Roberto Assaf: Mais elogios a Tite
Flamengo 2 a 1. Não seria excesso declarar que o Cruzeiro, que envolvia o contendor a partir da metade do primeiro tempo, não foi suficientemente ousado para buscar resultado. Desta vez, pelo menos, não tivemos a furada espetacular de Allan. Se Allan é jogador de futebol, nascente que vos escreve é astronauta. O Flamengo é prejudicado pela privação de seus principais atletas, na maldita Despensa América, e pela insistência com esta Percentagem Técnica, que privilegia o jogo defensivo, porquê visto em várias ocasiões, em Caxias do Sul, e hoje, no Maracanã.
A diretoria comete equívocos que poderão custar-lhe a reeleição, pois o clube corre o risco de chegar a setembro sem títulos para disputar. Vai negociar Gabriel, trajo de uma estupidez sem limites, e esperar a eliminação na Libertadores – que ocorrerá em agosto, na Bolívia – para dispensar os treinadores que não têm afinidade e vínculo com o clube.
E lá vamos nós com a narrativa de sempre: faceta, você é maluco, o time lidera o Brasílio! Ok, mas é preciso lembrar que isso é Flamengo, ou seja, a exigência será sempre a máxima, sem espaço para mediocridade. E lá vem mais uma segunda-feira de elogios a Tite e ao seu futebol burocrático, vazio de idéias, frágil em todos os sentidos.
Flamengo x Cruzeiro
O jogo começou equilibrado, disputado, mas sem oportunidades, até que Pedro abriu o placar aos 16 minutos, posteriormente bom passe de Gérson. Uma vez que faz habitualmente, o Flamengo recuou, deu a esfera ao Cruzeiro, que sabe tocá-la, até que a equipe mineira chegasse ao empate, em ótima epílogo de Matheus Pereira, de fora da extensão, aos 37, à direita de Rossi. O visitante, mais organizado sob o ponto de vista coletivo, jogou mais, aproveitando os erros contínuos do contendor, e poderia até ter saído para o pausa em vantagem, sinalizando que poderá fazê-lo na lanço derradeira, caso mantenha o ritmo.
No segundo tempo
O Flamengo retornou com Léo Ortiz no lugar de Lorran – que engoliu a esfera e teve indigestão – e o Cruzeiro, curiosamente, retornou cauto, apostando em contra-ataques. Mas a substituição no time da lar ficou sem explicação e o mineiro tentou aproveitar a confusão tática do contendor e voltou a tocar a esfera, saindo aos poucos, mantendo no mínimo o jogo igual, Os rivais, na prática, careciam de originalidade para mudar o placar. Aos 19 minutos, a equipe azul fez falta na risca da extensão – João Marcelo em Gérson – e Ayrton Lucas cobrou de forma inteligente, na cabeça de Fabrício Bruno, que soube desmarcar-se para fazer o gol: 2 a 1.
O Cruzeiro fez várias trocas, tentando tornar o time mais ofensivo, mas não conseguia ameaçar. Só chutes longos, sem direção.
Aos 39, a arbitragem assinalou pênalti de Robert em Ayrton Lucas. Mas para o muito da Pátria, foi ao VAR e anulou a marcação. Não houve zero. E os rubro-negros passariam a segunda-feira ouvindo que o Flamengo “ganhou roubado”. Uma vez que acontece normalmente, o termo foi um sofrimento só, com pressão do Cruzeiro e resultado apertado.
E, porquê disse… Lá vem mais uma segunda-feira de elogios a Tite e ao seu futebol burocrático, vazio de idéias, frágil em todos os sentidos,
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