Vice-presidente da CPI das Apostas pede depoimento de Bruno Henrique, do Flamengo

Foto: Raul Baretta/ Santos FC

Bruno Henrique deve prestar prova em condições de testemunha na CPI das Apostas

O senador Eduardo Girão (Novo), vice-presidente da CPI das Apostas no Senado Federalista, entrou com um requerimento para convocar Bruno Henrique para depor na percentagem. O atacante do Flamengo se tornou claro da Operação Spot-fixing, deflagrada nesta terça-feira (5), e é investigado por suposta manipulação em partida da 31ª rodada do Brasileirão 2023. Recentemente, o parlamentar também havia solicitado o prova de Luiz Henrique, do Botafogo, por presunção em “organização criminosa”.

“Suspeito de ter feito cartões no confronto entre Flamengo e Santos, no dia 1 de novembro de 2023, pelo Brasileirão, para beneficiários apostadores. (…) Considere-se que o prova do Sr. Bruno Henrique Pinto, permitirá a elucidação de diversos aspectos relacionados ao objeto de investigação da presente Percentagem”, diz um trecho do requerimento.

A CPI tem porquê finalidade apurar fatos relacionados justamente às denúncias e suspeitas de manipulação no futebol pátrio. Claro da operação mais recente, Bruno Henrique recebeu o invitação para depor nas condições de testemunha.

“Entrei com exigência hoje para invocar o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, em virtude da recente operação. Há algumas semanas, também o desportista Luiz Henrique, do Botafogo. Levante último a CPI adiou a votação do requerimento. Espero que os dois casos se resolvam o quanto antes”, concluiu o senador.

Caso de Bruno Henrique

Um documento produzido por empresas estrangeiras, responsáveis por detectar fraudes em casas de apostas, citou movimentações suspeitas para punição de Bruno Henrique no jogo contra o Santos. O atacante tomou um cartão amarelo nos acréscimos da guião do Flamengo, no dia 1 de novembro de 2023, pela 31ª rodada do Brasileirão. Em seguida, recebeu vermelho do perito por xingamentos em seguida a marcação da falta.

A International Betting Integrity Association (IBIA) e a Sportradar prestam serviços à CBF, e a Unidade de Integridade da entidade encaminhou o relatório à Polícia Federalista. As investigações da PF e do Ministério Público do Região Federalista indicam que as ações “teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração”. Houve um aumento de mais de 60% no volume de apostas para cartão envolvendo o jogador naquela partida.

Policiais iniciaram 12 mandados de procura e mortificação nesta terça-feira (5) no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outras três cidades. São elas: Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). A morada de Bruno Henrique, na Barra da Tijuca, e o CT do Flamengo, o Ninho do Urubu, receberam agentes nesta manhã.

A Polícia Federalista também investiga familiares de Bruno Henrique. São eles: Wander Nunes Pinto Júnior (irmão), Ludymilla Araújo Lima (cunhada) e Poliana Ester Nunes (prima). De concórdia com as investigações, os alvos criaram contas em casas de aposta na véspera da partida e realizaram palpites focando especificamente na punição do atacante.

Punição

A situação configuraria um violação “contra a incerteza do resultado esportivo” e, segundo a Lei Universal do Esporte, tais punições variam de dois a seis anos de reclusão.

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