Próximo de sucessão, Jamie Dimon afirma que reunião com acionista é 'perda de tempo'

Estagflação, aposentadoria e reuniões de acionistas. Esses foram os temas discutidos por Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan, durante a conferência do Council of Institutional Investors em Novidade York, nesta terça-feira, 10.

Dimon afirmou que o pior cenário para a economia dos Estados Unidos hoje seria a estagflação, uma combinação de estagnação do prolongamento econômico, desemprego e inflação subida. “Eu não descartaria essa possibilidade”, disse o executivo.

O CEO do maior banco dos EUA fez esses comentários em um momento em que os investidores estão cada vez mais atentos aos sinais de desaceleração econômica. Leituras recentes mostram que as pressões inflacionárias estão mais alinhadas com a meta de 2% do Federalista Reserve, mas relatórios sobre tarefa e manufatura revelaram alguns sinais de extenuação.

Verdejante, de Luis Stuhlberger, zera posição em bolsa com preocupação com fiscal

Dimon manifestou preocupação com forças inflacionárias, uma vez que déficits maiores e gastos crescentes com infraestrutura, que continuam pressionando uma economia ainda se recuperando do impacto de taxas de juros elevadas. “Esses fatores são todos inflacionários, pelo menos no limitado prazo, nos próximos dois anos”, disse Dimon. “Portanto, é difícil olhar para isso e proferir: ‘Estamos fora de transe’. Eu não acho.”

Sucessão e reunião de acionistas

Dimon também comentou sobre o planejamento de sucessão no banco. Segundo ele, o J.P. Morgan está focado em manter uma equipe “extremamente” qualificada, preparada para eventualmente liderar a instituição. “Todos nós queremos ajustar esse processo.”

No comando do banco desde 2006, Dimon já indicou anteriormente que seu cronograma para deixar o função não deve ultrapassar cinco anos e pode ser reduzido para somente dois anos e meio. Entre os possíveis sucessores mencionados estão: Daniel Pinto, Jennifer Piepszak, Troy Rohrbaugh, Marianne Lake e Mary Erdoes.

O executivo também criticou as reuniões anuais com acionistas, chamando-as de uma “perda de tempo” que não promovem “discussões sérias” sobre questões importantes para a empresa ou para a sociedade. Ele sugeriu que os regulamentos que permitem a qualquer pessoa com uma participação de pelo menos US$ 2 milénio em uma empresa pública apresentar propostas para votação nas reuniões anuais estão desatualizados.

*com agências internacionais

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios