Rayssa Leal: do choro ao bronze

Larissa Serpa

Rayssa Leal: do pranto ao bronze

Eu senhor escoltar as Olimpíadas. Muito além dos jogos, que já são bastante emocionantes, senhor observar a forma porquê os atletas reagem às experiências tão intensas vividas durante as competições. As vitórias, derrotas, disputas acirradas, quedas, lesões, frustrações, alegrias. Tudo muito dramático e potente. Para quem porquê eu governanta averiguar e refletir sobre o mundo das emoções humanas, a Olimpíada é absolutamente imperdível.

E neste final de semana, fiquei profundamente tocada pela participação da Rayssa Leal
no skate feminino. Não só pelo que o ela fez na pista – que também foi lindo – mas principalmente pelo que aconteceu fora dela.

Rayssa não começou muito muito na competição e teve notas mais baixas que o esperado na lanço de voltas. Visivelmente nervosa, errou algumas manobras muito simples nas duas vezes que entrou na pista e quase não se classificou para a final.

Continua posteriormente a publicidade

Uma cena muito dissemelhante da Olimpíada anterior, quando a nossa fadinha, logo com 13 anos, parecia não sentir qualquer pressão pelo roupa de estar numa competição olímpica. Em 2021, ela simplesmente deslizou na pista.Estava segura de si, muito focada mas com a alegria de quem parecia estar exclusivamente brincando de skate. Uma leveza linda que só os corações de garoto parecem conseguir sentir.

Já agora, em 2024, a situação era muito dissemelhante. Rayssa Leal voltou a competir numa Olimpíada, mas não é mais aquela fadinha – e sim uma desportista de 16 anos incrivelmente famosa, com grandes patrocínios e uma curso já consolidada no esporte. Isso cria muitos expectativas – principalmente dentro da cabeça de uma moçoila em plena puberdade, essa tempo da vida em que a gente começa a ter noção do peso da nossa existência sem ter ainda muitos recursos pra mourejar com tudo isso.

E Rayssa visivelmente sentiu a pressão no início da prova, tanto que ao final da tempo de voltas, em que teve um desempenho muito aquém do que costuma fazer, ela caiu aos prantos e foi amparada por sua equipe.

Continua posteriormente a publicidade

E parece que esse pranto foi uma grande viradela de chave. Quando voltou para a pista na lanço das manobras, Rayssa parecia outra pessoa, mais feliz, sorrindo e com mais crédito. Executou duas manobras muito difíceis com maestria e garantiu o seu lugar no pódio mais uma vez, para o delírio da região.

Medalhas à segmento, eu achei muito bonito ela se permitir chorar quando a instabilidade bateu. Era o que ela precisava naquele momento para seguir de verdade na competição: apoiar a sua própria vulnerabilidade, princípio obrigatório de lucidez emocional mas raríssimo de ver em competições de subida performance (e no mundo). E admirei profundamente a sua habilidade de voltar para si e restabelecer a crédito em tão pouco tempo. Isso é coisa de “gente grande”! Foi esse estabilidade que permitiu um grande salto no seu desempenho.

Em entrevista à CazéTV, ela explicou o que a ajudou a se reerguer pra segunda lanço da prova: “Eles falaram para eu lembrar de quando era pequenininha, quando eu só queria me divertir e levava o skate com aquela leveza. Foi isso que aconteceu. As duas manobras que eu acertei me deram o bronze”.

Continua posteriormente a publicidade

Talvez esse seja o grande talismã desta incrível desportista – a sua capacidade de, mesmo diante de grandes desafios, conseguir se (re)conectar com o que realmente importa.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios