Japão comemora ouro de Lyles, o ‘otaku mais rápido da humanidade’
Noah Lyles comemora seu ouro olímpico nos 100 metros dos Jogos Olímpicos de Paris, em 4 de agosto de 2024
MARTIN BERNETTI
Vencedor no domingo dos 100 metros dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o americano Noah Lyles viu porquê seu sucesso também foi comemorado no Japão, principalmente por sua celebração reproduzindo um gesto do célebre mangá “Dragon Ball”.
No pretérito, já havia realizado esse gesto em seguida várias vitórias e o ‘showman’ do atletismo decidiu reproduzi-lo depois da vitória mais importante de sua curso, na qual se impôs por somente cinco milésimos de segundo para o jamaicano Kishane Thompson, com quem terminou igualado em 9.79.
Com uma bandeira americana nas costas, Lyles imitou o gesto do ataque “kamehameha” do célebre mangá e anime “Dragon Ball”, que consiste em realizar uma potente explosão de força com suas mãos.
Noah Lyles é “o otaku mais rápido da humanidade”, disse o jornal esportivo Daily Sports, utilizando esse termo, que faz referência aos fãs mais apaixonados da cultura pop japonesa.
O velocista da Flórida de 27 anos prestou homenagem no X ao instituidor de “Dragon Ball”, Akira Toriyama, que morreu em março. Uma mensagem que foi bastante lembrada pelos fãs dos animes no Japão depois da vitória de Lyles no Stade de France.
“Estou patente de que esse kamehameha não passou despercebido para Toriyama”, escreveu um deles no X.
Em junho, durante o Pré-Olímpico americano, Lyles também mostrou sua paixão pelos mangás, mostrando suas cartas de “Yu-Gi-Oh” para as câmeras.
Mas Lyles não é o único fã pronunciado de mangás e animes nessas Olimpíadas.
Os esgrimistas franceses também reproduziram os gestos de “kamehameha” para comemorar sua medalha de bronze por equipes, conquistada no domingo contra os Estados Unidos.
O jogador de vôlei brasiliano Darlan Souza tem uma tatuagem no braço que reproduz uma frase de “Haikyu!”, uma mangá e série sobre o vôlei, que também gerou interesse no Japão. Um internauta nipónico se orgulhava nas redes sociais de ver porquê o mangá “dá a volta ao mundo”.
“Espero que continue inspirando os jogadores de vôlei de todo o mundo”, escreveu.
