
“Entenda a relação entre stalking e saúde mental”
Item: “Entenda a relação entre stalking e saúde mental”
Nos últimos meses voltamos a falar sobre um tema grave e que muitas pessoas não sabem que pode estar ligado à saúde mental. O stalking
é caracterizado por um padrão de comportamento obsessivo, persistente e indesejado, que pode promover sérios impactos tanto na vida da vítima quanto na vida do atacante. Levante comportamento pode ser motivado por uma variedade de fatores, incluindo transtornos de personalidade, repudiação, paixão platônico ou dificuldade em admitir o término de um relacionamento amoroso. As consequências para a vítima podem variar desde sentimentos de pavor e desconforto até danos físicos e psicológicos significativos, porquê o desenvolvimento de transtornos mentais, incluindo estresse pós-traumático e sofreguidão. Em casos mais graves, a vítima pode enfrentar riscos à própria vida.
O termo “stalking” começou a ser utilizado para descrever a perseguição a celebridades e figuras públicas por fãs ou paparazzi. Levante comportamento, porém, não se restringe às figuras públicas e pode ocorrer em qualquer contexto social. As causas do stalking são diversas, abrangendo desde doenças mentais específicas, dificuldades em mourejar com o término de relacionamentos, até motivações porquê interesse romântico, paixão platônico e vingança.
Nem todos os stalkers têm doenças mentais, mas muitos apresentam características que podem ser diagnosticadas psiquiatricamente. Transtornos de personalidade, porquê o transtorno borderline e o transtorno narcisista, assim porquê quadros psicóticos, são frequentemente associados a comportamentos de stalking. É fundamental que seja feita uma avaliação do quadro psiquiátrico para que seja tratado de forma adequada.
Alguns sinais de stalking incluem:
- Perseguição persistente – Invasão de privacidade;
- Monitoramento online das redes sociais;
- Contato indesejado através de mensagens, telefonemas ou visitas;
- Ameaças verbais, físicas ou psicológicas à vítima ou a pessoas próximas ;
- Comportamentos obsessivos em relação à pessoa meta.
Pessoas que praticam o stalking podem sentir uma urgência incontrolável de controlar ou dominar a vida da vítima, muitas vezes alimentada por sentimentos de repudiação, baixa autoestima ou problemas de relacionamento.
Com as redes sociais, o stalking tomou novas dimensões. Antes restrito principalmente ao mundo físico, o stalking agora ocorre com frequência no envolvente online, onde indivíduos podem monitorar os passos de suas vítimas sem trespassar de mansão. As redes sociais acabam fornecendo aos perseguidores uma ampla gama de informações pessoais sobre suas vítimas, facilitando o entrada e a vigilância obsessiva.
A exposição excessiva que acontece hoje nas redes sociais pode aumentar a vulnerabilidade das pessoas ao stalking. Ao compartilhar detalhes íntimos de suas vidas, porquê localização e rotinas diárias, os usuários acabam indiretamente e sem saber que essas informações podem ser usadas porquê munição aos perseguidores em potencial, tornando mais difícil para as vítimas discernir entre interações legítimas e monitoramento.
Os impactos do stalking podem ser profundos e duradouros, afetando tanto o atacante quanto a vítima. Para o atacante, o comportamento de stalking pode levar a consequências legais, porquê ordens de restrição, multas e até mesmo prisão. Em 2021, foi sancionada no Brasil a Lei n.14.132/2021 que torna violação a prática. A pena prevista é de seis meses a dois anos de reclusão e se o violação for cometido contra mulheres por razões da quesito do sexo feminino; contra crianças, adolescentes ou idosos, a pena será aumentada em 50%. Ou por outra, o stalking pode aumentar os problemas de saúde mental do atacante, aumentando os sentimentos de solidão, isolamento e raiva.
Para a vítima, os impactos do stalking podem ser devastadores. Além do pavor uniforme e da sofreguidão, as vítimas podem ter sintomas de estresse pós-traumático, porquê flashbacks, pesadelos e dificuldade em se sentir seguras. O stalking também pode prejudicar os relacionamentos interpessoais, o desempenho no trabalho e a saúde física e mental da vítima.
Quando amigos ou familiares percebem sinais de stalking em alguém próximo, é fundamental abordar a situação com sensibilidade. Expressar preocupações e encorajar a procura por ajuda psiquiátrica. É importante evitar julgamentos e provar genuína preocupação pelo bem-estar da pessoa e pelo impacto de seus comportamentos nos outros. Para a vítima de stalking, o suporte de amigos e familiares é também forçoso. Eles podem recomendar que a vítima faça uma denúncia à polícia e procure um psiquiatra, principalmente se os impactos na saúde mental estiverem afetando sua qualidade de vida.
A mediação precoce e o suporte psiquiátrico são essenciais tanto para os agressores quanto para as vítimas. Reconhecer a urgência de ajuda é um passo forçoso para aqueles que praticam stalking. O seguimento psiquiátrico pode ajudar a identificar as causas desse comportamento e, se for confirmado que eles estão relacionados a uma doença mental, o psiquiatra irá sugerir um tratamento adequado e realizar o seguimento psicológico da pessoa.
Para a vítima de stalking, o tratamento psiquiátrico é indispensável para mourejar com o traumatismo e os impactos emocionais causados pelo comportamento do stalker. O psiquiatra pode recomendar psicoterapia e, se necessário, prescrever medicamentos para o tratamento.
Da perspectiva psiquiátrica, é fundamental entender o stalking porquê um sintoma de problemas mais amplos de saúde mental e abordá-lo de maneira adequada. Ao reconhecer os sinais precoces de stalking e buscar ajuda rapidamente, podemos ajudar a prevenir danos adicionais e proteger aqueles que são mais vulneráveis a esse tipo de comportamento prejudicial. O stalking é um problema sério que requer medidas que envolvam a conscientização e instrução sobre os perigosos dessa prática, emprego da lei e serviços de promoção de saúde e prevenção de doenças.
*Dr. Antônio Geraldo da Silva
é médico psiquiatra, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria e Diretor Médico do IPAGE – Instituto de Psiquiatria Antônio Geraldo. É Coordenador Vernáculo da Campanha “Setembro Amarelo”, da Campanha ABP/CFM Contra o Bullying e o Cyberbullying e da Campanha de Combate à Psicofobia.
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