Ministério Público da Venezuela intima opositor Edmundo González a interrogatório

O Ministério Público da Venezuela convocou, neste sábado (24), o opositor Edmundo González para um interrogatório na próxima segunda-feira (26) sobre a publicação de atas eleitorais em um site, que autoridades venezuelanas afirmam terem sido falsificadas.

No documento da notificação, o ex-candidato à presidência, que segundo a oposição foi o vitorioso do pleito presidencial de 28 de julho, foi convocado “para dar entrevista” sobre “suposto cometimento dos crimes de usurpação de funções, forjamento de documento público, instigação à insubordinação de leis, crimes informáticos, associação para cometer crimes e maquinar”.

Nesta sexta-feira (23), o procurador-geral do MP, Tarek William Saab, disse que González está sendo investigado pela geração de um site com as atas que a oposição afirma ter recebido dos fiscais eleitorais.

Os documentos opositores atribuem a vitória do pleito ao candidato bravo pela ex-deputada María Corina Machado, com tapume de 67% dos votos.

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela ratificou, no entanto, a vitória de Nicolás Maduro, mesmo sem a publicação solene de nenhuma ata eleitoral com resultados desagregados, uma exigência não somente da oposição e da maior segmento da comunidade internacional.

Saab afirma, por sua vez, que o site opositor “usurpou a qualidade e cultura que só corresponde ao Poder Eleitoral venezuelano”. “Ele vai ter que mostrar a face perante esse Ministério Público”, disse o procurador, ao anunciar que o ex-candidato seria convocado para prestar declarações.

Além de ratificar a vitória de Maduro com mais de 50% dos votos, segundo anunciado pelo Juízo Vernáculo Eleitoral, o TSJ venezuelano declarou que González cometeu desacato ao não se apresentar à Justiça nem apresentar documentos eleitorais para a suposta auditoria dos resultados realizada a pedido de Maduro.

Na ocasião, González afirmou que se comparecesse ao tribunal estaria em “absoluta vulnerabilidade” e que colocaria em risco sua liberdade já que, segundo ele, o processo lícito não estava sendo respeitado.

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