gente e eu fico fico muito feliz.”

Em seguida falou sobre suas escolhas para iniciar e as substituições durante o confronto.

“A minha incerteza essa semana não foi o Michael, a minha incerteza essa semana foi o Fabrício (Bruno). Porque eu não sabia o sistema que o Milito ia utilizar, 3-4-3 ou 3-5-2, que ele vinha jogando e que ele jogou algumas vezes no prelúdios do ano, e a minha incerteza era o Fabrício. Acabei optando por ter um 4-4-2 para brigar, para ser ofensivo e para ir lucrar o jogo. Porque a minha mensagem é de que a gente não vinha cá proteger o resultado. Portanto talvez não sei se eu tivesse começado com os três, a gente teria sofrido menos, não sei. Futebol é muito fácil falar depois, mas era minha única incerteza. O Michael fez um jogo incrível no primeiro jogo da final, o Bruno Henrique também vinha muito muito, o Bruno tem a possibilidade de jogar de nove, logo eu optei pelo Michael e optei pela opção do Bruno para o segundo tempo, porque eu imaginei justamente um jogo onde a gente conseguisse fazer um gol, manter. A ingresso do Bruno ia potencializar mais o time, e sempre que o Bruno começa de titular e tem que tirar o Bruno, eu acho que o time ia tombar o nível. Portanto eu pensei um pouco no segundo tempo, por isso que eu não comecei com o Bruno. Mas, não precisa nem falar que o Bruno é o Bruno, e que é um face que tenho um carinho tremendo e que não tem a incerteza que é um jogador gigante e vai jogar muitas vezes comigo.”

Depois falar de suas próprias escolhas, o treinador explicou o sistema contendor para a final.

“Vou tentar explicar tudo com calma. Hoje o Milito demonstrou para o Brasil que três zagueiros não é um sistema defensivo. Ao contrário, é um sistema muito ofensivo. Eu quebrei muito a cabeça durante a semana para saber porquê pressionar esse sistema para não deixar eles jogarem, para a gente tentar permanecer com a esfera. Mas é uma combinação muito difícil. Ainda por cima ele veio num 3-5-2, eu esperava que ele viesse num 3-4-3. Isso confundiu mais ainda os jogadores, não conseguimos nos apropriar no primeiro tempo a essa pressão. Não encaixou. Eu sabia qual era a solução do banco, porém requeria uma troca muito poderoso para fazer no primeiro tempo, logo eu segurei para fazer no segundo tempo. Porquê falei, foi uma lição de jogo posicional, de porquê se sai de pressão. O time do Atlético é um time muito poderoso, não é à toa que é finalista da Libertadores. Mas o time aguentou muito, os jogadores fizeram um esforço inopinado, correram mais do que podiam. Estavam do meu lado, eu vi a exaustão do Gerson, do Arrasca, do Michael, dos volantes. Todos eles correram muito. E conseguimos manter muito o primeiro tempo. Depois da ingresso do Bruno e principalmente do Fabrício, o time teve firmeza e conseguiu se manter firme. Não conseguimos tirar a esfera do Atlético até pelo traje de jogar fora de mansão, pelo resultado em prol. Mas, sim, fomos mais letais e mais seguro defensivamente. Essa foi a estratégia pré e pós-partida, mas obviamente enfrentei um treinador que me deu muita dor de cabeça.” , Disse Filipe Luís.

Filipe Luís comenta saída de Gabigol e início meteórico

“Sinceramente, não sei se o Gabigol vai transpor, porquê ele falou, ele afirmou que ele vai transpor, que merece transpor por cima, sendo o verdadeiro protagonista dessa grande decisão,participou do primeiro gol, depois fez outro dois gols e nos deu a vantagem de chegar nesse estádio tão difícil com um resultado confortável. Porquê eu falei, é um jogador grande, é um jogador da história, uma mito do clube, é um ídolo eterno do clube e por mais que aconteceram algumas coisas durante essa trajetória, não vão extinguir a história, tudo o que ele fez pelo clube. É um face decisivo, é um face que foi muito importante para a gente, primeiro porquê companheiro agora porquê jogador, e que ele possa transpor por cima e com uma despedida fabulosa. Ele merece. É um menino que cresceu, evoluiu porquê jogador, evoluiu porquê pessoa e sai daqui um varão, um varão, um ídolo, e está perpetuado no Museu do Flamengo pra conferir a evo. Portanto, é um privilégio.” , Declarou o treinador sobre Gabigol.

Em seguida o treinador falou sobre a preço do zagueiro David Luiz para a equipe.

“Todo mundo sabe a grandeza que ele tem. Falei na outra entrevista sobre ele, ele é um jogador que faz com que o jogador seja melhor. Porque às vezes você prepara cinco soluções para a saída de esfera, e o David acha a que nenhum treinador tem, que é a solução individual dele. É um jogador supertalentoso e que está no mesmo processo que eu estava no ano pretérito. Não dizendo que ele vai parar, mas ele está num final de curso. Não sei se são um, dois, três, cinco anos, mas você tem que se reinventar. E o David, o principal dele, é que ele quer ajudar o treinador, os jogadores jovens. Ele quer ajudar de alguma forma. Seja dentro de campo, seja fora, porquê hoje. Do banco, ele me deu alguns toques que foram importantes para entender o sentimento. O David é outro ídolo histórico desse clube, vencedor de tudo. E que tem todo nosso carinho. Vou fazer de tudo para ele e para todos os jogadores para que, até o momento que ele permanecer, eu dar a minha vida por ele da mesma maneira que ele dá pelo Flamengo.”

