A grande divergência entre China e Europa sobre os carros elétricos

Automóveis prontos para serem carregados em um navio de exportação no porto de Taicang, na província de Jiangsu, no leste da China, em 16 de julho de 2024

Com a China decolando e a Europa estagnada, o primeiro semestre de 2024 marcou uma divergência crescente entre a trajetória de vendas de carros elétricos e híbridos recarregáveis entre os dois mercados.

Na Europa, esses modelos foram responsáveis por unicamente 20,5% dos carros vendidos em junho, uma queda em relação ao ano anterior, enquanto na China os carros elétricos e híbridos recarregáveis tiveram um potente prolongamento.

Em julho, sua participação no mercado chinês ultrapassou a marca de 50%, em conferência com 36% no ano anterior.

“Dominados pelos ocidentais nos carros a esbraseamento, os chineses queriam ser dominantes nos carros elétricos. Isso está aparecendo mês a mês”, disse Bernard Jullien, economista da Universidade de Bordeaux.

Ao contrário dos fabricantes europeus, muitos produtores chineses já nasceram com carros elétricos.

“Para eles, o carruagem elétrico não é uma globo e uma fluente a serem arrastadas por motivos regulatórios”, mas ‘o fruto de todo um arsenal de medidas tomadas pelo governo chinês’, explicou Tommaso Pardi, do Meio Vernáculo de Pesquisa Científica (CNRS) da França.

Enquanto isso, “os fabricantes ocidentais devem se dividir entre a produção a esbraseamento, que ainda é lucrativa, e o desenvolvimento de carros elétricos, que ainda não é lucrativo”, acrescentou Pardi.

Em 2023, a China foi responsável por 60% dos novos veículos elétricos registrados em todo o mundo, de negócio com a Dependência Internacional de Robustez (AIE).

Pequim construiu um poderoso setor de baterias elétricas, seguindo o exemplo de sua gigante BYD, que fornece para a Tesla, BMW e Audi.

“O entrada dos fabricantes chineses a essas baterias a preços mais baixos do que os dos fabricantes ocidentais reduz significativamente o dispêndio dos veículos”, explicou Pardi.

Essa vantagem permitiu que os fabricantes chineses entrassem no mercado “com veículos mais baratos projetados para uso urbano”, observou Jullien.

A AIE estimou em abril que 65% dos veículos elétricos vendidos na China já eram mais baratos do que seus equivalentes a esbraseamento.

Por outro lado, na Europa, o preço dos carros elétricos continua cimeira e suas vendas estão relacionadas a subsídios ou incentivos de compra.

A Alemanha registrou uma queda anual de 36,8% nas vendas de modelos 100% elétricos, a sexta consecutiva desde que o governo acabou com os incentivos para sua compra.

Na China, os generosos subsídios à compra permitiram o prolongamento das vendas.

O mercado chinês agora parece ter atingido uma certa maturidade. “A demanda é muito muito acompanhada pela oferta. É um mercado que não é mais totalmente subsidiado e sintético, ele se tornou um mercado oriundo”, disse Pardi.

A União Europeia, disse Pardi, está presa entre imperativos ecológicos, com a futura proibição de novos carros térmicos a partir de 2035, e demandas industriais e econômicas, enfrentando uma China pronta para exportar sua frota de veículos.

Para lucrar tempo, Bruxelas anunciou em julho taxas alfandegárias adicionais temporárias de até 38% sobre as importações de carros elétricos chineses.

Em resposta, a China entrou com um processo na Organização Mundial do Transacção (OMC).

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