
MRV (MRVE3) impulsiona geração de caixa com venda nos EUA e programa habitacional
A MRV (MRVE3), maior construtora da América Latina, divulgou nesta terça-feira, 8, a prévia operacional do terceiro trimestre deste ano. Um dos destaques apresentados foi a Resia, subsidiária de locação da companhia nos Estados Unidos. O braço internacional do negócio é escoltado de perto pelos investidores da MRV porque uma das preocupações do mercado é com a queima de caixa da operação.
A boa notícia para estes investidores é que no final do mês pretérito, a MRV anunciou a desenlace da venda do empreendimento Old Cutler localizado na Flórida, nos Estados Unidos, pelo valor universal de venda de 118,5 milhões de dólares, representando um lucro de 11 milhões de dólares. “Foi a primeira venda em 9 meses”, diz Ricardo Paixão, em entrevista à EXAME Invest.
O executivo detalhou que US$ 37 milhões, que já foi recebido e não impactará na geração de caixa no quarto trimestre. Outros 81,5 milhões de dólares terá impacto na geração de caixa do terceiro trimestre. Com a venda da propriedade, foi feita a baixa do financiamento a construção que representou uma taxa de R$ 444 milhões (US$ 81,5 milhões) na geração de caixa do terceiro trimestre. O recebimento do valor de venda ocorreu no dia 4 de outubro, o que representará uma geração de caixa suplementar de R$ 202 milhões (US$ 37 milhões) no quatro trimestre.
Paixão diz ainda que a Resia tem seis empreendimentos prontos para locação, o que corresponde a 587 milhões de dólares de Valor Universal de Vendas. “São tapume de 3 bilhões de reais. No nosso pipeline, são dois empreendimentos com previsão de venda para oriente ano ainda e quatro para o próximo.”
A expectativa é positiva com o ciclo de queda de juros nos Estados Unidos. Com a taxa de juros caindo, Paixão afirma que a rentabilidade dos projetos irá melhorar. Ele explica que o comprador dos empreendimentos é um investidor e ele capta recursos no mercado para a obtenção. Uma vez que a captação está ficando mais barata, ficou viável o investidor remunerar um preço mais cimeira porque enxerga uma rentabilidade subindo mais adiante.
“Estamos vendo juros desabar e uma economia muito possante, com sinais muito claros. Os fundamentos já são muito bons, mas faltava oriente efeito extrínseco. Agora, veremos o valor de Resia subir.”
Progresso nos programas habitacionais
Ao olhar para a operação brasileira, que inclui as marcas Urba, Luggo e Resia, a companhia destacou que teve geração de caixa de R$ 262 milhões no terceiro trimestre deste ano. Somente a MRV Incorporação gerou R$ 124 milhões no período. As vendas líquidas atingiram R$ 2,8 bilhões – um novo recorde para a companhia.
A MRV, já conhecida por sua liderança no programa habitacional Minha Lar, Minha Vida do governo federalista, deu mais um passo importante ao assinar outra período do Pode Entrar, programa habitacional da cidade de São Paulo. No final do mês pretérito, a empresa anunciou a venda de 1.521 unidades, totalizando R$ 294 milhões.
“Começaremos a receber estes quase R$ 300 milhões no próximo trimestre. A participação da MRV no Pode Entrar mostra o quanto estamos antenados para as oportunidades diversas que o mercado apresenta”, comentou Ricardo Paixão.
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Oportunidades em diferentes estados
Além do programa habitacional de São Paulo, o executivo destacou outras oportunidades em projetos em realização ou em período de planejamento, porquê nos estados do Rio Grande do Sul, Ceará e Rio de Janeiro.
“Esses programas são importantes porque aumentam muito a capacidade de compra do cliente. Ele consegue R$ 20 milénio em subvenção, o que ajuda a diminuir o déficit habitacional do país”, concluiu Paixão.