Legado de Ayrton Senna perdura 30 anos após sua morte

JEAN-LOUP GAUTREAU

Ayrton Senna ajusta seu retrovisor de seu Williams no rotação de Ímola, antes de seu último GP

JEAN-LOUP GAUTREAU

Trinta anos posteriormente sua morte, aos 34 anos, no rotação de Ímola, na Itália, em 1º de maio de 1994, Ayrton Senna ainda é idolatrado e sua morte ajudou a substanciar a segurança na Fórmula 1.

As melhorias implementadas desde logo fizeram com que um único piloto tenha morrido em um acidente na Fórmula 1: o gálico Jules Bianchi, em 2015.

Embora a segurança já tivesse avançado nos vinte anos precedentes por iniciativa de pilotos uma vez que o tricampeão mundial Jackie Stewart, a morte de Senna motivou um novo esforço, uma vez que as estruturas deformáveis, o equipamento dos pilotos, as áreas de escape nos circuitos.

Na véspera do falecimento de Senna durante o GP, outro piloto, o austríaco Roland Ratzenberger, havia morrido em um acidente durante os treinos classificatórios, e um dia antes disso Rubinho Barichello também se envolveu em um acidente do qual saiu incólume por milagre.

Houve “três grandes acidentes (…) e acredito que isto chocou a F1”, afirma Frédéric Vasseur, atualmente superintendente de segurança da escuderia Ferrari. “Eu não sei se isto foi um rastilho, mas acho que é verdade que nós mudamos frequentemente quando ocorre um acidente. Depois de Jules (Bianchi), nós fizemos o halo, por exemplo”, acrescenta, em referência ao círculo sobre o cockpit que protege a cabeça dos pilotos.

No documentário “1, Life on the Limit” (1, A Vida no Limite, em tradução livre), lançado em 2013 e devotado à segurança na F1, o jornalista britânico especializado Maurice Hamilton lembrou que a morte de Ayrton Senna “foi transmitida para as salas de estar de milhões de pessoas, que não conheciam muita coisa sobre o automobilismo, mas sabiam quem ele era e queriam saber quem foi o culpado”.

Um longo questionário revelou que o acidente foi provocado pela ruptura da barra de direção do Williams que Senna pilotava. Uma roda se chocou com seu elmo, enquanto uma barra da suspensão perfurou o elmo quando o sege se chocou contra um muro de concreto.

– Aura gigantesca –

Com três títulos de vencedor do mundo, 41 vitórias e 65 pole-positions, Senna fez uma das mais belas trajetórias da F1, juntamente com Lewis Hamilton, Juan-Manuel Fangio, Michael Schumacher, Max Verstappen, Sebastian Vettel e Alain Prost.

Prost permanece intrinsecamente ligado ao sorte de Senna. Os dois pilotos não somente corriam pela mesma escuderia (McLaren), mas sua rivalidade se mantém uma vez que a mais feroz que já existiu na F1.

O gálico encerrou sua curso uma vez que piloto ao final da temporada de 1993 com um último título de vencedor do mundo, alguns meses antes da morte de Senna. “Eu não guardo nenhuma memorandum ruim dele”, assegurou em 2018 em declarações ao site Motorsport.com. “Eu guardo na memória seus últimos seis meses de vida, foi nesse momento que aprendi a conhecê-lo muito melhor que antes. Era alguém completamente dissemelhante. Compreendi quem ele era realmente e porque às vezes agia uma vez que um ator”.

A aura de Senna permanece gigantesca. Michael Schumacher, logo um jovem piloto promissor, estava a alguns metros do brasílio no momento do acidente. Em 2000, perguntado sobre seus sentimentos ao igualar o recorde de 41 vitórias em GPs, estabelecido por Senna, o germânico caiu em prantos, apesar da notabilidade de frieza.

Lewis Hamilton também guarda uma memorandum emocionada daquele dia trágico.

“Eu tinha nove anos e meu pai disse que Ayrton Senna tinha morrido em um acidente. Sendo menino, foi difícil compreender o que aquilo significava realmente, mas fui para trás do sege e chorei”, lembra, referindo-se ao kart que pilotava, também em testemunho no filme “1, Life on the Limit”.

Se de um lado Senna deixou um legado indelével uma vez que piloto, ele também se preocupava com a pobreza em seu país. Atualmente, o Instituto Ayrton Senna, dirigido por sua mana, Viviane, e sua sobrinha, Bianca, cuida de crianças carentes, que o próprio piloto, que não teve filhos, desejava ajudar.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios