Eles não vêm. Quem são os grandes líderes fora da COP29?

Fontes da ONU afirmam que mais de 100 chefes de Estado e de Governo confirmaram presença na COP29, em Baku, no Azerbaijão. Mas ainda será preciso muito esforço para avalizar a relevância desta edição da cúpula, que muitas das lideranças mais importantes na atualidade riscaram da agenda.

Com a proximidade das eleições americanas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden que já não compareceu à edição anterior, em Dubai, foi das primeiras grandes baixas. Antes mesmo de Donald Trump ser eleito, os EUA já havia anunciado que sua delegação seria chefiada por John Podesta, atual mentor sênior do presidente para política climática internacional.

Dias antes, foi o presidente Luis Inácio Lula da Silva quem cancelou a visitante a Baku em seguida suportar um acidente doméstico, mesmo considerando o privativo interesse nas negociações, já que o Brasil sediará a COP30 em Belém no próximo ano. Mas o bonde dos ausentes foi puxado mesmo pela Europa.

Representação europeia terá perfil mais técnico

Segundo a Percentagem Europeia, mais de 80% dos habitats naturais europeus estão em condições críticas. No entanto, Ursula Von der Leven, presidente da instituição, não comparecerá. A política belga disse estar focada em seus compromissos institucionais nesta temporada de transição para seu segundo procuração, que se inicia em 1º de dezembro. E para simbolizar a a percentagem foram escalados o presidente do Parecer Europeu, Charles Michel, pelo responsável pela política climática, Wopke Hoekstra, e pelo comissário da Força, Kadri Simson.

Ursula von der Leyen, presidente da Percentagem Europeia, ausente da COP para focar no segundo procuração. (Leandro Fonseca/Fiscalização)

Também a França, onde a vitória de Marine Le Pen e o progressão da extrema-direita no parlamento europeu têm tirado o sono de ambientalistas, não será representada por sua principal liderança, o presidente gálico Emmanuel Macron. A decisão de enviar para a COP a ministra da Transição Ecológica do país, Agnès Pannier-Runacher, foi atribuída ao traje de o evento ser realizado no Azerbaijão. A relação entre os dois países está estremecidas desde o ano pretérito, quando Paris condenou a ofensiva militar azerbaijana contra separatistas armênios na região de Karabakh.

O chanceler boche Olaf Scholz havia planejado participar das negociações sobre o clima numa passagem rápida, chegando na segunda, primeiro dia da cúpula, e partindo no dia seguinte. Reconsiderou, porém, em seguida o colapso político que resultou na ruptura de sua coalizão governamental – e no cancelamento da viagem a Baku.

Em recuperação de um cancro revelado em fevereiro de 2024, o Rei Charles III, que historicamente faz questão de comparecer em conferências anteriores e foi um dos primeiros a discursar na lhaneza da COP26, em Glasgow, ficará de fora desta vez. Seguindo os países vizinhos, também o Reino Uno terá um representante mais técnico, Ed Miliband, secretário de vontade e net zero.

Um caso pessoal é o da Papua-Novidade Guiné, de quem primeiro-ministro James Marape anunciou já em agosto que o país não estaria na COP29, em protesto contra a falta de “pedestal rápido às vítimas das alterações climáticas” por segmento das grandes nações. O país, que possui a terceira maior extensão de floresta tropical do planeta e é extremamente vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas e enfrenta sérios desafios relacionados à elevação do nível do mar e por conta de catástrofes naturais.

Momento crucial para o financiamento

Nos últimos anos, o número de participantes nas conferências climáticas da ONU tem desenvolvido expressivamente. Em Dubai, a COP28 registrou recorde de 83.884 pessoas, ocupando um espaço tão extenso que carros de golfe foram necessários para transportar os delegados. O cume número de participantes, somado ao de viagens aéreas necessárias à logística, tem gerado críticas por aparente hipocrisia.

Para a COP29, foi estabelecido um limite de aproximadamente 40.000 participantes, público similar ao da COP26, em Glasgow, Escócia. Simon Stiell, diretor da ONU para o clima, manifestou-se sobre o tema no início deste ano, argumentando que “a dimensão não se traduz necessariamente na qualidade dos resultados”.

A conferência em Baku representa um momento crucial nas negociações climáticas globais, principalmente no que diz reverência ao financiamento de ações contra as mudanças climáticas. Espera-se que as decisões tomadas durante o evento estabeleçam as bases da COP30 no Brasil, onde se espera que compromissos ainda mais ambiciosos sejam assumidos pela comunidade internacional.

Não obstante às tensões geopolíticas locais ou globais, as ausências de tantos líderes mundiais levantam questões sobre o nível de comprometimento global com as urgências climáticas, embora a maior segmento das nações enviem delegações de cume nível. O foco nas questões financeiras durante esta COP pode ser determinante para o porvir das ações climáticas, principalmente para países em desenvolvimento e insulares mais vulneráveis aos impactos das mudanças do clima.

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