
Primeiro julgamento por morte de Maradona tem início com audiência preliminar na Argentina
Gisella Madrid, ex-enfermeira de Diego Maradona e ré no processo que investiga a morte do ex-jogador, chega ao tribunal de San Isidro, na província de Buenos Aires, para participar de audiência prévio, em 2 de outubro de 2024
TOMAS CUESTA
O primeiro julgamento pela morte do planeta prateado Diego Maradona, ocorrida em novembro de 2020 em seguida uma cirurgia na cabeça, começou nesta quarta-feira (2) com uma audiência prévio em Buenos Aires, que definirá as provas e testemunhas do processo contra um dos oito réus.
Uma das acusadas, a enfermeira Gisella Madrid, esteve presente na audiência prévio de um julgamento do júri na qual foram apresentadas as provas do caso, informou seu jurisperito, Rodolfo Baqué.
“Nesta audiência prévia ao debate, são oferecidas as provas e, se chegarmos a um harmonia, aí será marcada a data para a seleção do júri”, disse a jornalistas em frente ao tribunal de San Isidro, na periferia setentrião de Buenos Aires.
Estiveram presentes ao lugar Jana, uma das filhas de Maradona, assim porquê a ex-esposa do planeta, Verônica Ojeda.
“Vocês acham que a enfermeira poderia ter intenção, vontade, dolo, ou interesse econômico em matá-lo? É sem razão esse julgamento”, declarou o jurisperito à prelo, estimando que os debates começarão em novembro.
Madrid é ré junto com outros sete profissionais de saúde que eram responsáveis pelos cuidados de Maradona enquanto ele cumpria internação domiciliar em uma vivenda alugada em um bairro privado ao setentrião de Buenos Aires, onde acabou falecendo enquanto se recuperava.
Mas unicamente Madrid será julgada pelo júri, em seguida um pedido de sua resguardo. O julgamento vocal para o restante dos acusados começará em 11 de março de 2025, conforme estabelecido no processo.
Os outros acusados são o neurocirurgião Leopoldo Luciano Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Ángel Díaz, a médica coordenadora Nancy Forlini, o coordenador de enfermeiros Mariano Perroni, o médico médico Pedro Pablo Di Spagna e o enfermeiro Ricardo Omar Almirón.
Todos são acusados de “homicídio com dolo eventual” (involuntário) e podem ser condenados a penas que variam entre oito e 25 anos de prisão.
Maradona, considerado um dos melhores jogadores de futebol da história e vencedor do mundo com a Argentina em 1986, morreu aos 60 anos, em 25 de novembro de 2020, enquanto se recuperava de uma cirurgia para tratar um hematoma na cabeça, resultante de um acidente doméstico.
Segundo a necropsia, o ídolo do prateado Boca Juniors e do italiano Napoli morreu devido a “um edema agudo de pulmão secundário a uma insuficiência cardíaca crônica que se agravou”.
A Justiça aprovou na terça-feira o eventual traslado dos sobras de Maradona de um cemitério de Buenos Aires para um mausoléu que ainda deve ser construído no núcleo da capital argentina sob o nome de “M10 Memorial”, conforme solicitado pelas filhas do ex-jogador.