Sobre seu início na equipe, Filipe Luís declarou que imaginou que seria dessa forma e fez agradecimentos.

“Para ser sincero, sim. Porque quando eu aceitei vir para o Flamengo, foi porque me ofereceram a oportunidade de lucrar títulos. Se o Flamengo não me desse essa oportunidade de invadir títulos, por mais que eu seja flamenguista, eu com certeza não teria vindo. Eles me deram essa possibilidade: um elenco altamente qualificado, com possibilidades de lutar por título todos os anos. Eu fiz secção desse processo, da reconstrução do clube, dessa conquista. E agora porquê técnico foi também porque o clube, o Bruno Spindel e o Braz quando foram lá para Madri, a gente apertou a mão e eles falaram: “A gente vai te ajudar nesse sonho, que é ser técnico”. Eles me ajudaram, abriram as portas do clube da base, do sub-17, do sub-20. Não tiveram dúvidas em me invocar para o profissional. Mas porquê falei antes, ficou para trás. Agora quero mais, vamos para o próximo.”

Por termo Filipe Luís falou sobre os próximos jogos pela equipe, no Campeonato Brasílico e respondeu ao ser perguntado sobre o que falaria para sua versão jogador.

“Eu posso me denominar um treinador sem memória. Não tenho museu em mansão, não tenho lugar para memórias. Palato de extinguir e ir para o próximo. E os jogadores que quiserem vir comigo vão entender que eu sou grato, gratidão pelo que aconteceu até agora, mas ficou para trás. Eu sou um treinador de momento, eu vejo o que está acontecendo no momento e as minhas escolhas são todas pelo que eu estou vendo no momento. Eu repito: não importa se tem 16 anos ou se tem 42. Vão jogar os que estão melhores. Isso cria uma concorrência interna muito grande, eleva o nível deles e consequentemente da equipe. Eu não negocio o esforço, não negocio a competitividade. Vai depender dos jogadores que queiram continuar competindo e continuar crescendo ou se vão perder a desejo. Esse grupo de jogadores que eu conheço tenho certeza que não vão perder a desejo. Vão jogar da mesma forma competitiva com que jogaram até agora.” , Declarou o treinador.

“Não sei. Eu só penso em quarta-feira agora, no próximo jogo. Eu tenho um objetivo simples na minha vida, na minha curso. Eu sei onde eu quero chegar e sei o processo que eu tenho que fazer para chegar lá. É muito trabalho, são muitas horas. Falei para os jogadores: eu e o Milito podemos ter empatado em hora de trabalho. A mais, não. Com certeza, não. Esse lado cá é um sacrifício muito grande. Todos os treinadores que estão me ouvindo vão saber o que eu estou falando. Eu não sabia que eram tantas horas, mas é o caminho que eu escolhi, é a paixão que eu tenho. Sou enamorado pelo futebol. Hoje vocês falam de Filipe vencedor, mas na verdade eu ainda vou crescer e evoluir muito ainda porque eu tenho muito a aprender. Essa semana de preparo para o jogo que foi tão complexa me fez evoluir, me fez crescer e me fez aprender. E eu vou cada vez me tornando um treinador melhor. Portanto esse é o meu objetivo.” , Seguiu Filipe Luís.

“A primeira mensagem que eu respondi foi do Simeone. Foi muito privativo para mim porque ele foi o face que me fez ter esse sonho. Me despertou esse interesse em ser treinador porque ele, porquê eu já falei, em muitas outras entrevistas, mudou minha vida. Mas, sobre a repercussão internacional e pátrio, repito o que eu falei na outra coletiva. Eu senhor a pressão. Eu me sinto muito em pressão. É incômodo, você não dorme recta, mas eu sabor. Eu fico incomodado quando eu não tenho essa pressão. Vai ser só títulos? Evidente que não. Evidente que a gente não vai lucrar sempre. A gente vai perder. Eu vou estar cá nessa coletiva triste, langoroso e enfrentando perguntas duras e críticas de vocês para o meu trabalho. Mas é o caminho que eu escolhi e eu estou prestes pra isso. Eu quero isso. Continuar tentando ter esses elogios, essa repercussão, eu tenho que continuar trabalhando e meu próximo objetivo agora é lucrar quarta-feira, logo não tem outro caminho se não trabalho, trabalho, lucrar, lucrar, lucrar e é o único jeito, logo é isso.” , Finalizou o treinador.

Próximos compromissos do Flamengo

Depois a conquista do pentacampeonato da Despensa do Brasil, o Flamengo de Filipe Luís volta a campo na próxima quarta-feira (13) pela pela 33ª rodada do Brasileirão. O contendor é novamente o Atlético-MG, o confronto será no Maracanã, às 20h (horário de Brasília).

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