Polêmica cerimônia de abertura de Paris-2024 impulsiona pequeno museu na França

Ludovic Marin

Delegações olímpicas chegando ao Trocadero enquanto o público acompanha o cantor gaulês Philippe Katerine na tela, em 26 de julho de 2024, durante a lhaneza de Paris-2024

Ludovic MARIN

O museu Magnin de Dijon, no leste da França, era pouco divulgado até a cerimônia de lhaneza de Paris-2024, que impulsionou de 150 para 150.000 as visitas em seu site por expor o quadro que conseguiu inspirar uma cena polêmica.

“Nosso site foi às alturas. Passamos de murado de 150 visitantes para 150.000 de um dia para o outro”, disse à AFP Leslie Weber-Robardet, solene de comunicações do museu, mas ela não soube manifestar qual foi o impacto sobre as visitas físicas.

Desde 1938, o museu tem entre suas galerias “A sarau dos deuses”, obra do século XVII do pintor barroco Jan Hermansz van Biljert e que alguns nas redes sociais associam com a cena polêmica da cerimônia de lhaneza.

Ela mostrava o ator e cantor gaulês Phillippe Katerine quase nu, osco do deus helênico do vinho Dionísio, em um boda festivo, escoltado de drag queens e com a DJ Barbara Butch uma vez que rabino de cerimônias.

“O museu não está por trás da conferência” nas mídias sociais, diz Weber-Robardet, explicando que se trata de uma “obra de inspiração mitológica, uma sarau que ocorre no Olimpo”, “o conúbio de Tétis e Peleu”.

No entanto, a controvérsia surgiu com críticas de políticos de extrema direita na França e até mesmo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que viu a cena uma vez que uma referência à última ceia de Jesus com seus apóstolos.

As reações nas redes sociais forçaram Butch a registrar uma queixa por cyberbullying, ameaças de morte e insultos públicos.

O diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, alegou uma referência a “um grande festival pagão ligado aos deuses do Olimpo”.

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